29.9.05

DEDECO E VALÉRIA CRISTINA

A pedidos, prossigo a história de ontem do Dedeco.

Mandei aflito email para o escrivão de polícia que me mandou a foto do Dedeco sendo abatido por um porrete de proporções olímpicas e o mesmo, gentilíssimo (e ele é da polícia, vejam isso!), enviou-me email com riqueza de detalhes. Contou-me que por mera curiosidade e por obrigações advindas das investigações que foram iniciadas com relação ao registro da ocorrência de agressão que o Dedeco cometeu, ficou sabendo de muita coisa. Grampos clandestinos, campana, e o romance de Dedeco e Valéria Cristina, curto mais intenso, foi devassado. Estamos, é bom lembrar, em 2002.

Valéria Cristina foi à Delegacia Policial e obteve, depois de passar R$50,00 pro escrivão de plantão dentro de um papelucho dobrado, o telefone do Dedeco. Diante da evidente ligação que Valéria Cristina faria pro Dedeco, o talo escrivão acionou o departamento competente da DP e foi feito, em poucos dias, o grampo na linha telefônica do embusteiro.

Primeira ligação gravada:

"Alô?"

"André?"

"Isso. Quem fala?"

"Valéria Cristina..."

(som vindo de Valéria Cristina soltando fumaça do cigarro)

"Quem?"

"Valéria Cristina... namorada do cara com quem você se meteu numa briga anteon..."

"Oi, amor..."

(Dedeco tosse)

"Vocêzinho tá melhor?... Ele te bateu tanto..."

(voz de choro de Valéria Cristina)

"Mais ou menos... Um pouco dolorido ainda..."

"Quero vê-lo. Posso ir até sua casa? Você mora só?"

"Moro, gata. Moro. Venha sim..."

"Vou levar band-aid, gazes, água boricada, mercúrio cromo, um tubinho de Satya... tá?"

"Gata (pigarro) posso lhe pedir um favor?"

"Dois, André..."

"Então vou pedir três..."

"Peça, querido..."

"Traga um pacote de Carlton, uma cartela de camisinha e um tubinho de KY. Anota aí o endereço."

(a gravação é interrompida aqui)

Vejam bem, acompanhem bem, como é fino, como é baixo, sujo, como é sem luz esse André.

Prometo amanhã seguir no mesmo caminho. Conto-lhes mais.

Até.

Um comentário:

Anônimo disse...

Espero que diga que ele comeu o rabo dela todo, porra! Senão não valeu todo o esforço...