20.6.07

QUASE-ANIVERSÁRIO DA DENÚNCIA DO PLÁGIO

Luciana Fróes, de O GLOBO, tem também um blog hospedado no site do jornalão. Dizendo-se uma gastromaníaca (o que é uma tremenda besteira, já que a palavrinha inventada NÃO remete à gastronomia, como pretendia a moça, tenho certeza), postou, recentemente, leia aqui na íntegra, um texto chamado BLOGAGEM, cujos trechos detaco:

"A luta (e a cópia!) continua

De acordo com a legislação brasileira, a autoria de pratos não é passível de registro. Só as receitas, mas, atenção, qualquer pitadinha de sal a menos ou a mais na hora de cozinhar já caracteriza uma outra criação.

(...)

O mestre sorveteiro Severino Aragão, da Sorvete Brasil, prefere evitar discussões. Com 40 anos de profissão, conta que foi o primeiro a combinar abacaxi com hortelã, banana com canela, tapioca com coco...

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Renata Saboya conta que convive com problemas de cópias até no estilo das suas casas, pintadas de vermelho, desde 1990:

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Marcos Modiano, do Armazém do Café, também anda às voltas com o plágio visual.

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E patentear o nome de um prato pode ser a receita do sucesso? Não necessariamente: o mesmo prato pode aparecer rebatizado no cardápio do vizinho. E exemplos não faltam. O mais clássico deles é o escondinho da Academia da Cachaça, campeão em clonagem e em apelidos. Foram tantas cópias do purê de aipim com carne de charque desfiada e requeijão gratinado, receita de família da sócia Edméia Falcão, que o prato ganhou vida própria. E foi incorporado aos cardápios de grande parte dos bares e botequins cariocas. Servir o prato hoje está mais do que liberado.

(...)

O ravióli de pêra com sementes de papoula de Silvana Bianchi, do Quadrifoglio, é outro top no ranking dos mais copiados.

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Stromboli, uma massa crocante recheada, é um dos poucos pratos patenteados de que se tem notícia. A receita foi criada há 20 anos pelo chef Giancarlo Junyent, hoje dono do La Botticella, que vendeu seu então restaurante Giancarli, com o stromboli patenteado junto, para a chef Guida Carvalho (foto), hoje à frente do Dona Guida. O prato é hit da casa. E só tem lá.

A massa crocante recheada e... patenteada. Foi criada pelo chef Giancarlo Junyent (hoje do La Botticella), que vendeu seu então restaurante, o Giancarli, com o stromboli patenteado junto, para a chef Guida Carvalho (hoje do Dona Guida). O prato virou hit da casa. E só é encontrado lá.

Outra iguaria patenteada é o milk-shake de Ovomaltine do Bob’s. Por conta da proteção legal, a rede já acionou juridicamente um sem-número de lanchonetes que tentaram, sem sucesso, comercializar a criação.

No caso da Fiammetta, citada no primeiro caso desta reportagem, a briga foi parar na Justiça. A Speranza, de São Paulo, acusou a pizzaria carioca de usar indevidamente a receita e o nome do Tortano, um pão de lingüiça. A Fiammetta se defendeu dizendo que tortano é um nome tão genérico quanto pizza e fettuccini. Também ajudou os sócios João Luiz Garcia e Gastão Braconnot o fato de eles terem um livro clássico de gastronomia que traz a receita.

Carla Pernambuco, do Carlota, não se incomoda com os plágios. "Na cozinha só se copia o que é bom", costuma dizer a chef, que já publicou a receita do seu suflê de goiabada em livro. Mas processou uma editora que reproduziu a receita do doce sem dar o seu crédito.

Outra vítima de clonagem é Heloísa Porto, da Torta & Cia., que garante: sua receita de torta de nata com chocolate - hoje copiada até pelas padarias de bairro - foi roubada por uma ex-funcionária.

(...)

E água no caldinho que chegou mais uma: a polêmica acerca da pirataria gastronômica foi parar nos botecos. A turma do Bracarense acusa a do Belmonte de imitar o bolinho de aipim com camarão da mestre-cuca Alaíde. Antônio Rodrigues, do Belmonte, alega que o bolinho é petisco comum. E bota azeitona na sua empada:

- Nossa empada de camarão é que foi parar no Bracarense.

É briga para muitas rodadas."


Como se vê, tudo uma tremenda babaquice. Onde já se viu discutir quem "inventou" a mistura de abacaxi com hortelã, banana com canela, tapioca com coco? É babaquice demais. Demais da conta.

Mas eu disse tudo isso, e citei tudo isso, e transcrevi tudo isso - sobre cópias, clonagens, plágios, enfim - apenas para lembrar que no dia 30 de junho de 2007 fará aniversário, o primeiro, a minha denúncia - humílima e sem resposta até hoje - do escancarado plágio cometido por uma coleguinha da Luciana Fróes.

O plágio? Leia aqui!

Ah, sim! E por falar em datas marcantes (!), no dia 18 de junho, anteontem portanto, completou-se o segundo mês sem que o Jota, também colega da plagiadora, citasse um mísero bar-de-merda. Alvíssaras!

Até.

3 comentários:

Anônimo disse...

que coisa, eu comia escondidinho ná uns vinte anos atrás no Botequim 184, na visconde de caravelas. Alias, ele ainda existe?

Szegeri disse...

Essa do escondidinho ser receita da família da vadia...
Com toda a estima ao meu irmão Edu, e toda a atenção que devoto às coisas que escreve, duvido que alguém tenha conseguido ler as barbaridades transcritas até o fim. antes da metade precisei tomar um dramin. Nem avestruz...

Unknown disse...

Aqui também essa moda pegou: bares de merda incluindo culinária de butiquim no cardápio e tentando vender a idéia de que a receita é original do lugar. A cara de pau da canalha não tem limite mesmo.