22.1.07

LIVRARIA FOLHA SECA - 3 ANOS

E eis que no sábado, 20 de janeiro de 2007, dia de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Rua do Ouvidor, aquele canto mágico da cidade, foi testemunha uma vez mais - e eu junto, graças a todos os deuses - de um momento que nos dá, aos cariocas de boa cepa, a certeza de que vivemos na Cidade Maravilhosa, maiúscula.

Os igualmente maiúsculos cariocas Rodrigo Ferrari e Daniela Duarte receberam pouco mais de 300 pessoas para comemorar, aproveitando o ensejo da festa do padroeiro, o terceiro aniversário da mais carioca das livrarias da cidade, a livraria do meu coração, a Livraria Folha Seca.

Não vou, aqui, dizer quem estava, quem não estava, para não cometer injustiças que seguramente viriam a reboque da falta de memória.

E vou repetir, aqui, o que eu disse a muito gente durante a festa: não havia um mísero jornalista cobrindo aquela celebração, prova impressionante da força do povo carioca que resiste às carradas de pessimismo que nos impingem os jornais, as revistas, a imprensa em geral. Foram horas de festa. Muita bebida. Um feijão servido a centenas de pessoas - pequena pausa para dizer que o feijão foi feito com tempero e carinho na medida certa pela Joana. E nenhuma briga. Nenhum tumulto. Nada além de uma tremenda manifestação coletiva de orgulho.

E aquele ambiente de alegria só terminou quando raiou o dia.

Exatamente como cantou outra carioca máxima, Beth Carvalho, como vocês poderão ver no video abaixo.

Mas antes de encerrar, quero lhes contar um troço bonito que me dá a certeza de que aquela livraria é mais, é muito mais que um livraria, um simples ponto comercial. É o bunker da paixão do carioca por sua cidade, assentamento sobre o qual a força que mantém viva essa paixão desmedida se consagra. A Beth escreveu belíssima declaração - de amor - no livro de presenças da festa. Lembro-me, apenas, da primeira frase, que diz tudo:

"Nunca é tarde para se conhecer o paraíso.".


Até.

14 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí, Dudu!

Tudo o que existe é pra todos mas não é pra qualquer um.

Quem não foi, perdeu. Bem que você avisou!

Axé, saravá e bençãos pra você, para que você continue nessa luta pela preservação da nossa cultura de raiz!

Anônimo disse...

Não me lembro da última vez que vi tantas pessoas verdadeiramente felizes juntas. Todas extasiadas com o que acontecia à sua frente. Todas em paz. E bêbadas, claro! :)
Que bom que eu era uma delas!
Beijo grande!

Anônimo disse...

o clima de companheirismo, a risada aberta e convidativa das pessoas, essas são algumas das impressões que fazem com que a gente sinta-se próximo até mesmo de quem não conhece, mas já guarda algum carinho só por estar ali naquele pedacinho do paraíso, para cantar, beber, trocar idéia e finalmente livrar das flechas o nosso padroeiro. momento histórico que, infelizmente, passa longe das páginas dos tablóides cariocas.

Luiz Antonio Simas disse...

É verdade. Vida longa ao templo maior da carioquice. Fica aqui um agradecimento comovido, no meu caso, ao Joaquim do Rio-Brasília e ao Zé R. Pontes, da livraria Pontes, de Campinas.
O Joaquim forneceu, atendendo aos apelos do Edu - que, dizem, ajoelhou-se em plena Almirante Gavião - o maracujá dos deuses. O Pontes presenteou o Digão com a cachaça que acompanhou a feijoada e, cá pra nós, é boa pra cacete.
Mas, Betinha, nem todos estavam bêbados. Eu me mantive na mais absoluta sobriedade a festa inteira. Beijos

Anônimo disse...

Edu, jornalistas até que havia muitos. Lá bateram ponto, além de mim, o Cid Benjamin, a Heloísa Seixas, o Ruy Castro, o Chico Aguiar e o Dimmi Amora. Mas só o Marechal estava lá a trabalho.

Eduardo Goldenberg disse...

Minha mãe amada: axé? Saravá? Socorro, Simas! Socorro! Donde você tirou isso, minha mamamada?

Betinha: eis aí uma verdade definitiva. As centenas de pessoas que estavam ali estavam flagrantemente felizes e sem a paranóia dos shopping centers e suas praças de alimentação.

Arthur: você foi uma das grandes presenças da tarde, maiúscula aquisição pro nosso time. Seja bem chegado, camarada! E apareça mais vezes!

Simas: sóbrio?

Dinda: você entendeu o que eu quis dizer; vou perdoá-lo mais uma vez em razão da sua visível esclerose galopante.

Anônimo disse...

Me incluo no grupo ds jornalistas. Mas tbm de folga, ao contrário do Marecha ;)

Anônimo disse...

Eu não duvido nada que tudo seja fruto da mente e do coração mágicos desse maior carioca de todos, o Edu.

Anônimo disse...

Isso mesmo, Marcelo. Fomos acusados injustamente. Vai que é tua, Marechálvaro!

Luiz Antonio Simas disse...

Insisto na minha sobriedade e, também, na do Marecha.

Anônimo disse...

Grande Edu, que sábado, heim!!
E obrigado pela dedicatória, estou adorando o livro.
Comigo estavam um mexicano, um belga e chegou depois um catarinense que pela primeira vez no Rio, saiu direto do aeroporto pra praia e lá, não sei como,
soube do samba. Isto sem conhecer ninguem aqui. Ficou na nossa mesa e
quando vi já estava abraçando o Rodrigo. Figuraça!!
Sortudos os caras, não!?
Ficaram malucos com a bela festa!!
Um grande abraço rubronegro e até a próxima.

Anônimo disse...

Edu, eu confesso que fiquei meio sem jeito de ir falar com vocês. Mas quero dar meu depoimento (rs): além de escrever muito, você canta muito também. Seus duetos com o Moacyr Luz foram o máximo! Um grande abraço.

Anônimo disse...

Que beleza!!!
Belas fotos!!!

Beijo
Tiago Prata

Diego Moreira disse...

Será que vai virar tradição esse "Samba Tião!"?
Tem tudo pra vingar.
Maravilha... Maravilha...