18.1.05

A MULHER QUE ME ENSINOU A SORRIR...

Doces figuras, já disse isso aqui um sem fim de vezes: desde quando eu vivia isolado do mundo, quando eu era um vagabundo sem ter um amor, apesar de vivendo junto - sabe aquela história da pessoa errada? -, acalentava um sonho em forma de desejo. Londres é longe demais do Rio de Janeiro e tudo o que eu tinha era um cartão de visitas com um endereço britânico que jamais recebeu uma mísera carta minha. Mas eis que a mulher que eu queria voltou de viagem e justamente quando vacas tentavam destruir meu pasto eu a reencontrei. Foi um golpe de mestre, confesso, e naquela mesma noite do reencontro, o bairro de Vila Isabel, a Acadêmicos do Salgueiro e a Praia de Ipanema nos uniram, e para sempre.

A mulher que me ensinou a sorrir.

É à Dani que quero dedicar esse poema:

Em teu sorriso cabem todas as minhas dores,
que eram dores de amores
e hoje são dores de prazer.
Em teus braços, em teu colo,
onde me deito,
no conforto de teu peito,
cabem minhas ilusões.
Se me faltam as palavras nessa hora,
se eu me sinto sem talento,
para tudo lhe dizer,
eu recorro, sem remorso e sem vergonha,
sem o intento de mentir,
ao meu grande amigo Aldir,
autor dessa grande sacada
que copio e que repito,
pois no fundo é bem bonita
a declaração de amor:
sem você, Dani,
não sei nem fazer cocô.

Até.

2 comentários:

Szegeri disse...

Cara...

B. disse...

Não é maravilhoso isso, Fê?
Igualzinho o que acontecia na sala da tua casa, ela dizendo: "-Então vai, vai meu amor, vai faer o seu cocô, vai..."
Se não existisse tinha que inventar! :)