27.1.05

12,2kg JÁ SE FORAM...


Doces figuras, permitam-me novamente dividir com vocês a intimidade do meu banheiro. Tendo começado a dieta em 30 de novembro de 2004 com 96kg, eis-me hoje, 27 de janeiro de 2005, pouco menos de 60 dias depois, com 83,8kg, acumulando uma perda de 12,2kg. E isso mesmo aviltando o rigor que me foi prescrito, encarando cerveja de vez em quando, uísque outras tantas, vinhos ocasionais, caindo dentro de comidas vetadas e ontem mesmo tendo devastado o M&M que a Iara, uma de minhas doces afilhadas, deixou pra trás quando voltou pra São Paulo.

Mas aproveito pra dizer, publicamente, que recuperaria os mais de 10kg perdidos, e outros quantos fossem necessários, se isso representasse o sorriso da mulher que me ensinou a sorrir, a Dani Sorriso Maracanã, de volta. E eu perderia mais, tudo o que fosse preciso, para dar a ela o sossego e a alegria recuperada logo depois da visita ao calça branca que tem um cocar no consultório.

Se isso não foi de todo claro, foi de propósito. Meus pajés contemporâneos e particulares, papai, mamãe, Fefê, Szegeri, Betinha, Aldir e Banana, que acompanharam de perto os quinze dias de sufoco que sugaram da minha menina a energia que ela me repõe dia após dia, entenderão. E isso basta.

E como superei em 2,2kg minha meta para os primeiro 60 dias, meus amigos, me segurem no Carnaval que eu vou com tudo. Da África à Sapucaí!

Até.

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25.1.05

SEGURA PRA NÃO CAIR 2005


Doces figuras, o bloco carnavalesco SEGURA PRA NÃO CAIR fez, no último dia 23 de janeiro, seu quinto desfile. Em 2001 homenageando Noel Rosa, em 2002 Beth Carvalho, em 2003 Martinho da Vila, em 2004 Aldir Blanc e em 2005 João Bosco. Na foto acima, Ângela Bosco, Aldir Blanc, João Bosco, Simone, Dani Sorriso Maracanã e Mari Blanc, na concentração, minutos antes da partida do bloco que, este ano, arrastou mais de 5.000 pessoas pelas ruas de Vila Isabel. Acham muito 5 mil? Vejam as fotos do desfile aqui e aqui. Não havia um espaço vazio, nem nas ruas, nem nas calçadas, nem nos bares do trajeto.

O absurdo sucesso do bloco deveu-se, apesar de eu ter sido alvo de milhares de beijos e abraços de agradecimento pela festa, ao esforço de uma pá de gente a quem quero agradecer daqui, publicamente. Espero que não me falte a memória. Vamos lá:

Ainda em dezembro do ano passado, Sérgio Barreto comprou feijão, carnes, arroz, couve, laranja, e as mãos mágicas da Tetê foram responsáveis pela Feijoada do Segura, na casa da Maria Paula, que além da casa cedeu o gelo e as tinas, regada a muita cerveja doada pela Betinha, e os presentes fizeram doações fundamentais para o bloco, assim como alguns que não puderam comparecer ao furdunço, todos listados em seguida, presentes e ausentes: Maria Paula, Miguel, Guerreira, Dani Sorriso Maracanã, Fefê, Brinco, Betinha, Flavinho, Cícero, Alex, Marquinho, Dedeco, Márcio Branco, Mauro, Sônia, Manguaça, Manguaço, Marcelo, Rogerinho, Fumaça, Mestre, Marlene, Zé Colméia, Vinagre, Giulia, Cachorro, Cris e Duda.

Também em dezembro, eu, Mariana Blanc, Fernando de Lima e Edmundo Souto fizemos o samba, que fez um tremendo sucesso nos ensaios e no desfile, que já é apontado como o melhor samba do SEGURA desde 2001.

Os patrocinadores foram chegando junto, e graças ao Miguel, Maria Paula, Pedro, Juliana, Serginho, Cacá, ao pessoal da Physical, da CoralSign e do Guaraná Zom, contamos com o patrocínio dessas três últimas marcas juntamente com a Wise Up, a Sottomare, a Blue Star Video, a BuickSound e o Banco BRJ, fundamentais para a viabilidade do bloco, assim como Cachorro e Fefê, do Estephanio´s Bar, ponto de concentração do bloco.

