8.2.07

UM IRRETRIBUÍVEL, DE NOVO

Como diria Wilson das Neves: ô, sorte!

Eu falei no nome do Wilson das Neves, imperiano de fé, e lembrei-me, imediatamente, do convite que me fez o Marcelo Moutinho para, com o Simas e com meu pai, assistirmos juntos ao show que aconteceu ontem, no Teatro Rival, em comemoração aos 60 anos do Império Serrano. Eu agradeci o convite dizendo que já tinha marcado um encontro, no Rio-Brasília, com duas queridas amigas, Manguaça e sua mãe, Sônia, Manguassônia pros íntimos.

Ocorre que no decorrer do dia ligou-me o Rodrigo Folha Seca, em estado de graça com a chegada de sua Joana, vindo de rápida viagem capaz de deixar meu amigo cabisbaixíssimo. Eu não titubeei:

- Rio-Brasília às oito e meia!

A bem da verdade e em nome da precisão, devo dizer que o encontro foi provocado pela Sônia, que queria me entregar um presente que me fora anunciado no domingo. E, já no domingo, eu era um ser em estado absoluto de ansiedade. Tentei cooptar a Manguaça, tentei comprar a empregada da Sônia prometendo mundos e fundos em troca da revelação do segredo, tudo em vão. E o encontro seria, também - digo isso ainda mais obsessivamente em busca da precisão que me acompanha como sombra - uma forma de agradecer pessoalmente à Joana o carinho que foi - babem! babem! - o bolo de chocolate que ela fez - babem! babem! - só pra mim.

Mas enfim.

Por que eu abri o texto dizendo "ô, sorte!"?????

Vejam se eu não sou um sujeito de sorte. Não deixo, nunca, de mencionar os presentes irretribuíveis que eu recebo, nunca. Aprendi com papai e mamãe - sempre repito isso também - a cultivar a gratidão. E sou grato a cada carinho que recebo, como esses todos que conto aqui, e como esse último, que conto aqui (antepenúltimo, agora, depois do bolo da Joana e do presente da Sônia).

E o que me deu a Sônia?

buteco feito artesanalmente pela Sônia


Vejam que lindo!

Ganhei um buteco, um mini-buteco, um lindo e comovente buteco, um nicho desses de pendurar na parede, e é evidente que vou pendurar esse, que foi batizado BUTECO DA SÔNIA, no meu buteco particular, aqui em casa.

Vejam bem... Tem piso e paredes de azulejo, quadros do Rio antigo, um escudo do Flamengo, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma imagem de São Jorge, engradados de cerveja, queijos, cerveja na mesa...

Comovente demais.

Ergo daqui, de pé diante do balcão imaginário do buteco, o copo em homenagem à Sônia, essa mais-que-querida, mãos que não fazem apenas uma das mais gostosas comidas que já comi na vida, mas que é capaz de mágicas como essa, que ganhei pra mim. Foi feito, é claro, por ela. Com amor, como me disse. Que retribuo, daqui, já que me falta talento para retribuir à altura.

Ô, sorte!

Até.

6 comentários:

Anônimo disse...

Tambem quero um buteco de parede!!!!!! Mas sem aquela coisa do - Deus que me perdoe - Flamengo.... :-)

Anônimo disse...

Edu, o show ontem foi de levar às lágrimas. Na quarta tem de novo e já combinei com o Simas. Desta vez marque logo na sua agenda. Chame o seu pai e nos encontramos às 19h no Carlitos!

Vamos nos mexer? disse...

SENSACIONAL!

Diego Moreira disse...

Afirmo peremptoriamente que o escudo do Flamengo é indispensável!

4rthur disse...

Sem escudo do Flamengo não é Buteco. Aliás, pendure-se um escudo do Fluminense, por exemplo, e a coisa deixa de ser buteco pra virar belmonte, manuel e juaquim, espelunca chic, ou seja, pé-sujo limpo, uma aberração paradoxal que não cabe em si.

Vicky MundoAfora disse...

E eu que estava pensando na Cruz de Malta, evocando nossas raizes lusitanas...