31.10.07

SANDÁLIAS HAVAIANAS

Alguns amigos me disseram, por email, por telefone e até mesmo pessoalmente:

- Muda o rumo da prosa já que de droga você não entende!

Como sou um poltrão, adjetivo que minha saudosa bisavó adorava!, mudo, hoje mesmo, o rumo da prosa. Vejam vocês que o 4rthur (assim mesmo, com 4 no lugar do A, como ele prefere) precisou vir a público - vejam aqui - me ensinar, por exemplo, que ecstasy e bala são a mesmíssima coisa. Confesso, também publicamente, que eu já sabia disso. Certa vez, eu e a Sorriso Maracanã estávamos em uma festa estranha com gente muito esquisita, numa casa ainda mais esquisita que os donos da festa e seus convidados juntos, a título de obrigação profissional (e mais não digo). Estava eu no bar, bebendo uma cerveja e contando os minutos, quando aproximou-se um casal de jovens imberbes. Disse-me o cara:

- E aí? Vai uma bala aí?

- Soft ou Kids?

O casal guinchava de rir diante de minha resposta, apontando os indicadores cheios de anéis mais esquisitos que eles em minha direção, até que fui salvo pela minha garota, doce como as balas da minha infância, que me explicou o merdelê todo.

Diante, então, da minha aguda ignorância, mudo o rumo da prosa.

E quero lhes contar, hoje, sobre as sandálias havaianas. E quero lhes contar sobre as sandálias havaianas como forma de expôr, de forma indelével, a podridão da massa consumista que idolatra o mercado e marcha, como uma massa de idiotas, conforme as ordens do marketing, um dos maiores responsáveis pelos males do mundo.

As sandálias havaianas são capazes de dizer mais sobre a burguesia brasileira, mais sobre a classe média brasileira, mais sobre a podre elite brasileira do que qualquer tratado sociológico. Explico.

Tinha eu 18 anos de idade - estamos em 1987 - quando ingressei na PUC para cursar Direito. Fazia parte de meu, digamos, uniforme, o par de sandálias havaianas. E se eu pudesse descrever para vocês as carinhas de reprovação de meus coleguinhas de turma que, desde o primeiro período, iam para a aula, pateticamente, de terno e gravata (mesmo sem emprego ou mesmo estágio), a cara de nojo das mocinhas que rodavam, pelos corredores da universidade, suas bolsas mais caras do que a mensalidade que papai pagava com dificuldade, vocês poderiam atestar a profunda reprovação, o intenso nojo, o intenso desprezo que aquela gente tinha pelas coisas do povo - as sandálias havaianas eram, impressionantemente, uma marca do povo.

Basta dizer que o garoto-propaganda das sandálias havaianas era o Coalhada, o personagem peladeiro, vesgo e cabeludo do Chico Anísio.

Meu apelido - pasmem!, pasmem! - passou a ser Operário, Peão-de-Obra, Pedreiro... tudo por causa das minhas sandálias havaianas.

Até que os marqueteiros decidiram, e isso não tem muito tempo, que as sandálias havaianas eram uma coisa chique, que dava status.

Foi quando, então, a canalha, que até então tinha nojo, ojeriza, verdadeiro asco da coisa, passou a usá-las, agindo, mais uma vez, como uma vara que, do chiqueiro, não dispensa o que se apresenta como pérola.

Na Europa, por exemplo, uma sandália dessas, que na Tijuca custa R$8,00 (em Ipanema não sai por menos de R$20,00), é vendida, em Londres, por quase R$500,00. Vejam aqui, no site da BBC.

Até.

29 comentários:

Craudio disse...

Edu, coisa semelhante aconteceu com os tênis All Star e aqueles agasalhos de uniforme de escola, feitos de material sintético e copiando descaradamente as três listras da Adidas.

O All Star, apesar do nome gringo, era 100% brasileiro até pouco tempo. Nesse exato momento, visto um par desse modelo, fabricado pela Alpargatas, coincidentemente a mesma fabricante das Havaianas. Ele já tem uns dez anos de vida e custou coisa de 20 reais. Hoje, não se acha um All Star por menos de 50.

