14.3.07

JANIR SENTA O CACETE NO CONVERSA FIADA

Até que enfim! Até que enfim!

Eu espanco esse lixo que atende pelo nome de Conversa Fiada há muito tempo. Aliás, não apenas esse lixo, mas outros lixos não-recicláveis do mesmo gênero. Vocês podem ler, aqui, o quanto é verdade que minha perseguição é implacável e coerente, já que são, até o momento, mais de quinze textos roncando a cuíca pra cima dessa merda, todos eles publicados aqui no BUTECO.

E essa era (ainda é) outra queixa minha... A de que a imprensa, no mais das vezes vendida e rendida, não tinha coragem de espancar, impiedosamente, esses bares-mentira.

Mas eis que surge uma voz no mesmo tom!

O grande Janir Junior, em cujas veias não por acaso corre o mesmo sangue que corre nas veias de Luiz Antonio Simas, assina, desde 27 de fevereiro deste ano, o blog RIO DE BOTEQUINS, hospedado no jornal O DIA ONLINE.

E, para minha suprema alegria, no sábado passado, 10 de março, o caboclo sentou o cacete nesse horror, no texto intitulado "Botequim? Que nada, é pura conversa fiada", reproduzido, do início ao fim, abaixo. Seja bem chegado, Janir. E vamos à luta. Como diz nosso irmão... não passarão!

"O nome não poderia ser mais adequado: Conversa Fiada. Dizer que vai ao bar ou botequim e parar no tal Conversa Fiada nada mais é do que balela...ou mau gosto. O restaurante, ou sei lá o quê, tem filiais na Barra, Leblon, Jardim Botânico e Ipanema. Chique, não?

Já deixei de ir ao aniversário de um grande amigo quando recebi o convite e lá estava o detalhe assustador: chopinho no Conversa Fiada. Repleto de mauricinhos e patricinhas, o local parece um cenário: tenta reproduzir, sem sucesso algum, um botequim fashion. Mesinhas de mármore, mesa de sinuca na filial da Barra e azulejos, dão o tom fake do ´Conversa Pra Boi Dormir´.

Para piorar, no verão teve até DJ. O cardápio traz empadas, porções que tentam imitar os pés-sujos, espetinhos (ui!), entre outras coisas que nem me interessei em saber. Joanna, uma amiga de copo que caiu no papo furado, quer dizer, no Conversa Fiada, disse que, para completar, o atendimento foi muito ruim. Ah, e os preços são salgados.

Um dia, andando pelo Leblon, dei uma espiada rápida (do lado de fora) no lugar. O que eu achei?! Nem adianta me estender mais sobre o assunto...seria pura conversa fiada."


Vamos ver se o Janir resistirá - e por quanto tempo - à pressão que há de vir. Esses merdas, eu sei, jogam sujo.

Até.
PS: devo-lhes uma satisfação! Minhas mandingas - involuntárias, juro - foram tão fortes que o dentista que me operaria ontem à tarde caiu de cama e adiou, sine die, o procedimento!

3 comentários:

Anônimo disse...

Edu,

Agora vc imagina o que é que eu passo trabalhando em plena Praça General Osório.
Toda Quarta, Quinta e Sexta é aquilo :"Belmonte??","Informal??","Manuel e Juaquim??".
Sorte minha que ainda trabalham aqui alguns amantes do bom pé-sujo, de ficar de pé no balcão e etc., assim podemos curtir com pucos mais bons companheiros a alegria do Zigue Zague, Carolice café e mais alguns bravos resistentes de Ipanema....

Abraço!!

Caio

Vicky MundoAfora disse...

Sinto mais falta de um bom pe-sujo do que de praia aqui nessa lonjura... Chega dar uma dor no peito quando voce fala da carne assada com coradas do Rio-Brasilia... Esses lugares modernosos sao pretensiosos demais pro meu gosto, mas a frequencia eh pior do que a comida... E nunca tem cerveja de garrafa.

Anônimo disse...

Salve, salve, Janir!, mais um guerreiro incansável na batalha contra esses pés-limpos-de-bosta!