Estive, no final de semana que passou, na mais-que-aprazível cidade de Volta Redonda, para comemorar o aniversário da Mamaia, uma dentre as incontáveis tias da Dani, a quem adotei como minha faz tempo. Chegamos na sexta-feira tarde da noite, a festa seria no sábado à noitinha, e já na manhã do sábado acordei com uma obsessão etílica e resmungei de boca cheia:
- Preciso encontrar aquela cachaça...
- Qual? - respondeu-me o Comandante, meu legendário sogro.
- A Minuca. Andam dizendo por aí que é das melhores do Brasil...
O Comandante, hiperbólico como um senador romano, deu uma espécie de urro que fez tremer a cozinha. Sumiu pelo corredor e voltou com uma garrafa na mão. Era ela. A Minuca.
Afastei o pires com a xícara ainda cheia, dispensei o cafezinho, empurrei o pratinho com o sanduíche de presunto e queijo no pão francês e servi-me da cachaça, que estava fechada.
Um assombro.
Comandante com os olhos arregalados:
- Boa? Boa?
E eu, fazendo cena, de olhos fechados, cheirando o copo, disse:
- Quantas você tem?
- Uma.
- Vamos à Bananal!
E fomos.
Sem mais delongas, meus poucos mas fiéis leitores, estive na Chácara Santa Inês, em Bananal, e lá fomos atendidos por uma senhora simpaticíssima. Eis o resumo do diálogo:
- Bom dia.
- Bom dia.
- Eu gostaria de comprar umas garrafas de Minuca...
- Pois não... O senhor já conhece?
- Já.
- Qual?
- Tem mais de uma?
- É que temos a Minuca envelhecida em tonéis de jequitibá-rosa, de carvalho e de peroba-do-campo...
- Ah! Só conheço a do jequitibá...
Ela, gentilíssima, pediu licença e voltou com um pratinho com aipim frito.
Serviu-me das outras duas.
A de jequitibá, na minha modestíssima opinião, é infinitamente superior.
Ao que eu disse:
- Vou levar.
E ela me estendeu uma garrafa.
Eu ri.
- Quero treze, minha senhora... aliás... como a senhora se chama?
- Minuca!
- Preciso encontrar aquela cachaça...
- Qual? - respondeu-me o Comandante, meu legendário sogro.
- A Minuca. Andam dizendo por aí que é das melhores do Brasil...
O Comandante, hiperbólico como um senador romano, deu uma espécie de urro que fez tremer a cozinha. Sumiu pelo corredor e voltou com uma garrafa na mão. Era ela. A Minuca.
Afastei o pires com a xícara ainda cheia, dispensei o cafezinho, empurrei o pratinho com o sanduíche de presunto e queijo no pão francês e servi-me da cachaça, que estava fechada.
Um assombro.
Comandante com os olhos arregalados:
- Boa? Boa?
E eu, fazendo cena, de olhos fechados, cheirando o copo, disse:
- Quantas você tem?
- Uma.
- Vamos à Bananal!
E fomos.
Sem mais delongas, meus poucos mas fiéis leitores, estive na Chácara Santa Inês, em Bananal, e lá fomos atendidos por uma senhora simpaticíssima. Eis o resumo do diálogo:
- Bom dia.
- Bom dia.
- Eu gostaria de comprar umas garrafas de Minuca...
- Pois não... O senhor já conhece?
- Já.
- Qual?
- Tem mais de uma?
- É que temos a Minuca envelhecida em tonéis de jequitibá-rosa, de carvalho e de peroba-do-campo...
- Ah! Só conheço a do jequitibá...
Ela, gentilíssima, pediu licença e voltou com um pratinho com aipim frito.
Serviu-me das outras duas.
A de jequitibá, na minha modestíssima opinião, é infinitamente superior.
Ao que eu disse:
- Vou levar.
E ela me estendeu uma garrafa.
Eu ri.
- Quero treze, minha senhora... aliás... como a senhora se chama?
- Minuca!
Descansam aqui em casa, então, onze - duas eu já dei de presente - garrafas do tesouro.
Sobrarão poucas.
Mas sobrarão.
Até porque eu já conheço o caminho do pecado.
Até.
6 comentários:
Precisamos do caminho das pedras, Edu.
Um forte abra�o,
Rodrigo Nonno
Edu, meu camarada, talvez eu vá, nesse mês ainda, ao Espírito Santo matar a saudade de meus avós, visto que a faculdade onde estudo está de férias.
Caso eu vá, mesmo, trarei, quando retornar, umas garrafas de Floresta, uma excelente cachaça produzida em Burarama, distrito de Cachº de Itap. Trarei-as pra você e o Simas provarem. Beleza?
Não tem nada a ver com o assunto de hoje... é que eu acabei de passar pela banca e vi a tal bandeirinha na capa da Playboy, e comecei a lembrar da grande discussão travada na página do Bruno. Agora me responda: isso já não era de se esperar?
Como disse o rodrigo. O caminho das pedras !!!!
Rodrigo e Levi: não há mistérios, meus caros!
Fica em Bananal, cidadezinha paulista, próxima demais ao Rio de Janeiro.
Indo do Rio, pela Dutra - muitíssimo bem sinalizada - a entrada fica um pouco antes da entrada para Volta Redonda.
A cidadezinha é pequena e todo mundo sabe aonde fica a chácara.
Boa sorte!
Quando passar pela região, com toda certeza, irei procurar.
Rodrigo Nonno
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