Mas como tudo é marketing, deixo aqui outro exemplo de devassidão desse mundo dos negócios: outro dia vi um comercial de um daqueles condomínios de luxo que, entre tantas "vantagens", anunciava que cada morador teria sua PERSONAL TREE.

Tá bom ou quer mais???

E que o seu Mengo faça aquele jogo de cumpadres com meu Coringão.

Abraços!

Anônimo disse...

Qual mulher nunca arrebentou uma sandália na rua? O se fez? Aposto que a maioria compra um belo par delas, das havaianas...
Quem acha que aquele par de chinelos traz algum tipo de status está mto enganado... (sobre o efeito das drogas do tópico anterior...rsrsrs)

Anônimo disse...

Edu,

Este lance de bala está muito difundido. Se não me engano (para você ver onde chegamos), em um filme de animação recente (acho que era "Os sem florestas"), um grupo de animais que tinha fugido do zoo chega a uma ilha onde rola uma festa e um dos animais do zoo pergunta se vai ter "bala".
Não tenho nada contra as drogas e quem quer se drogar. Cada qual faz o que quer com o seu corpo e o seu dinheiro. Tenho certeza que morre mais gente aqui no Brasil devido a abuso de alcool que propriamente devido às drogas ditas ilícitas. Agora, fazer comentário sobre droga em um filme destinado a crianças é demais!
Abraço

Anônimo disse...

Hoje é moda distribuir havaianas em festas de casamento("personalizadas" com as inciais do casal...) e usar havaianas "customizadas" com strass e outros fru-frus, que custam os olhos da cara.

Unknown disse...

Um conhecido meu disse ter ido para a Europa com cinco pares de Havaiana na bolsa. E de ter voltado para o Brasil com o dinheiro da passagem paga. Verdade ou não, a possibilidade de isso ter acontecido já me parece o cúmulo da escrotidão.

O que dói, mano, é que a sociedade de consumo é tão bem construída, tão imaculadamente protegida, que não conseguimos abrir os olhos nem mesmo de quem se diz "informado". Uma ex-namorada, me lembrei por acaso, obrigou-me a aposentar o chinelo Rider, que eu usava em casa. Argumentou, com ar de autoridade no assunto, que aquele modelo estava "ultrapassado". E, para me apresentar o chinelo mais moderno e "up" (Deus, juro que ela usou a expressão "up") do mundo, presenteou-me com um par de... Havaianas! Juro, Edu, que fui acometido por um acesso de riso. Eu, que cresci com sandálias Havaianas no pé - e também soube o que é ser esculachado por isso - fui obrigado a ver a marca renascer como um dos símbolos da burguesia "modernex".

Modernidade de cu é rola!

Anônimo disse...

agora cê vê. um amigo, daqui da república dos estados unidos de niterói, tremendo cientista, foi prá paris dar um curso na universidade de paris V, VI, sei lá que número. o cara, conceituado nos meios acadêmicos, etc, etc. como todo bom brasileiro, ainda mais ele, que viaja pacas, levou os costumes da terrinha. e ia lá, um domingão de sol, todo frajola com as ditas havaianas, daquelas com a bandeirinha, que em itaipú custam 10 pratas, no armazém do leonel. aí um francês para o cara narua e pergunta onde ele arranjou. "ué! comprei no mercado!" e o cara perguntou se ele .... vendia! e o meu amigo delicadamente disse que não, que isso, ô mermão... e saiu de finim. havaianas. é mole?

Anônimo disse...

ah! vi o comentário do craudio (é hoje, cumpadi!) sobre o all star: acontece que era chinfra há uns anos atrás, usar o tenis all star, que é fabricado pela converse, americana. aí um espertobill brasileiro, registrou a marca aqui no brasil! e a converse teve que aturar... ele fabricava sei lá aonde, e vendia que nem água. acontece que o prazo (não sei bem por que) expirou, e a converse pode então vender o all star e fabricar também , através de um tercerizado, aqui. eu não defendo os americanos, não. muito pelo contrário, mas a marca é uma produção bem feita (melhor que a do espertobill) e um clássico do design, assim como o óculos rayban, a camisa lacoste e a embalagem da goiabada cascão.
caíque

Anônimo disse...

mais um registrim aqui da assessoria de design do buteco: o all star começou a ser fabricado em 1917, para jogadores de basquete, e tinha aquele cano comprido, com uma rodela de borracha no tornozelo prá proteger o pé do cidadão.
caíque

Anônimo disse...

