1.7.05

QUEM CASA QUER CASA

(pro Szegeri e pra Stefânia)


A foto, tirada em Pousa da Cajaíba, reúne três amores: meu bom irmão Szegeri, a doce Stê e a mulher que me ensinou a sorrir.

Mamãe ensinou-me - e dentre as tantas lições que recebi, essa foi uma das poucas que apreendi, com dois "e" mesmo - a retribuir gentilezas, e isso é que faço hoje. Meu Otto na íntegra, ontem, no Sodói, dedicou à Stê, a mim e à Dani, o genial "Sobre o amor, etc", do Rubem Braga, uma dentre as tantas paixões do meu irmão paulista. Mamãe também ensinou-me a guardar segredos e a jamais revelar novidades que me são passadas com exclusividade, e talvez esteja quebrando o ensinamento, mas prefiro arriscar.

Desde ontem Szegeri e Stê dividem teto. E o email que trouxe a notícia, assinado pelo meu implacável Otto, é todo uma delícia de paixão derramada, de esperanças renovadas, de expectativas, medos e planos, tramas e sonhos. Bem sei eu, imagino, pelo que passa meu irmão.

Quando, há pouco mais de 6 anos, vacas tentavam destruir meu pasto, (re)encontrei a Dani e poucos meses depois fizemos valer o ditado popular que dá título à minha confissão de hoje. E já estamos há quase 6 anos dividindo teto, cama, cozinha, banheiro, toda a vida.

Daqui, do Buteco, ergo o copo à empreitada do meu irmão e da doce Stê. "Empreitada?", perguntarão os mais românticos (no que ser romântico tem de mais bobo)... Sim. Empreitada. É escolher a casa, fazer a mudança, consertar a parte hidráulica, pintar paredes e tetos, escolher e ajeitar os móveis, suar, arrumar as roupas, os objetos pessoais, escolher os bunkers intocáveis de cada um, suar mais, cansar, pra depois descansar junto, tudo em nome desse troço que, digam o que quiserem, é fundamental: amar e dividir a vida.

Ficou mais bonito comparar a trajetória dos dois com a nossa, minha e da Dani, quando soube pelo Otto o que foram os últimos meses da vida dos dois (muito semelhante ao que foi a nossa quando começamos a planejar a mudança). A mala do carro da Stê era o armário de ambos, as roupas amarfanhadas, os motéis eram o lar imaginário, as escovas de dente se misturando com o macaco e a chave de roda, os cafés da manhã na ante-sala das suítes enquanto se pagava a conta do período, tudo como manda o figurino dos amantes.

Taí, meu irmão, cravada em nossa trajetória, mais uma via paralela.

Até.

Posted by Picasa

8 comentários:

Anônimo disse...

Alvíssaras!!!
Que o confrade mais querido seja feliz - aposto que será - e que o casamento deixe eles sempre com o sorriso que exibem todas as vezes que os vejo juntos.

Anônimo disse...

Aê, dá-lhe Zé Guéri! Parabéns e que dure eternamente!

Anônimo disse...

Quem é Picasa?!?!

Anônimo disse...

Aê Szé! Acabou de casar e já está grávido......

Anônimo disse...

Anônimo, não. Sou eu!

Jota

Szegeri disse...

Querido irmão, um beijaço pra você, de coração. Dediquei um texto pra mim tão especial, num dia tão especial à mulher que eu amo e a vocês dois, irmãos queridos, que além de amar muito, demonstraram pra mim, mais do que qualquer outro casal, a possibilidade de se viver de verdade tudo o que o poeta tão bem idealizou. "Este é o exemplo que damos / aos jovens recém-namorados..."

Szegeri disse...

P.S. Você só podia poupar os leitores dessa humilhação pública de exibir o meu físico invejável. Como ficarão, agora, diante de suas desoladas e desejosas mulheres???

Szegeri disse...

Ô Jota, é a modernidade! No seu tempo não tinha isso de trepar antes do casório...