Doces figuras, meu dia hoje anuncia-se assoberbadíssimo.
Como eu não sou tonto de passar sábado e domingo diante do monitor, já me basta a semana útil, e como no domingo, 09 de maio, Fefê faz aniversário, vai de hoje minha modesta homenagem a ele que é uma das grandes paixões da minha vida.
Tive muita sorte de tê-lo como irmão, tendo chegado dois anos depois de mim, ele que é a obra-prima de Isaac e Mariazinha.
Mais do que meu irmão siamês, encho a boca orgulhoso para dizer que trata-se, de longe, de meu melhor amigo e, ainda, meu Confrade, com quem divido as mesas dos butecos que a S.E.M.P.R.E. (Sociedade Edificante Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos) ocupa religiosamente uma vez por mês.
A foto que ilustra o texto, de minha autoria, tem a marca do cara: o sorriso mais-que-escancarado que já derrubou, e ainda derruba, um exército de malucas.
Fefê divide comigo, com religiosa freqüência, tudo o que amamos: a devoção à cerveja e à cachaça, o apreço pelos charutos, o vício do cigarro, a paixão pelo futebol, tudo amálgama dos nossos permanentes encontros, quando brindamos, sempre, à vida e à graça de sermos, literal e profundamente, irmãos.
Há as mulheres, também, que sem elas, nos disse o Poeta, a gente não vive. Mulheres que, não custa dizer, não dividimos. Imitando deslavadamente o bom Szegeri, segue "Declaração de Amor para Fefê":
"Sendo eu Flamengo até a alma,
tendo o sangue negro
a bombear o coração vermelho,
preciso de um cigarro e muito calma
pra escrever, depois de alguns ensaios
diante do espelho,
uma frase capaz de lhe fazer compreender
a dimensão do amor que me une a você,
meu irmão siamês.
E vou escrever uma única vez:
por você sou vascaíno.
Por mais que o tempo passe
insisto em vê-lo como um menino,
mas o menino sou
eu a idolatrar o irmão que é meu maior tesouro,
num movimento e num impasse inexplicável do tempo,
que dobra as datas e me faz ter nascido depois
do seu primeiro chôro.
Entre nós dois,
pactos de sangue,
cumplicidade,
cinzeiros cheios,
muita cerveja,
olhos marejados,
samba, mulheres e futebol.
Torço permanentemente para que a Vida,
a tal senhora por vezes desatenta,
atenda minha reza estúpida
que pede para que eu jamais lhe sinta a falta.
Passarei, como os craques passam,
de passagem,
deixando com você, como homenagem,
meu coração calejado, na colina mais alta,
devidamente marcado
pela Cruz de Malta."
Até.
Como eu não sou tonto de passar sábado e domingo diante do monitor, já me basta a semana útil, e como no domingo, 09 de maio, Fefê faz aniversário, vai de hoje minha modesta homenagem a ele que é uma das grandes paixões da minha vida.
Tive muita sorte de tê-lo como irmão, tendo chegado dois anos depois de mim, ele que é a obra-prima de Isaac e Mariazinha.
Mais do que meu irmão siamês, encho a boca orgulhoso para dizer que trata-se, de longe, de meu melhor amigo e, ainda, meu Confrade, com quem divido as mesas dos butecos que a S.E.M.P.R.E. (Sociedade Edificante Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos) ocupa religiosamente uma vez por mês.
A foto que ilustra o texto, de minha autoria, tem a marca do cara: o sorriso mais-que-escancarado que já derrubou, e ainda derruba, um exército de malucas.
Fefê divide comigo, com religiosa freqüência, tudo o que amamos: a devoção à cerveja e à cachaça, o apreço pelos charutos, o vício do cigarro, a paixão pelo futebol, tudo amálgama dos nossos permanentes encontros, quando brindamos, sempre, à vida e à graça de sermos, literal e profundamente, irmãos.
Há as mulheres, também, que sem elas, nos disse o Poeta, a gente não vive. Mulheres que, não custa dizer, não dividimos. Imitando deslavadamente o bom Szegeri, segue "Declaração de Amor para Fefê":
"Sendo eu Flamengo até a alma,
tendo o sangue negro
a bombear o coração vermelho,
preciso de um cigarro e muito calma
pra escrever, depois de alguns ensaios
diante do espelho,
uma frase capaz de lhe fazer compreender
a dimensão do amor que me une a você,
meu irmão siamês.
E vou escrever uma única vez:
por você sou vascaíno.
Por mais que o tempo passe
insisto em vê-lo como um menino,
mas o menino sou
eu a idolatrar o irmão que é meu maior tesouro,
num movimento e num impasse inexplicável do tempo,
que dobra as datas e me faz ter nascido depois
do seu primeiro chôro.
Entre nós dois,
pactos de sangue,
cumplicidade,
cinzeiros cheios,
muita cerveja,
olhos marejados,
samba, mulheres e futebol.
Torço permanentemente para que a Vida,
a tal senhora por vezes desatenta,
atenda minha reza estúpida
que pede para que eu jamais lhe sinta a falta.
Passarei, como os craques passam,
de passagem,
deixando com você, como homenagem,
meu coração calejado, na colina mais alta,
devidamente marcado
pela Cruz de Malta."
Até.
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