Uma vez, pouco antes do golpe da cocaína, nos anos 80, ganhei o privilégio de enviar matérias de um hotel em La Paz para o JB, entrando na cabine da operadora a qualquer hora que quisesse, mesmo quando ela já havia encerrado o expediente, porque eu havia levado na bagagem um sabonete Phebo. Soube lá que o produto era adorado em alguns lugares no exterior (se é que se pode chamar a Bolívia de exterior; dizem que a Bolívia e o Paraguai são os únicos países do exterior que ficam no interior). Quanto ao preço das havaianas na Tijuca, malandro, PERDEU, PERDEU Peão de Obra! Na Abolição é muito mais em conta. Tijuca é um lugar muito grã-fino. Agora, vem cá, me conta uma coisa, Eduzinho: que chique, hein, de havaianas na PUC! Tiravas a maior onda, hein?

Eduardo Goldenberg disse...

Craudio: personal tree é demais pra minha cabeça! Teria como você fazer uma fotografia, ou mesmo escanear essa porra desse anúncio? À merda, esses palhaços todos! E saudações rubro-negras!

Renato: esses desenhinhos modernosos demais são também grandes responsáveis por uma geração com tendência metrosexual (palavrinha de merda que os descolados adoram), por meninos que adoram banho de banheira com capuccino, por carradas de jovens que fazem tudo por uma bala... enfim... uma nojeira só.

Betinha: essa moda de merda de distribuir havaianas em festas de casamento com as inciais do casal é de um nojo sem fim. Não sei o que é pior... Se o casal-babaca que pensa na coisa ou se o convidado-babaca que vai pra praia com a porra da sandália.

Bruno: mas que mala, hein, mano? Modernidade de cu é rola!

Caíque: pau na canalha!

Zé Sergio: nem queira saber o sucesso que eu fazia lá... Sempre de bermuda, camiseta, sandálias havaianas, bebendo cerveja no IAG no intervalo das aulas, e dirigindo meu glorioso GOL BX, presente de papai e que terminei de pagar com a grana que ganhava vendendo camisa de malha no Pilotis. Sabe quem me a-d-o-r-a-v-a?! Faça uma idéia... Eduardo Paes... Ele mesmo, coleguinha meu de faculdade...

Anônimo disse...

O brega de hoje vira chique amanhã. Eita pessoal vazio.

Abraço


Wan

Eugenia disse...

ah, eu adoooro Havaianas! se pudesse, viria trabalahar c elas todo dia...
esse fenômeno, além d ter acontecido c elas e com o All Star, tbm rolou com o samba.

Anônimo disse...

Da-lhe Dinda!!!
Isso mesmo, esse negocio de Tijuca é coisa de Grã fino

Eduardo Goldenberg disse...

Isso, Tiago Prata... a Tijuca é grã-fina... Bom mesmo é Botafogo, esse bairrúculo onde você se esconde e o Canadá, que te recebeu ainda bebê... Um dia desses eu conto essa história. Tsc. Beijo.

Anônimo disse...

Edu, essa camisa de malha que o Eduardo Paes comprava devia ser estranha, hein? Que clientela!
GOL BX foi boa. 1.500 motor de Brasília?
Já Botafogo é um excelente bairro mesmo.

Craudio, que história é essa de "jogo de cumpadre"? Tá insinuando que o Flamengo deveria trocar uma excelente chance (inusitada, é verdade) de ir para a Libertadores por uma AJUDA ao Corínthians?!!
Fala sério!!! Foi mal, mas tomara que o espetáculo seja de gala no Maraca. Souza Tropa de Elite, Obina baleia e o escambau.

