14.12.05

LANÇAMENTO DO LIVRO NO RJ







O furdunço do lançamento do livro - num buteco, e não numa livraria, uma grande sacada - estava marcado pra começar às oito da noite, mas eu cheguei às seis pra entregar os livros ao Rodrigo, da Livraria Folha Seca, e já dei de cara com a Betinha, com olhos de "ai-meu-deus-cadê-o-livro?" Bonitinha demais, né não?

Comecei a assinar os livros por volta das oito mesmo, com a garrafa de Red Label ao meu lado, que aparece vazia na foto. Assinei o último passava um pouco de uma da manhã. Foi uma noite e tanto, emocionante demais. Como se não bastasse a emoção do livro em si, o filhote chegando nas mãos dos amigos, dos amigos dos amigos, desconhecidos, vizinhos do bar, o astral que reinou no Estephanio´s foi absurdamente alto e vou lhes contar dos destaques da noite.

Vamos lá.

Havia desde João Vitor - o mascote, no livro - com cinco anos de idade até dona Mathilde, minha amada avó, mãe de minha mãe, filha de minha Bia, com 81. Aliás, pedi tanto à vovó que não lesse o livro, mas acho que foi em vão. Vovó é daquelas que tem taquicardias violentíssimas quando ouve um inocente "porra". O que sentirá, meu Deus, lendo o que vai nas linhas do livro?

A segunda grande emoção da noite - lembrem-se de que ver a Betinha babando à espera do bebê foi a primeira - foi encontrar a Lu. Vou explicar. A Lu vem a ser a irmã do meu irmão Fabinho, Fábio Matos, há pouco mais de um ano distante demais. A Lu estacou diante de mim e disse:

- Sabe quem eu sou?

E eu a abracei, e nos abraçamos, forte demais. Era o Fabinho ali, entre nós, e ela tão doce tendo aparecido com o noivo... Quando tomou o rumo da varanda eu desabei pela primeira vez. Mas foi bem bonito.


O livro é dedicado aos meus seis afilhados e à dinda deles, a Dani Sorriso Maracanã. E vejam aí minha alegria e meu orgulho abraçando a mais velha, a Milena, minha Mimi amada, filha da minha comadre Mariana Blanc. A Mimi tem os cílios mais bonitos do mundo, lê pra burro, e quase me derrubou quando chegou perto pra me dar um beijo. Fiquei que nem um pateta apontando o nomezinho dela no livro repetindo "viu, meu amor, viu?", e a lindona, tímida que só, não escondendo a alegria. E tome festa.

Outro grande lance, também de derrubar, foi a chegada, totalmente de surpresa, da Roberta Valente, de São Paulo. A figura bateu o telefone pra mim, à tarde, desejou sucesso, êxito, lamentou o preço da passagem de avião, disse que estaria no lançamento em São Paulo no dia 17, e pronto...

Aparece no meio da noite e deu-me um abraço que nem conto. Dani, sacando tudo de longe e sem saber ainda quem era, veio em nossa direção com uma lança pontuda imaginária pra cravar na altura dos pulmões da moça quando a virei. E fiquei derrubadíssimo, de novo, vendo a Roberta e a Dani abraçadas e rodopiando pelo salão, felizes que só.

Na foto aí ao lado, eu e a peça, Roberta Valente, a pandeirista mais talentosa que eu conheço, que foi de um carinho, de uma demonstração de afeto tão absurda que vou te contar...

Pomba, sábado estarei em São Paulo, né? Mas ela fez questão de estar aqui, no primeiro lançamento... e isso foi bonito demais também.

Como também foi bonito ver o papai, completamente tomado pelo uísque, parecendo a mãe da noiva. Câmera digital nas mãos, fotografando tudo, me passando a biografia dos seus amigos que chegavam, e mamãe com um sorriso de rasgar o rosto, Fefê explodindo de alegria, indo o tempo todo à mesa me fazer festinha e perguntar, "tá feliz? eu tô!".

De São Paulo, também, meu irmão Szegeri e a doce Stê, que estavam em nossa casa desde a quinta-feira. Szegeri, autor da orelha, não escondia o orgulho de assinar alguns livros, com dedicatórias geniais como essa que colhi numa olhada explícita: "Brinco, é uma tremenda alegria poder beijar sua orelha, Szegeri". Vejam que beleza.

Agora vejam essa foto. Não tenho a menor idéia do que eu dizia à Dani. Mas vejam o tamanho do Maracanã, do sorriso-mais-lindo. Da árvore da Dani vieram Magali, a irmã que eu não tive, com o Ricardo, a Maria Helena, a Ana Clara (também na dedicatória), o Comandante, a Dona Sá, Dirce, Alvimar, que vieram da Barra da Tijuca, o que é tão difícil quanto sair de São Paulo.

