12.10.07

AYDANO ANDRÉ MOTTA MARCA UM GOL

Quem acompanha o BUTECO - cada vez mais gente graças aos deuses! - sabe que eu tenho, e sempre tive, os dois pés atrás com tudo, rigorosamente tudo que tem a chancela de O GLOBO.

Essa a razão para a boa surpresa que acabo de ter, lendo o blog de Aydano André Motta - o CHOPE DO AYDANO -, um dos integrantes do grande latifúndio blogueiro comandado pelo Ancelmo Góis.

Um ou outro detrator disparará que falo isso somente porque exaltou, o Aydano, um buteco na Tijuca. Rotunda mentira. O que me deixou satisfeito, mesmo (e mesmo sabendo que em sede de O GLOBO trata-se de gritante incoerência) foi a menção a uma das máximas que defendo, com unhas e dentes, há anos, a de que buteco não pode - não pode!!!!! - entrar para o modorrento mundo das fanquias. Eis o texto, destacado por mim:

"A integridade de um botequim

Faz tempo que o blog não fala de botequim (nem de coisa alguma, porque a coisa anda meio parada por aqui, mas vai melhorar). Esquecer as catedrais etílicas da cidade é crime hediondo, ainda mais para um espaço que tem chope no nome. Então, dívida paga.

Quer saber? Botequim que é botequim não concede franquia. No máximo, abre filial, uma só e olhe lá. Mas o melhor mesmo é ficar no original, no conceitual, no autêntico. Assim se explica a magia de três ótimos exemplos (e, veja só, não necessariamente nesta ordem): Bracarense, Jobi e Salete. O assunto aqui, hoje, será o tijucano.

Encravado no início da Rua Afonso Pena, o Salete parece impessoal, a olho nu. Mas só leigo se engana. Sua empada de camarão concorre em pé de igualdade com outras mais badaladas, como a do Mosteiro, restaurante de primeiro escalão do Centro. Seu chope igualmente não faz feio, tirado com toda a correção devida. Dá para passar a tarde (o lugar fecha lamentavelmente cedo, fazer o quê, também é tradição) à base de boas tulipas.

Mas o brilho da casa está no risoto, também de camarão, farto e delicioso, como convém à melhor comida de botequim. O garçom, honesto conforme reza o protocolo dos botequins, fornece aos amadores a orientação segura: dá para dois. É a pedida. Um espetáculo.

Da empada à escolha de não servir café, o Salete - agora reformado, com segundo andar para atender à freguesia dos almoços lotados durante a semana - mantém-se um pouso seguro para quem é do ramo. Vida longa a ele, vida longa a todos os botequins. Especialmente os que preservam sua dignidade."


Pode ser lido, também, aqui.

E para ler tudo o que já escrevi sobre essa mentira nojenta - estabelecimentos comerciais travestidos de buteco sob o sistema de franquia - leia E PROSSEGUE A PRAGA (abril de 2006), GENTE BOA? NUNCA! (maio de 2006), A FARRA CONTINUA (julho de 2006), MERDA NA TIJUCA (janeiro de 2007), INVESTIMENTO DE QUANTO? (março de 2007), BELMONTE EM PARIS (abril de 2007) e QUATRO BARES DE MERDA (abril de 2007).

Até.

7 comentários:

Anônimo disse...

salete. um barato de buteco. só não conheço ainda a reforma. mas tô com saudades da empada. qualquer hora eu pego meu filho dhani (vascaíno. onde foi que eu errei?...), que também se amarra nas empadas de lá e parto prá tijuca.
valeu.
caíque

Anônimo disse...

Uma bola dentro do cara...
Normalmente ele só fala do Bracarense, o que é um absurdo com a quantidade de bons butecos espalhados pela cidade. Parece também que não é do tipo que vai ao subúrbio para ver o Costa ou o Amendoeira. Alguém deveria catequizar o moço, nem que fosse levando à Pérola (que fica em Copa).

Anônimo disse...

... meu filho tb se chama dani (sem h) e tb é vascaíno... não errei pq nunca joguei... ligo p isso não! mas só entrei p saber o endereço... onde é? deu vontade de comer uma empada.

Anônimo disse...

eu sei ir. endreço, sei não. alguém aí sabe?

Anônimo disse...

GRANDE SALETE! Luiza, anota aí: Rua Afonso Pena 189 - Tijuca - Tel: 2264 5163. De metrô, saltar na Afonso Pena e andar na direção do América.

Eugenia disse...

huuummm!!!! saudades das empadinhas!

gigi disse...

Minha Stephinha tentou me levar no Salete em um domingo, mas estava fechado. Será que fecha cedo durante a semana?

Estou descobrindo a Tijuca.