Abraços.

Eduardo Goldenberg disse...

Bemoreira: eram camisas de malha (boa) falsificadíssimas! Com marca, sabe? Eu vendia muuuuuito e ganhei um bom dinheiro com isso: Reebock, Cantão, marcas que eram de borracha, no peito, nas costas ou no centro da camisa! Eram feitas por um casal que morava em Copacabana e que ganhava, também, rios de dinheiro. Eu colocava 200% em cima do preço deles e vendia em média 200 camisas por semana!

Quanto ao GOL BX era, sim, motor de batedeira. E quanto a Botafogo... tudo questão de ponto de vista.

E fechando... infeliz comentário do Craudio...

Deixemos mais comentários sobre o jogo para amanhã.

Abração, saudações rubro-negras!

Eduardo Goldenberg disse...

Ô, Craudio: aproveitando sua sugestão inaceitável para que façamos joguinho de comadre...

Prefiro lembrar um jogo de homem de palavra que você mesmo empenhou...

Cadê a porra da grade de cerveja que você me prometeu, caralho?!

Abração.

Anônimo disse...

Tijuca é um bairro esquizofrênico. Metade dos habitantes são malucos e biriteiros, gente da melhor qualidade. Não é atoa que tem tantos bares bons por lá e nem é atoa que lá surgiram Tim Maia, Erasmo, Jorge Ben (Benjor é o caralho!), Moacir Luz e a "rapaziada" que começou nos festivais - Aldir Blanc, Gonzaguinha e mil e uns e outros. No entanto, é também um bairro conservador, cheio de católicos carolas, ex-milicos que hoje são síndicos de prédios. Tijuca tinha muito cinema, mas era também a sede do DOI-Codi, na Barão de Mesquita. Por isso, o grande personagem é o Osório, um cara meio de direita, bebum etc. Por onde anda seu amigo, Edu?

Gustavo Mehl disse...

O negócio é que as havaianas são mesmo geniais. Práticas, leves, simples, fazem seu trabalho que é uma beleza, sem frescura.

De tão simples, de tão sem frescura - e de tão baratas! -, virou coisa de fudido.

Aí veio um gringo aqui, achou genial e levou. Ganhou uma nota e saiu naquelas revistas de moda importadas que custam R$40 e as madames adoram. Pronto!

Ou então foi mesmo aquela vontade da classe média de procurar algo "exótico" - e havaianas era coisa de população ribeirinha, po! - de criar uma moda "hype", "in".

Qual será a próxima "tendência"? Short e camiseta Kanalonga?

Já to até vendo o comercial com o Gianechini, o Fábio Assunção...

Eduardo Goldenberg disse...

Zé Sergio: o velho Osório está passando uns tempos em Cabo Frio, na casa da filha, mas falo com ele pelo menos uma vez por semana. Está lá há uns seis meses ou mais, comemorando - ele é cafona pacas, lembra? - a compra da casa dentro de um condomínio à beira de uma lagoa, perto da Praia dos Coqueiros, extensão da estradinha da Praia do Siqueira. Figuraça.

E uma coisa... o Jorge Ben era amigo de papai... que o chamava de Babolina... Bebiam juntos (com o povo da Jovem Guarda) num bar glorioso chamado Divino, na Hadock Lobo, onde moro hoje, quase ao lado do Cinema Madri...

Tu tinha que ver o papai, numa festa de final de ano, na praia, berrando em frente ao palco:

- Ô, Babolina! Lembra de mim, porra?

Outra figuraça, esse meu pai.

Craudio disse...

Hahahahahahahahahahahahahahaha...

Te dou uma data certa para o engradado, já que é batata que estarei por aí: 8 de dezembro.

Mas pode - e deveria - sair antes, se conseguir uma brecha pra atravessar a Dutra ou se você vier para nossa terra da garoa.

Sobre o anúncio dessa merda de personal trees, eu vi na televisão. Mas vou tentar procurar impressos e afins.

E o jogo de compadre hoje é bom pra ambas as partes. Mas em não querendo colaborar conosco, façam o favor de enterrar o Náutico na rodada derradeira...