A Duda, como no ano passado, preparou as alegorias e os adereços, para que o bloco saísse ainda mais bonito.

Já em janeiro, o nosso homenageado, João Bosco, esteve na quadra da G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel, onde foi apresentado ao Diretor de Bateria do bloco, Mariozinho e Mug, para uma matéria do jornal O GLOBO, e onde pôde ver de perto o sacode da bateria da azul e branco, com Peri, Macaco Branco, Cassiano, Luís Paulo, Cláudia, Marcão e outras feras.

Também em janeiro Shashá e Yayá foram escolhidas porta-bandeira e princesa da bateria do bloco, e as duas fizeram tão bonito que foram alvo de matéria no Jornal do Brasil de ontem, 24 de janeiro.

Em 09 de janeiro fizemos nosso primeiro ensaio, e contamos com a força do Caio, cavaco nervoso que sacudiu a rua levando o samba. Neste ensaio, Julia Bosco apareceu com Rodrigo, seu namorado e passista de primeira, e garantiu a presença do pai no ensaio seguinte.

Em 16 de janeiro, João Bosco esteve no segundo ensaio com a Julia e o Chico, seus filhos, com Rodrigo e Rafa, e a multidão enlouqueceu quando João, juntamente comigo, com Fefê, Dedeco e Mariana, cantou "O Mestre Sala dos Mares" ao som da bateria e acompanhado pelo grande 7 cordas, Felipe Barros, e pelo cavaco campeão do Guilherme Sá. Pelo som dos dois ensaios, obrigadíssimo ao Vágner e ao Filipe DJ, que garantiram qualidade pra facilitar o samba na boca do povo!

Na semana do desfile, eis que entra em campo, depois de semanas trabalhando na surdina em prol do SEGURA, outra craque na engrenagem do bloco, Ângela Bosco. Ângela alugou 2 ônibus, com 50 lugares cada um, convidou 100 amigos para a festa, e tudo começou em sua casa, na Gávea, quando foi lançada no Rio de Janeiro, à boca pequena, a cerveja Bossa Nova, da Bahia. Vejam as fotos aqui. Estavam na festa além de Ângela e João, obviamente, uma pá de amigos do casal, entre eles a galera da Bahia, da cervejaria, Marilene Dabus (saudações rubro-negras!), Paulo César Grande, Cláudia Mauro, Julia Bosco, Rodrigo, Chico Bosco, Rafa, Simone, Olivia Byington, Stella Caymmi, Claude do Amaral Peixoto, Fernando Bicudo, Thomas Stoewsand, Luciane Araújo, Tiago Lins e Silva, Ioná, Susana, Patrícia, Silvana, Vitória Caldas, Jorge Sanchez, Bel Ferreira, Tania Menai, Aninha Albuquerque, Itaal Shur, Nádia Maria, Aspásia Camargo, Eni Moreira, Marie Laure, Mu Chebabi, Ney Conceição, Ana Bruno, Thereza Eugênia, Zélia Ferreira, Alfredo Gosso, Lucinha, Annick Thebia Melsan, Bianca Pucheu, Cristina Kler, Daniela Costa, David, Fabiana Gemmal, Fernanda Santos, Ivo Lucchesi, Lylian Berlin, Luisa Lima, Marilene Gondin, Rafaela Amoedo, Rodrigo Vila Verde... UFA!... e mais muita gente... Esses nomes me vieram pela memória e pelos registros de emails que tenho durante a negociação com as camisetas! Camisetas, aliás, que foram vendidas todas!

À banda boa do Nem Muda Nem Sai de Cima, presente em peso com a camisa do SEGURA, retribuindo o mesmo carinho que nutrimos pelo bloco da Rua Garibaldi: Serjão, Gilda, Marquinho, Tupiara, Lula, Basile, Lélio, Nilson Amorim, Virgínia, Mello Menezes (autor da nossa camiseta e homenageado nos 10 anos do Nem Muda Nem Sai de Cima).