Aliás, sobre o Comandante... Estava numa alegria de petiz. Viu-se ilustrado no livro que quicava pelo bar sem conter o orgulho. Deu entrevista pra TVE, indicado que foi como meu mais hilariante personagem. E disse-me que vai agitar, como nunca, o lançamento em Volta Redonda, na segunda-feira dia 19.

Outro destaque, mais-que-comovente, foram as presenças da Incêndio e do Bombeiro, respectivamente a mãe da Fumaça e seu padrasto. Chegaram, foram à mesa, levaram uns 4, 5 livros pra que eu assinasse e bateram o telefone pra Fumaça.

Fumaça que está em Maputo, na África. Foi lindo demais falar com a minha queridíssima Fumacinha, ainda que por poucos segundos, que devem ter custado uma fortuna. Mandou-me, a Fumaça, em email comovente também, e quero agradecer de público, de pé, no banquinho imaginário, à presença dos dois, Incêndio e Bombeiro, que também chegaram de longe, muito depois da poça, em Niterói.

De Niterói, também, minha mais-que-querida editora, Marcia Silveira, ao meu lado aí na foto. Aliás, pela ordem, da esquerda pra direita: Valéria, que foi representando o mestre Lan, Marcia Silveira, da Casa Jorge, eu e Adriana Moreno, a responsável pela editoração do livro, uma craque, como craque também o Pepê, Pedro Toledo, que fez as ilustrações.

A Marcia, que despencou-se de Niterói, apareceu com o Alberto, o marido a quem eu ainda não conhecia, e com a Dôra, sua irmã, que também bate um bolão da editora e foi muito bom dividir a alegria da noite com todos eles.

É preciso agradecer, também de pé no banquinho, à Kaká, Karine Tavares, que fez a assessoria de imprensa e, tadinha, suportou meus ataques olímpicos de ansiedade, que foram devidamente enterrados ao longo da festa, que superou em muito minhas mais otimistas expectativas.

Havia, assim por alto, uma previsão de venda entre 80 e 100 livros.

E foram 143. Número que o Zé Sergio, também de Niterói com sua Dôra (outra Dôra), comemorou como só as dindas fazem.



Nesta foto, Zé Sergio (notem como é bobo fazendo chifrinho no Szegeri), eu, Szegeri e Cesar Tartaglia, amigo que quase me derrubou à tarde quando escreveu em seu blog, no site do jornal O Globo.

Fica difícil, ou mesmo impossível, citar quem esteve lá. Mas foi uma surpresa rever amigos que eu não via há muito tempo, como o Didu Nogueira, o Edmundo Souto, o Marcos Vilela, dar de cara com Nilsinho Amorim, o cara que temos, eu e Dani, como nosso padrinho, a figura hilária do Baiano, a Marilu, Vera e Cacá, e quase todos os personagens do livro, o Xerife, a Betinha, a Ruivinha, o Branco de beleza acachapante, o Zé Colméia, o Miguel, a Juliana, a Maria Paula, a Guerreira, a Brinco, o seu Osório (que passou só pra dar um abraço, estava com pressão alta), a Duda com seus pais, Rogério e Regina, a Manguaça.

A Sônia e o Chain, orgulhosos porque estiveram no lançamento do meu infantilíssimo livro de poesias que lancei em 1991. O Toledo e a Luciana, ele o pai do ilustrador, numa felicidade intensa. O Janot, belo sujeito, bom de copo. O Cabrera com a Cris, o Leo Huguenin, o Marquinho, o Bud, o Cachorro (autor de todas as fotos) com a Chris, Vidal, a Lenda, com a Gláucia, o Dalton, meu irmão, e agora lembrei-me de um troço.

Vamos aos presentinhos que ganhei ao longo da noite.

Primeiro me chegam Heloísa e Valmir, pais da Lenda. Ela com um potinho de aliche, sabe que eu amo, e um cartão lindo me desejando as coisas mais bonitas. Depois vem Carmen Gonzalez, a Rino, mãe do Dalton, com flores, e um abraço comovente e umas coisas lindas ditas ao pé do ouvido. Vovó com uma lembrança do meu vô Milton. A Sônia, mãe da Manguaça, me deu a caneta com que autografei os livros ao longo da noite, numa doçura olímpica. A Áurea, querida amiga e companheira do Fernando Toledo, presente ali, ó, de pé no balcão.


