5.5.06

JOTA, O INCANSÁVEL

Peço perdão a todos pela repetição do tema. Não me é exatamente agradável falar sobre o Jota e sua coluneta no jornal O GLOBO.

Mas para justiticar a volta ao assunto, o mesmíssimo de ontem, quebro o sigilo de correspondência do Szegeri e transcrevo trecho de email enviado pelo Pompa, ontem à noite, a mim e aos membros da S.E.M.P.R.E. (Sociedade Edificante Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos). Vamos a ele:

"Isso vale (...), (...) para donos de bar que não entendem ou não respeitam as nossas tradições, por exemplo, ou para jornalistas escrotos que escrevem bobagens. Se puniçoes podem ser intituídas, que valham para (...) estabelecimentos indignos. Precisamos, talvez, de um propósito maior, que seja não somente o cultivo da boa tradição do bar, de sentar e beber e comer e conversar. Porque os tempos não são de paz, amigos, são de guerra. Os usurpadores, os levianos, os que não entendem que o buteco é um lugar sagrado a ser respeitado, que o que ali se faz tem sentido de religião, eles têm espaço nos jornais (não é, Edu?). Precisamos nos contrapor, fazer valer a nossa resistência, se não para os jornais, ao menos para a vista das pessoas que nos cercam. Sobretudo para o butequeiro humilde, anônimo, que entra para tomar a sua cerveja cotidiana, sem pretensões gastronômicas, baixas ou altas. Ele precisa saber que não está só. Precisa vingar a sua humilhação estampada nos jornais que não cansam de louvar essa pseudo-cultura yuppie de drinking centers."

Notem como o Pompa escreve bem! Aliás, pausa para comercial: é preciso que vocês leiam o Pompa, diariamente, no fundamental Sodói. Voltando ao assunto.

O que nos traz, hoje, a podre coluna do Jota?

jornal O GLOBO, sexta-feira, 05 de maio de 2006


Ora, ora, ora. As incursões do Jota continuam, evidentemente, pela zona sul da cidade, a mais fresquinha em todos os sentidos. Agora fala do Jardim Botânico, onde, aliás, há uma dentre tantas filiais do Belmonte, comandado pelo investidor Antônio. E cunha, o paupérrimo Jota no quesito vocabulário, outra expressão imunda: "pé-sujo grifado".

Não satisfeito em inventar besteiras como "pé-sujo fashion", "Cordon Bleu da baixa gastronomia" e outras merdas do gênero, agora vem com mais essa, "pé sujo grifado".

Na tal nota, indigna, ele cita três estabelecimentos paulistas (dentre eles a pizzaria Braz, onde eu e Szegeri protgonizamos um momento histórico, e dia desses lhes conto) que estão abrindo filiais (argh!) na Rua Maria Angélica e dois botecos (assim mesmo, com "o", como convém a um pernóstico fresco como o Jota), o São Carlos (que "vai reabrir com comidinhas") e o Rebouças, o tal grifado.

O grifo é meu, Jota.

É inacreditável que não haja ao menos um incômodo na redação do Segundo Caderno.

Quanto, Jota, quanto (ou o quê) você está ganhando para fazer dessa página inteira do jornal um outdoor que exalta, permanentemente, bares de merda que jogam contra a mais carioca das instituições?

Até.

11 comentários:

Anônimo disse...

Caro Edu,

De há muito venho batendo nessa tecla: esse sujeito que assina a coluna diária de fofoquinhas no "O Globo" não passa de um semi-letrado a serviço desses neófitos imbecis que abrem pseudo-butiquins a cada esquina, inaceitável progressão que, veja, vem transformando a (lógico) Zona Sul em misto de São Paulo/Barra.

Mais curioso, entretanto, é ver que o energúmeno incensa butiquins onde nunca pôs os pés (tenho certeza disso) e, pior, repete sandices entregues a ele de bandeja por, veja você, artistas de renome da MPB (tenho certeza também, pois conheço quem são) metidos a entendedores de butiquim.

