19.3.07

JANIR SENTA O CACETE NO BOTEQUIM INFORMAL

E o Janir, corajosíssimo jornalista de O DIA, prossegue em sua missão hercúlea de denunciar os bares-mentira, os bares de merda, os bares-franquia que, como uma metástase, asfixiam a cidade, os modos cariocas e nosso maior patrimônio: o buteco de verdade.

Eu espanco esse lixo que atende pelo nome de Botequim Informal (sem o negrito, imerecido) há muito tempo, e vocês podem ler, aqui, o quanto é verdade que minha perseguição é implacável e coerente, já que são, até o momento, dezenas de textos sentando a borduna imaginária pra cima dessa merda, todos eles publicados aqui no BUTECO.

No dia 10 de março, o Janir, em seu blog RIO DE BOTEQUINS, já havia espancado o Conversa Fiada (sem o negrito, imerecido), um fiasco que tenta passar por buteco, leiam aqui.

Eu, inclusive, pensando dia desses sobre o papel que o Janir vem desempenhando na imprensa - nunca, até hoje, ninguém bateu com tamanha força nesses bares de merda que gastam fortunas com assessorias de imprensa que saem por aí cooptando todo mundo -, pensei alto:

- O nome dele começa com jota!!!!!

Eis, então, a disparidade aguda que diferencia um jornalista preocupado em informar sem medo de dizer a verdade - o Janir Junior - e outro que, como os trinta e três atentados apontados nos links aí ao lado demonstram, não entende rigorosamente nada do riscado, mas não deixa, sabe-se lá a troco de quê, de mencionar, um a um, com impressionante regularidade, esses lixos que empesteiam a cidade - o jota.

Breve pausa para digressão e um delírio: desde janeiro que o jota não adula um lixo desses. O que será que aconteceu? Cessaram as injunções das assessorias de imprensa? Fizeram efeito os emails que - eu sei - bombardeavam o jota e sua equipe? Será que o bordão "não passarão!", bradado constantemente pelo Simas - não por acaso irmão do Janir - está, de fato, se concretizando com relação ao homúnuculo?

De volta.

Hoje, em seu blog, que vem se destacando justamente pelo serviço de utilidade pública consubstanciado no ato de denunciar essas mentiras sórdidas, o Janir espanca, sem dó nem piedade, o Botequim Informal, leiam aqui.

Eis a íntegra do texto cujo título é "Botequim Informal, não. Restaurante Formal, fake e clean, sim":

"A rima é pobre, não me levem a mal. Mas chamar de botequim o Informal é equívoco nominal ou algo de imoral. Caso fosse restaurante, a casa modernosa nem mereceria o post. Afinal, com pratos requintados, preço bem alto e estilo fake/clean, o lugar bem poderia estar no roteiro da high society carioca. Mas, por favor, assim como ninguém deve usar o nome de Deus em vão, também não façam o mesmo com botequim, um termo sagrado.

As paredes são de tijolinhos, os acepipes não devem ser tocados por questão de higiene e o clima lembra São Paulo (vamos parar aqui?!). A terra que é da garoa é também a terra que tenta copiar os botequins cariocas, sem sucesso, mas com exceções. Cometi uma heresia e passei no Informal para beber um chope, somente assim teria o direito de comentar aqui. Quem freqüenta defende aquele copão com espuma cremosa. Nem de longe lembra a Brahma gelada de casco escuro. O preço não vale, muito menos o ambiente. Gatinhas da moda, garotos bombados e o pessoal requintado se espalham pelas mesas do Informal, que poderia mudar de nome: Restaurante Formal seria bem mais adequado. Tem costelinha com aipim frito e jiló à milanesa, pratos com cara do caríssimo restaurante Alho e Óleo, no Flamengo.

O caldinho de feijão vem com tira de cenoura, isso mesmo. O arroz vem em forma de torres...quanta formalidade. Bem que eles tentaram ser botequim com porção de jiló, mas não conseguiram. A crítica aqui não é sobre a qualidade ou higiene (o lugar é extremamente limpo) do Informal. Mas não usem o santo nome do botequim em vão."


Até.

10 comentários:

Unknown disse...

Espero que o Janir segure as pontas, porque essa canalha não vai agüentar calada muito tempo. Por experiência própria sei do que são capazes. Mas felizmente apareceu alguém com culhão para dizer a verdade sobre essas empresas de merda. Merecem ser chamadas de empresas, pois é isso que são.

PS - Edu, acabei de colocar no correio.

Anônimo disse...

O Janir tem peito mesmo, está amassando os caras!! Que continuem as bordoadas. Eles merecem.
Abraço!

Anônimo disse...

Parabens ao Edu e ao Janir, que estão juntos numa luta árdua mas que há de ser gloriosa! Abs a todos e abaixo os falsos butecos! Marcilio

Coisas nossas disse...

Legal, parabéns. Mas precisa esculhambar SP, que não tem nada com isso?

4rthur disse...

Contra as barbaridades do Jota, só mesmo a insurgência de um Jota Jota!

Unknown disse...

Concordo quanto ao esculhambar São Paulo. Foi a única linha infeliz do Janir. Acho que ele não conheceu os botequins paulistanos, que ainda existem e são tão autênticos quanto os cariocas.

Anônimo disse...

Galera de Sampa,

Não achei que o Janir pegou pesado com a cidade de vocês. Não deixa de ser realidade que essas empresas começaram em SP e se espalharam pelo Rio.

Grande abraço,

PS:
Fantástica a entrevista com o João Bosco. Parabéns à todos.

Unknown disse...

Casé: Pois então. Copiar a cópia é pior ainda, né não?

Szegeri disse...

Casé e demais: não é questão de pegar leve ou pesado. É questão de falar coisa certa e falar bobagem. Dizer que "a terra" tenta copiar os butiquins do Rio é, no mínimo, leviandade. Há em SP, como no Rio, está provado, como por aí afora, uma porção de gente equivocada e/ou mal-intencionada fazendo uma coisa e tentando passar por outra. Só. De resto, quem não conhece butiquim, seja na Zona Norte ou no Centro do Rio, seja em Sampa, BH, Salvador, Santos, Belém ou em qualquer lugar, não tem que ficar botando pressão.

Anônimo disse...

Bruno: concordo plenamente e por isso não dou um centavo nessas passarelas de bêbado da Zona Sul.

Szegeri: perfeito.


Abraços,