Sem contar com o texto de hoje, já são 133 as menções ao meu irmão paulista, o Szegeri (que pronuncia-se, eis a primeira surpresa do dia, xêgeri, sendo que o som do g é o do g de gato e não do g de gerúndio..., vamos lá... xêgeri... e que bosta de explicação, francamente!). Mas enfim, 133 citações é muito pouco diante da montanha moral que ele é. Se você duvida escreva o santo nome do meu pomposo amigo no espaço em branco no alto à esquerda e clique em search this blog. Dar-se-á o resultado: 133 postagens contêm szegeri. Uma beleza.
Mas eu dizia que é pouco em se tratando do Pompa. E explico. Se você é daqueles que acha que eu, e apenas eu, penso assim, está redondamente enganado. Isso é um fato. E mais que um fato é uma constatação. Mesmo aqueles que, ao contrário de mim, não vêem no Pompa um mito, o tratam como um mito, mesmo que inconscientemente. O exemplo mais próximo é de ontem. E claríssimo.
Como vocês sabem, fez anos ontem o Dalton. Fui o primeiro a encontrá-lo pouco antes das 18h no Paladino, glorioso armazém no Centro do Rio de Janeiro. E o Dalton foi um homem em estado de festa quando me viu (a recíproca é verdadeira, mas o foco hoje está sobre o Dalton; quer dizer, está sobre o Szegeri, mas é fundamental focar os holofotes no meu irmão carioca para que tudo faça sentido).
Algumas pessoas vão chegando, como o Lara e o Fraga, e o Dalton felicíssimo, mas com um tique nervoso que notei depois da centésima repetição do gesto: os olhos cravados no relógio.
Pequena pausa: apenas eu levei presente. Vamos em frente.
Até que não agüentei. Eram quase oito da noite e pus a mão no ombro do Dalton, àquela altura já não tão feliz:
- O que há, meu chapa?
Não devia ter feito a pergunta.
Os olhos embaçaram.
- Ele não me ligou até agora. - e deu de fungar.
Mas eu dizia que é pouco em se tratando do Pompa. E explico. Se você é daqueles que acha que eu, e apenas eu, penso assim, está redondamente enganado. Isso é um fato. E mais que um fato é uma constatação. Mesmo aqueles que, ao contrário de mim, não vêem no Pompa um mito, o tratam como um mito, mesmo que inconscientemente. O exemplo mais próximo é de ontem. E claríssimo.
Como vocês sabem, fez anos ontem o Dalton. Fui o primeiro a encontrá-lo pouco antes das 18h no Paladino, glorioso armazém no Centro do Rio de Janeiro. E o Dalton foi um homem em estado de festa quando me viu (a recíproca é verdadeira, mas o foco hoje está sobre o Dalton; quer dizer, está sobre o Szegeri, mas é fundamental focar os holofotes no meu irmão carioca para que tudo faça sentido).
Algumas pessoas vão chegando, como o Lara e o Fraga, e o Dalton felicíssimo, mas com um tique nervoso que notei depois da centésima repetição do gesto: os olhos cravados no relógio.
Pequena pausa: apenas eu levei presente. Vamos em frente.
Até que não agüentei. Eram quase oito da noite e pus a mão no ombro do Dalton, àquela altura já não tão feliz:
- O que há, meu chapa?
Não devia ter feito a pergunta.
Os olhos embaçaram.
- Ele não me ligou até agora. - e deu de fungar.
Eis aí a primeira prova do poder do Pompa: não foi preciso a pergunta "ele quem?". Sabíamos, ambos, quem era o sujeito.
Notem que impressionante. Era aniversário do cara. Os amigos em volta dele. Uma noite inteira pela frente. E a fixação era a ausência do telefonema do Szegeri.
Tomamos o rumo do Bar do Costa, em Vila Isabel. Chegaram o irmão do Dalton, a cunhada do Dalton, a mãe do Dalton, o sobrinho do Dalton, a família inteira ali, e ele com os olhos no relógio, o celular numa das mãos, os olhos longe, no horizonte da Visconde de Abaeté. Chegou o Vidal pouco antes das dez (também de mãos como se fossem leques, abanando) e o Dalton não esboçou um sorriso.
Tive de partir pouco depois.
Antes, porém, assisti a uma cena patética. Diz a dona Carmen, mãe do aniversariante:
- O que você tem, filho?
E eis a resposta dada aos prantos:
- O que eu tenho?! O que eu tenho?! Pergunte o que eu não tenho, mãe! Eu não tenho um único telefonema do Szegeri! Unzinho! Nada, nada, nada! - e isso dito batendo o copinho americano na borda da mesa ritmando o nada-nada-nada.
Como eu disse, tive de partir. Não sei nada sobre o resto da noite.
Não sei se o Szegeri telefonou e aplacou a dor do meu irmão e cada vez mais meu irmão.
Mas saí de lá com essa certeza ainda mais solidificada: o Szegeri é um acontecimento. Mesmo quando ausente.
Até.
8 comentários:
Ai Edu!
Se você soubesse!!
Neste momento está a jogar Portugal-México, Portugal está a ganhar por 2x0 e eu aqui, no trabalho, sem poder ver. Saíram todos, só fiquei eu, a ouvir o rádio! Que angústia! Vim aqui desabafar um bocadinho, vou voltar ao trabalho. Pelo menos Portugal está a ganhar!
Beijinhos, Susana
Mais um daqueles de rolar de rir.
Quanta viadagem!!!
Porra, Szegeri, liga logo pro Dalton senão ele e o Edu enfartam!!!
Zé Sergio, minha dinda, velha coroca de todos nós... qual o seu problema, querido? Desabafa com seu sobrinho preferido, desabafa. Inveja? Ciúme? Qual que é, corocona? Fala!
Acho que não é bem a isso que o bom Dinda quis referir-se...
Pompa... pqp, querido... foi a quê então? Fala pra mim, fala. Tu tá lendo tanto Hegel que de tudo o que você vê eu não capto sequer a sombra. Quebra essa pra mim.
Eduzinho, querido, se nem o desfile explicíto, cotidiano, reiterado e definitivamente irritante de viadagem aqui no teu pedaço você está percebendo, aí fica difícil.
Edu: "mãos como se fossem leques, abanando" foi DEMAIS. Grande sacada!
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