Quem também se fez presente, muito bem representado, foi meu guru, Aldir Blanc, autor do prefácio do livro. Vejam aí o carinho da Mari Blanc, a quem chamei de "uma espécie de mãe", numa dedicatória emocionada. Momento da noite: Mari dá de cara com o João Vitor. E diz:

- Você não lembra de mim, né?

- Não! - diz o João com a franqueza das crianças.

- Mas e se eu disser que sou avó do Pedro, da Joana...

- Vovó Mari!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - e atirou-se nos braços dela.

Como eu digo no livro, o João é gênio da raça, orgulho de Vila Isabel.

Meus amigos, eis aí o relato breve - creiam... brevíssimo - da noite.

Ao longo dos dias vou escrevendo mais.

Fecho dizendo o seguinte.

Esse malandro aí ao lado, comigo, é o Dalton.

Como se não bastassem as emoções da noite, a quantidade de choro - só o Szegeri chorou mais do que eu - o Dalton recebeu meu livro com dedicatória e o guardou.

Passei o resto do tempo reclamando:

- Não vai ler, pô?

E ele:

- Não!

Mandou-me no dia seguinte um email explicando o porquê.

E quase me matou tamanha a boniteza do que disse.

Se ele me autorizar, quebro o sigilo da correspondência e mostro pra vocês.

Fechando. O livro já está à venda na Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor, na Livraria da Travessa, em Ipanema e na Travessa do Ouvidor, e na Argumento, no Leblon.

As fotos do lançamento podem ser vistas aqui.

Até.

7 comentários:

Anônimo disse...

Edu, o nascimento do seu livro é motivo de muita emoção e orgulho pra mim. Se vc deixar, ele pode me chamar de "Titia Mary"? Beijos e muito sucesso!

Szegeri disse...

Olha aí, ô Véia Coroca... Tentou me derrubar (de novo), mas dessa vez não deu pra você. Me aguarda, Biltre!

Anônimo disse...

Edu eu acho que não saberia fazer uma crítica técnica do seu livro que já li numa tacada só. Mas eu ri demais, me diverti demais, e é um dos meus preferidos já. Mesmo porque é diferente de tudo o que já li, me lembrou demais o humor do Veríssimo, do Aldir, dos craques que o F. Wolff cita na contra-capa. Todos muito mais velhos que você. E salve a nova e nossa geração. Beijo e sucesso.

Anônimo disse...

Edu,

Não dá para começar por outra palavra que não seja PARABÉNS!

Seu livro me fez rir e chorar de emoção! Muitas vezes em público, pois o lia no metrô, no percurso entre a Tijuca e a Cinelândia! E veja vc que hoje quase passei da estação ao ler o meu nome no final. Valeu pela lembrança!

Não poderia deixar de registrar algo muito lindo, que era a Dani com o sorriso Maracanã irradiando felicidade, assim, como toda a sua família! Seu pai tirando fotos de tudo e de todos foi o máximo!!!! Amei!

Adorei encontrar meus amigos personagens e, principalmente, conhecer aqueles que só conhecia através do seu Buteco!

Infelizmente não pude ficar até o final, mas chegei cedo para garantir o meu livro e o autógrafo, é claro! Afinal, sou e continuarei a ser uma leitora assídua do Buteco!

Mais uma vez, PARABÉNS e MUIIIIIITTOOOO SUCESSO!!!!

Pat Moreira

Anônimo disse...

Querido, você acha mesmo que eu ia perder a chance de te atormentar no dia do seu lançamento???? ;-)
Adorei encontrar vocês e estou amando o livro.
beijossssss

∫nês disse...

Deve ter sido sem dúvida uma noite extraordinária. Depois de uma descrição tão sentida, fiquei ainda com mais inveja de não ter podido presencear O GRANDE LANCAMENTO pessoalmente.
E' caso para dizer, a respeito de todos os que lá estiveram, "há gajos com muita sorte" ;)
Beijo!

Anônimo disse...

Edu, meu caro:

Cadê a atualização com as fotos e as "notícias" do lançamento do livro em São Paulo??? Vou ao Procon, porra!!!!

Em tempo: dois detalhes que poderiam ter sido acrescidos à história do hotel do catete, embora você, como sempre, tenha sido preciso do início ao fim: 1) na manhã seguinte o cara da portaria, que não sei como ainda estava lá, me pediu, com caras de poucos amigos, o tubo de inseticida de volta, que segundo ele "pertence ao hotel".

2) O Hotel foi apelidado por alguém que não me lembro com o sugestivo nome de "Espelunca's Palace", já que ele não tinha nome algum.

Não consigo parar de rir com as histórias do Seu Osório, um dos meus personagens favoritos.

Abraço

Marcão