Como sou morador do Leblon, meu quintal é o Bracarense, e peço a você a boa vontade de aceitar um convite meu para tomarmos uns birinaites, não atendidos pelo "estelar" Chico evidentemente, mas por uma dupla de alta estirpe e incomparável atenção, que fica alojada dentro do balcão: Vicente e Aroldinho.

Saudações rubro-negras,
LC Fraga

Eduardo Goldenberg disse...

Prezado LC FRAGA (Luis/Luiz Cláudio?... diga lá!):

Convite feito, convite aceito. E principalmente pelo seguinte... Uma das grandes atrações de qualquer buteco é a freqüência, um bom buteco não se sustenta sem um grande sujeito encostado no balcão ou numa das mesas.

E se você freqüenta o Bracarense, compreende que o Chico é um superstar, também rejeita essa paulistinização da zona sul na matéria buteco e compreende essa promiscuidade entre jornalistas de merda e assessorias (informais ou não) de imprensa, ponto pra você.

Me escreva aí, há um link à direita no Buteco. Marquemos isso.

Forte abraço.

Anônimo disse...

Caro Edu,

O LC vem de (argh!) Luiz Carlos, prenome que jamais usei na vida.

Veja a melhor data para tomarmos esse primeiro, de muitos, espero, birinaite - sempre em pé, com o cotovelo no balcão.

Com estou de partida para Vicente de Carvalho na hora do almoço, acho muito provável que o fígado esteja combalido já ao crépúsculo, o que me impediria de lhe fazer uma recepção digna no Braca; no final de semana, entretanto, estou às ordens, caso OK para você.

Por último, tenho o salutar hábito de beber de segunda a segunda, chova ou faça sol, motivo pelo qual deixo você à vontade para fixar a data.

Forte abraço,
Fraga

Eduardo Goldenberg disse...

FRAGA: não sei seu email.

É evidente que é mais fácil marcarmos usando o email. Anote aí: edugoldenberg@gmail.com

Abraço.

Anônimo disse...

Nesse papo aí em cima, só faltou alguém dizer "Escolham as armas" com uma caldeireta e uma tulipa de cristal sobre uma almofadinha de veludo vermelho

Eduardo Goldenberg disse...

DINDA, querida, Velha Coroca do meu coração: você quer ser convidado também, querida?

Se quiser, avise.

Eu fico numa almofada vermelha, o Fraga noutra e você sentadinha na cadeira de rodas babando de ciúme.

Que feio, Dinda.

Que feio.

Anônimo disse...

Caros,

É evidente que o maiúsculo Szegerli está mais que convidado; entretanto, devo ir a Sampa (argh duplo!) na próxima semana, e podemos marcar um Léo, que ninguém é de ferro.

Edu, meu e-mail é lcfraga@fblaw.com.br.

Saudações etílicas,
Fraga

Eduardo Goldenberg disse...

FRAGA:

Depois de conhecer o Szegeri (sem o "l"), depois de conhecer São Paulo um bocado mais a fundo, nunca mais fiz qualquer argh quando SP era meu destino.

Além do Léo, excelente bar que conheci graças ao Pompa, vá ao Ó do Borogodó, esse sim, pra mim, o maior de todos.

Do Brasil.

Abraço.

Anônimo disse...

Esse colunista aí se supera a cada dia que passa e é óbvio que ele está na folha de pagamento destes bares.

Anônimo disse...

ABAIXO ESSE CARA! CONCORDO COM O LC FRAGA EU DUVIDO QUE ELE JÁ TENHA COLOCADO UMA ÚNICA PATA DENTRO DE UM BAR DE VERDADE OU MESMO NESSES BARES DE GRIFE QUE ELE VIVE BABANDO O OVO. ELE DEVE VIVER DE FAVOR IGUALZINHO FAZIA O IBRAHIM SUED QUE COMIA E BEBIA DE GRAÇA PRA FALAR BEM DE RESTAURANTE GRANFINO. E SE ESSE JOTA AÍ NÃO PISA NOS BARES ELE SÓ PODE MESMO É LEVAR DINHEIRO EM TROCA DESSA PROPAGANDA ENGANOSA.

Anônimo disse...

Coroca, não, CARACA!!!!! No Braca nem que a vaca tussa, ou nem que a vussa taca!!!!