Durante o desfile, outra galera fundamental pra que tudo saísse a contento. Uma galera que brinca um pouco menos mas que se diverte dando uma força isolando a bateria, ajudando o trajeto do caminhão, tomando conta da porta-bandeira, da princesa da bateria, e eles merecem meu muito obrigado, um puta beijo e um abraço arretado: Dalton, Tartarugão, Quebrado, Mangusto, Carlos, Mauro, Isaac, Mariazinha, Dani Sorriso Maracanã, Brinco, Cris, Cachorro (o fotógrafo oficial da festa!), Simone (é, meus amigos, a própria... há no filme uma cena linda da Simone com os braços enormes abertos, tomando conta da bateria e se acabando de cantar o samba com um sorrisão estampado não escondendo a alegria de estar ali!), Duda, e mais muita mas muita gente mesmo que eu não sou nem capaz de saber devido ao lugar que ocupo durante o desfile. Como foi fundamental a Beth, que ficou segurando a onda dentro do Estephanio´s enquanto o couro comia no meio da rua. Os garçons do Estephanio´s, outros bambas. Como foram fundamentais no percurso de mais de 3 horas, o violão certeiro do Felipe, o cavaco do Guilherme, o gogó do Dedeco, do Fefê, do Cristiano (que veio da França para o desfile!!!!!), da Mariana, da Simone, do João Bosco, do Aldir Blanc, da Olivia Byington, gente que foi revezando nos microfones não deixando o samba cair.

E o momento épico do desfile, quando paramos na esquina da Rua Dona Maria com a Rua Almirante João Cândido Brasil, pra assistir João Bosco e Aldir Blanc cantando juntos "O Mestre Sala dos Mares". De arrepiar!

Não foi possível sequer voltar ao ponto da concentração devido ao absurdo número de pessoas que se espremiam na esquina, como as fotos comprovam.

Mas entrou pra história, definitivamente.

Obrigadíssimo, mesmo, do fundo do coração, a todos, rigorosamente todos que apareceram por lá, ajudando a abrilhantar a festa. Gente que veio de longe, de São Paulo (alô Fernando e Paula Szegeri, Iara, Maria Elisa!), gente de Volta Redonda (alô Banana, alô Beto!), da Bahia (alô Gisele!), enfim... a todos. E à família Vila Isabel, em peso: Buba, Lu, Dhaffiny, Stephanny, Dinha, Mestre Mug, Nininha, Mariozinho, Dinha, Macaco, Pivete, Marcão, Cabeludo, Mauro, inúmeros ritmistas de mão cheia, e aos camaradas do caminhão de som, Ivan e Mathias!

Mesmo.

Até.

Posted by Hello

21.1.05

A FAMÍLIA VILA ISABEL


Ninguém, com um pingo de caráter, é o que reza o dito popular, troca de time durante a vida. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo, até morrer, eu sou.

O mesmo dito valeria, pensei durante anos, para as Escolas de Samba? Pensei por vezes que sim, outras tantas vezes achei que não.

Eu, que desde o berço aprendi a guardar com orgulho a Academia do Samba no coração, Salgueiro, minha paixão, minha raiz, tive - e já contei isso por aqui - o coração invadido, a princípio timidamente e depois de forma arrebatadora, pela azul-e-branco fundada pelo seu China, o velho sonhador, que criou a tal Vila bonita que me encantou, com a licença de Martinho da Vila e do Ruy Quaresma.

"No meio da quadra, tão familiar, bebi, fiz amigos e cantei...", disseram novamente o Martinho e Moacyr Luz, e eu endosso. Buba, Lu, Stephanny, Dhaffiny, Mestre Mug, Mariozinho, Macaco Branco, Marcão, Luís Paulo, Wallan, Cassiano, Peri, Jaquetão, Cláudia, Dinha, a família Vila Isabel pediu licença sem cerimônia nenhuma e hoje a Vila Isabel é a responsável pela transfusão do sangue vermelho, tingido também de azul, que corre nas minhas veias com muito menos gordura entre elas, diga-se de passagem.

Ontem, 20 de janeiro, dia de São Sebastião do Rio de Janeiro, houve ensaio técnico da Vila Isabel no Sambódromo, e de presente eu ganhei "apenas" o seguinte: um repique, que me foi passado pelas mãos da Lu, que aparece na foto com o Buba e a Dani aqui em casa logo após o ensaio, com o qual desfilei uns 20 minutos fazendo parte da nota 10 sob o comando do Mestre Mug.

Seguramente, uma das maiores emoções que já vivi. Dormi ainda sorrindo, nos braços da mulher amada, sem nenhum remorso por subverter o dito popular.

Até.

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MAIS 1kg SE FOI DESDE 13 DE JANEIRO...


E assim prossigo, felicíssimo, minha escalada morro abaixo. Em 13 de janeiro, a primeira foto posta no BUTECO, com 85,4kg.

