"Falando de muita mulher
que sem elas a gente não vive..."
(Moacyr Luz - Luis Carlos da Vila - Aldir Blanc)
A gente se propõe a fazer uma lista e, pronto!, está fadado a um deslize, um lapso qualquer, mas hoje é o Dia Internacional da Mulher, dia que para um homem sério se comemora o ano inteiro, e me deu uma vontade olímpica de homenageá-las. Logo, qualquer deslize e qualquer lapso deve ser imediatamente perdoado.
O mesmo beijo terno e intenso que a Betinha dá na Dani Sorriso Maracanã nessa belíssima foto, é o beijo que eu estalo na bochecha de cada uma delas.
Começando pela própria Dani, a mulher que me ensinou a sorrir, com quem divido a vida, a cama e a alma, a tensão e a calma, as angústias e as certezas, saravá! A Betinha, a amiga-maior, doce e amarga, vento e calmaria, saravá! Mathilde, minha bisavó amada que já virou saudade, Mathilde, minha avó e Mariazinha, minha mãe, a Santíssima Trindade que me serve de sustento, saravá! Tarcisa, empregada de mamãe quando eu era um menino, cuidados especialíssimos, saravá! Falei "quando eu era um menino"? Saravá, Adele Fátima! Vanilza, uma verdadeira mãe-preta, como mãe-preta foi e ainda é minha querida Dona Zezé, olha eu ainda menino cultivando em mim as gratidões, saravá! Leinha, nossa secretária, gerente de nossa casa, saravá! Sônia, amada Manguassônia, olhos sempre ternos e abraço sempre de aconchego, uma craque na arte de fazer gente, Manguaça que não me deixa mentir, duas amadas guardadas no coração, saravá! Minhas afilhadas, minhas quatro pequenas mulheres, Milena, Ana Clara, Dhaffiny e Iara, e as que vêm a roboque do bem-querer, Maria Helena e Steffany, saravá! Às mães que me confiaram seus tesouros, minhas comadres queridas, Mariana, Magali (que ainda por cima é a irmã que eu não tive), Lu e Railídia, Raquelzinha e Ana, brindem comigo, saravá! Áurea Santos, guerreira, fortaleza em pessoa, saravá, mulher! Bia Henriques e Marcella, ó São Paulo na área, saudade e saravá! Uma anfitriã de mão cheia, do Rio de Janeiro a Roma, um saravá intercontinental pra Cecilia, e pra outra anifitriã, igualmente de mão cheia, do Rio de Janeiro a Amsterdam, saravá Evelin! Pra Natal, no Rio Grande do Norte, meu saravá pra Gloria, pra Andréa, pra Pititinga, e saravá pra dona Niza (a avó do ilustrador!), lá na Princesinha do Mar, e já que falei no "ilustrador", saravá Luciana, a bailarina, saravá! Desviando pra meus tempos de PUC, saravá Samantha, saravá Sabrina, Sueli, Pat e Paola Frajdrach, Leila Frajdrach, saravá Claudine, saravá Dani Castro! Do ramo das "Pureza", Dona Sá, Mamaia e Sandra, irmãs a quem amo desonestamente, saravá! Luana, paixão de olhos claros que deitam no meu coração apaixonado, Fabiana e Moniquinha, tudo "Pureza", saravá! Tem mais Pureza na área! Saravá, Cristina, saravá Simone, saravá Ivana, saravá pra Volta Redonda! Tô em Volta Redonda? Saravá Dri, saravá Neuza, querida Neosaldina, saravá Cléo, saravá santas mãos das cozinhas, saravá Santa! Saravá, Julinha, que virou anjo, saravá bem alto! Falei "bem alto" e lembrei-me de São Lourenço, e saravá minha Tia Lila! Falei em "São Lourenço"? Então vamos a Caxambu, e saravá Aninha, saravá Juju, saravá Lúcia Cavalcante, saravá Denise, Maura, Simone, Rosângela, Aninha, dona Olívia, Márcia, saravá Nena, saravá dona Albina, Nancy, Andréa, saravá Glorinha! Saravá minhas irmãs postiças, Fó, Cristina e Tati, e não é que são três paulistas? Saravá doce Stê, minha cunhada amada e paciente com meus arroubos, saravá Brinco, mulher que faz feliz meu irmão-siamês! Saravá, também, mães dos meus amigos, tadinhas, que não compreendem (como elas deixam isso claro no olhar...) o bem-querer de seus filhos por mim, Rino e Cecília. Marcia Silveira, minha editora querida, e Dôra, sua irmã, olha eu atravessando a Baía de barca pra gritar da terra de Araribóia, saravá! Duas paixões recentes, duas afinidades olímpicas, Juliana Amaral (cadê seu disco novo, moça?) e Inês Baptista, pra São Paulo e pra Cambridge, saravá bem alto, vocês minhas amigas pra todo o sempre! Ex-mulheres de amigos meus, atuais mulheres de amigos meus, saravá Paola, saravá Dôra da Dinda, saravá Moema, saravá Carmen Lucia, saravá Patrícia Garcia, saravá Rafa, saravá Valeska, saravá moças! Saravá Beth Carvalho, saravá Cléo, arquitetas de um jantar que não me esqueço! Presenças constantes no Buteco, mulheres com quem "convivo" no balcão imaginário (por enquanto!), Margarida Maria, Lucia, Maria Rezende, saravá, queridas! Irmãs queridas da minha Maracanã, queridas minhas, Maria Elisa, Banana, Gi, Laura, Nana, Iza, Rosana (e salve a África!), saravá, mulheres! A tropa do dia-a-dia, Guerreira e Kaká (saravá, Raquel!), Fumaça (saravá, Incêndio!), Maria Paula (saravá, Maria Silvia!), Lelê Peitos, Alê, Gláucia, Duda, Marcy, saravá mulherada! Saravá, mulher-Listerine, saravá, Cacau e Ângela! Saravá meu pandeiro preferido, e bate alto, saravá Robertinha Valente! Lembrei, lembrei, lembrei-me de Maria Baiana, olha eu de calças curtas no Palas, ela que foi a primeira mulher a me dizer que um dia eu escreveria um livro, saravá, Maria Baiana! Falei do Palas? Saravá Marly Pereira, saravá Lúcia Andréia, saravá Tatiana, Moniquinha, Isabela, Adriana, Leila, Marcinha, saravá! Às mulheres que cuidaram da minha Pimentinha, Marcia, Renata, Rita, Elsie, Luciana e Michele, saravá, queridas! Saravá, Lícia, que tratou de mim! Saravá Gilda, saravá Verinha, saravá Mari Blanc, saravá Virgínia, saravá Vera Mello, saravá Vera Castro! Saravá Ângela Bosco, saravá Julinha, saravá Adriana Moreno, saravá Luciana Machado Matos, beijo meu, querida! Saravá, minhas antepassadas e minhas raízes, saravá Tia Idinha, Tia Zirota (alguém com uma tia chamada Zirota, e lê-se "ziróta", pode ser normal?), Tia Noêmia, Tia Lys, saravá! E, ó, tô começando a achar que a lista não tem fim, o que faz de mim um sujeito de muita sorte. Acho que vou parando por aqui.
De pé, no banquinho imaginário, o copo com chope espesso, quatro dedos de espuma, o bigodão branco sob o nariz, estalo um beijo igualzinho ao da Betinha na bochecha da Maracanã, de olhos fechados e coração aberto, em cada uma de vocês!
Até.
PS: e saravá, também, pra Pimentinha, pô!