Em 18 de janeiro, 84,9kg.

E hoje, essa marca aí, 84,4kg.

Não é demais repetir que tudo começou em 30 de novembro de 2004, com 96kg. E minha rigorosa médica deu-me como meta, até 30 de janeiro de 2005, a marca de 86kg.

Ou seja, tenho aí, por enquanto, 1,6kg para "queimar" durante o Carnaval!

Até.

Posted by Hello

18.1.05

A MULHER QUE ME ENSINOU A SORRIR...

Doces figuras, já disse isso aqui um sem fim de vezes: desde quando eu vivia isolado do mundo, quando eu era um vagabundo sem ter um amor, apesar de vivendo junto - sabe aquela história da pessoa errada? -, acalentava um sonho em forma de desejo. Londres é longe demais do Rio de Janeiro e tudo o que eu tinha era um cartão de visitas com um endereço britânico que jamais recebeu uma mísera carta minha. Mas eis que a mulher que eu queria voltou de viagem e justamente quando vacas tentavam destruir meu pasto eu a reencontrei. Foi um golpe de mestre, confesso, e naquela mesma noite do reencontro, o bairro de Vila Isabel, a Acadêmicos do Salgueiro e a Praia de Ipanema nos uniram, e para sempre.

A mulher que me ensinou a sorrir.

É à Dani que quero dedicar esse poema:

Em teu sorriso cabem todas as minhas dores,
que eram dores de amores
e hoje são dores de prazer.
Em teus braços, em teu colo,
onde me deito,
no conforto de teu peito,
cabem minhas ilusões.
Se me faltam as palavras nessa hora,
se eu me sinto sem talento,
para tudo lhe dizer,
eu recorro, sem remorso e sem vergonha,
sem o intento de mentir,
ao meu grande amigo Aldir,
autor dessa grande sacada
que copio e que repito,
pois no fundo é bem bonita
a declaração de amor:
sem você, Dani,
não sei nem fazer cocô.

Até.

E ASSIM CAMINHO COM HUMILDADE...


Manhã de 18 de janeiro de 2005...

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14.1.05

HOJE É DIA DE MANGUAÇA


Doces figuras, a foto está escura mas meu carinho é claro.

Hoje, 14 de janeiro, é aniversário dessa figura deliciosa, impagável, um dos muitos frutos que a árvore Estephanio´s rendeu.

Freqüentadora do bar desde a primeira edição, na Rua Visconde de Itamarati, era chamada por nós de Heleninha, a personagem da Renata Sorrah numa novela da TV Globo. Bebia e chorava muito, não necessariamente nessa ordem, mas conjungava os dois verbos sempre em conjunto e em grande escala.

Atravessou o tempo conosco, atravessou a Praça Varnhagem, ganhou cadeira cativa na edição do bar na Rua dos Artistas, atravessou meu peito a pé e atingiu meu coração, cidadela onde poucos pisam.

Deixou de ser Heleninha e passou a ser Manguaça, Manguacinha.

Parabéns, meu amor. Fica daqui, do buteco, minha homenagem. Saiba que qualquer maneira de amor vale a pena. Todo meu carinho.

Até.

Posted by Hello

13.1.05

DOS 96kg AOS 85,4kg


dedicado aos meus irmãos Fernandos, o Goldenberg e o Szegeri

Doces figuras, eis-me aí. Os pés são meus. A balança é nova. Digital e precisa. E eis a marca, por extenso pra criar mais impacto, de oitenta e cinco quilos e quatrocentos gramas.

Desde 30 de novembro do ano passado em rigorosa e prussiana dieta, então com 96kg, que venho pondo em risco a alegria dos meus mais próximos. Enlutados diante da notícia, Vidal atravessa a rua quando me vê, Szegeri me envia os mais agressivos emails que já recebi, Fefê chora a cada encontro de desgosto, Dani Sorriso Maracanã me olha atravessado a cada manhã.

Não recebo mais nenhum convite, nem pra missa de sétimo dia, desde então.

Mas é de pequenas alegrias, que crescem na proporção em que decresce o peso, que crescem na medida em que as roupas guardadas com bolinhas de naftalina numa gaveta não aberta há mais de dez anos passam a ser novamente usadas, que vive um ser humano em regime de dieta.

Dedico, pois, a foto que registra esse glorioso momento, a esses dois, Fefê e Szegeri, que me parecem ser, seguramente, os mais desolados com minha decisão. Como a meta que me foi passada foi a de atingir 86kg até o dia 30 de janeiro, e como hoje é dia 13, terei, suponho, alguns dias de abuso garantido antes mesmo do carnaval.

À porranca, parceiros! Aguardem-me com a sede redobrada!

Até.

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11.1.05

E O BUTECO REABRIU...


Eu e Dani, ontem, 10 de janeiro de 2005, reabrimos o buteco aqui de casa em grande estilo.

O jantar seria para 6, eu, Dani, Manguaça, Sônia (ou Manguassônia para os íntimos), Manguaço e Marcelo. Arrasados por uma enchaqueca, Manguaço e Marcelo não compareceram. E perderam.

Servimos o Canapé do Léo, clássico do nosso buteco, abrimos e derrubamos 3 garrafas de vinho italiano, Sônia deliciou-se com duas caipirinhas, e - pasme, meu irmão Szegeri! - eu acompanhei Manguaça em duas, apenas duas garrafas de Original, que eu bem que merecia um prêmio depois de oito quilos a menos.

A foto é do prato principal, outro memorável clássico do buteco, preparado com algumas inovações que deram certo. Risotto alla zafferano (açafrão), feito com vialonne nano no lugar do arborio e grana padano no lugar do parmiggiano. E o filé acompanhado de um molho de redução de vinho do porto com pimentas do reino e rosa em grãos.

E durou das 21h30min até 2h, quando partiram as duas deixando-me com segredos inconfessáveis que, fruto de um juramento que fiz à Sônia, permanecerão apenas conosco. Se eu conseguir dobrar a Sônia, o que creio não ser muito difícil, mando bala daqui.

Manguaça, querida, comece o trabalho de convencimento da mamãe. Embora eu seja mais eu.

Até.

Posted by Hello

3.1.05

E 2005 CHEGOU...

Doces figuras, o BUTECO tem sido permanente corolário de minhas aventuras pessoais, das aventuras dos amigos, e não será diferente em 2005.

É bem verdade que não era exatamente esse o objetivo quando o inaugurei, mas as histórias que presencio são tão reais e ao mesmo tempo tão recheadas dos ingredientes da ficção, que acabam sendo perfeitas para cá.

O reveillón de 2004, figuras, foi épico. Olímpico. Quase que inacreditável.

Inicio o relato, que não será breve por razões evidentes que ficarão claras ao longo do lexto, dando nome aos bois presentes (sem trocadilho para que vocês não pensem em bois e vacas): eu, Dani, Maria Paula (a dona da casa), Dr. Bulhões (o pai da anfitriã), Guerreira, sua irmã Kaká e sua mãe Raquel, Marcy, Betinha e Flavinho, Fefê e Brinco, Cachorro e Cris, Vidal, a Lenda, e Gláucia, Zé Colméia e Vinagre, Sérgio e Cícero, Alex, Lelê Peitos, Alê, Manguaça, Pierre, Duda, Beth, Dedeco, Marquinho - reparem a essa altura o peso da mesma escumalha que esteve na Festa Unibanco 30 Horas promovida pela Maria Paula ano passado -, Mariana Blanc, Manguaço, Marcelo, Fumaça, Giulia, e muito mais gente, já que a festa, no pico, contou com 100 bárbaros quicando sobre o reluzente mármore do Edifício Chopin.

Eu não escrevi errado, figuras. Edifício Chopin mesmo, aquele chique, altíssimo nível, na Avenida Atlântica, ao lado do Copacabana Palace, fazendo da Maria Paula uma espécie de mágica fenomenal que, subvertendo a ordem podre das socialites e dos ricos deslumbrados que cagam goma naquele terreno, permitiu à escumalha o milagre da divisão de renda e de mordomias no primeiro dia do ano.

Relatar a festa, minuto a minuto, seria cansativo. Vamos aos melhores momentos de cada personagem.

PULGA: autêntica representante da escumalha, do mais raso clero social, a Pulga quica como uma infante alucinada. Ao som da música, havia quatro caixas de som de potência alucinante, Pulga bicou como o lateral esquerdo Roberto Carlos o tubo de oxigênio do Dr. Bulhões, que, sentado placidamente, acompanhava a turba em sua própria casa, mais acostumada aos jantares tranqüilos e a convidados finamente educados. Quando percebeu o estrago, aproximou-se do coitado, alérgico à fumaça, com uma guimba acesa no canto da boca gritando, "desculpa aê, porra, foi mal". Dr. Bulhões foi salvo de pior sorte pela Dani, que resgatou o enfermeiro que se embriagava na cozinha.

MANGUAÇA: outra que não deve nada à pulga em matéria de origem. Bebeu de forma industrial, golfou no banheiro uma meia dúzia de vezes, e foi posta pela Dani e pela Vinagre dentro do closet para que lá dormisse em paz. Quando acordou, uma três horas depois, dizia atônita... "puta que pariu, paguei 120 paus pra dormir... que merda". Frase típica de uma pobre de carteira assinada. Para recuperar o que chamou de tempo perdido, passou a fazer bolinha entre as mãos com os canapés que restavam sobre a mesa para comer mais no menor tempo possível. Tsc.

ALÊ e LELÊ PEITOS: a dupla merece um tópico. Quem apostava em mais uma noite de porre agudo da Lelê, perdeu. Lelê comportou-se como uma dama, bebeu com classe e não caiu uma só vez. Mas eis a cena à meia-noite: estávamos eu, Dani, Manguaço, Marcelo, Alê e Lelê na areia assistindo aos fogos. Alê se agacaha. E vomita competindo com os fogos em barulho e em quantidade. Lelê com as mãos na cintura e batendo palminha... "É isso aí, amiga... vomita 2004, urrú! Vomita! Vomita o ano, pô!" Eu dei pequeno conselho a Alê, mas é impublicável.

FUMAÇA: essa inovou. Por uma razão rigorosamente inexplicável, ameaçou vomitar e foi levada ao banheiro. E nada. Relutou, empurrou as mãos amigas que a amparavam, e saiu do banheiro alucinada. Seus olhos corriam os salões do enorme apartamento em busca de algo que não sabíamos o que era. Até que avistou o Dedeco. Saiu correndo, ajoelhou-se a seus pés, agarrou os joelhos do Dedeco crispando-lhe as unhas nas panturrilhas e tome jato quente nos pés do coitado que vestia sandálias. Uma belezura.

BRINCO: essa odiou o DJ da festa. Num determinado momento dirigiu-se ao sujeito atrás das carrapetas. Saquem o tom gentil da abordagem: "Aê, teu som tá uma merda. Muda. Ou sai daí." O cara, coitado, com aquele talento que esses caras têm para lidar com bêbados, sorriu. "Tá rindo de quê, otário? Sai daí! Tu tá recebendo pra trabalhar e tem que agradar a clientela". O camarada foi salvo pela Betinha, outra surpreendentemente sóbria graças ao que o Zé Colméia chamou de "efeito Flavinho", que arrancou a Brinco de perto do som. Pequeno detalhe: o DJ era convidado da dona da festa e estava trabalhando por amor. Sem receber um único centavo.

GUERREIRA: teve comportamento exemplar enquanto sua mãe esteve lá. Bebia segurando a taça de Prosecco pelo pé, mantinha um guardanapo na base do copo, comia comedidamente, sorria para os que chegavam, não galopou uma única vez. Isso até sua mãe sair, por volta das 2h da manhã. Aí ficou como de praxe. Galopava pela casa, bebia no gargalo, vomitava nos intervalos. Foi embora rebocando a Marcy, que dormia no corredor embaixo da uma das estantes de livros, e o Alex, que ocupava a cama da cozinheira. Desceram os três para pegar um táxi por volta das 6h. Entrou com a Marcy no táxi e esqueceu o Alex dormindo num dos bancos da praia, no colo da estátua do Drummond. Hoje é dia 3 de janeiro. Não se tem notícias do cara até o momento.

KAKÁ: em franca expansão na carreira, Kaká, trabalhando para a revista CARAS, cobriu duas outras festas no mesmo Edifício Chopin. E chegou em nossa festa às 3h. Deu pena vê-la. Chorava copiosamente lamentando o estado de seus amigos. Era o choque, doces figuras, da diferença. Foi embora em menos de 15 minutos em estado lamentável, olhos vermelhos, jurando nunca mais freqüentar ambientes como aquele.

Por ora, é do que me lembro.

Valham-se do espaço para comentários e deixem suas contribuições.

O que viram, o que testemunharam, o que souberam.

Volto ao tema em brevíssimo.

Até.