Ah, só uma coisa: aqui em São Paulo tem gente que jura pela própria mãe que o jogo mais importante e emocionante do campeonato não será hoje, no Maior do Mundo.

Abraços alvinegros!

Anônimo disse...

Atendendo a cronograma previamente acertado com o Edu, vão três observações:

1) Ofendeu-me e indignou-me ver gente de bem dizer que a Tijuca é chique. Várias características a separam irretratavelmente do chiquê.

É zona norte. Como se sabe, as zonas nortes, de São Paulo a Oslo, passando pelo Rio, não são e não podem ser chiques, porque antiqüadas e porque avessas às frescuras.

Um bairro conservador como a Tijuca nunca será chique. Antes disso, bem lembra uma Vila Maria ou um Jaçanã, mal comparando com SP. Ou alguém acha de garbo e elegância votar num Jânio, num Maluf, no caso daqui?

A Tijuca cheira a bolor e não pode, por óbvio, ser chique. Vou exemplificar. Carnaval passado fui encontrar o Edu e fiquei esperando por ele num pé sujo na Hadock Lobo, já que o Rio Brasília estava fechado (e o Joaquim, Edu?). Não havia uma única pessoa com menos de 70 anos na espelunca. E, para ser entendido no que quero dizer, basta contarmos o número desproporcional de botafoguenses que temos na Tijuca. E, meus caros, os velhos não são "chiques".

Viva a Tijuca e viva todas as zonas nortes!

2) As Havaianas são mais uma prova viva de que o gosto popular dá banho nos requintes e nos refinamentos. Por imbatível que é, essa escumalha que o Edu se refere teve de adotá-la. Aí vem o que todos conhecemos: encarecimento, modelitos com adorninhos ridículos etc.

OBS.: São muito baitolas, na minha opinião, aquelas Havaianas no modelito sandália.

OBS 2.: Nada é mais bonito do que uma bela mulher de vestidinho solto e Havaianas.

3) Cláudio -com ÉLE, que é como se escreve seu nome, Pocahontas-, o Mengão vai enfiar uma saroba no rabo do teu timeco nojento hoje.

Tem essa de jogo de cumpadre, porra nenhuma. E não cheguem na última rodada precisando que o meu Verdão vença o Galo, já que nós vamos classificar com uma rodada de antecedência. Aqui não bâmbi, não, pra salvar vocês. A gente entrega o jogo mesmo-, tomamos de 15. Um contra de cada jogador e uns 5 de lambuja pra comissão técnica dividir.

"Vamos, Flamengo/Não dá mole, não/ Manda essa porra pra segunda divisão"

Borgonovi

Anônimo disse...

Saudações são-paulinas, para todos os flamenguistas, já que hoje serei Flamengo também, pois quero ver o timinho da Marginal sem nº ir pra segunda divisão.
Meu caro Borgonovi, não esculacha, bambi é de foder...rsrsrsrsrsrsrs
A culpa foi do Grafite aquele fdp que na verdade sempre foi corinthiano..rsrsrsrsrsrs

Abraços


Wan

Anônimo disse...

Du , voce esqueceu de citar que além do Jorge Ben , também transitavam pelo Divino e eu me dava com eles , o Roberto Carlos , o Imperial , Erasmo carlos , o Dalmo ..........todos querendo paquerar as meninas do colegio estadual paulo de Frontin , que eram disputadas tambem pelos alunos do La-Fayette e do Pedro II . lembra-se Zé Sergio ??

Anônimo disse...

Edu, lembranças ao velho Osório. Borgonovi, tu fala assim da Tijuca porque não conhece a rainha do subúrbio da Central e seus atrativos naturais, entre os quais destaco a Padaria York. Pratinha, estou contigo: Botafogo é ótimo, seja como bairro, seja como clube, seja como paroxítona. Bemoreira, qualquer dia me explica melhor essa história das camisas de malha do Eduardo Paes, o qual, todos sabemos, é "assim" com o Orquinha.

Rodrigo disse...

Edu,

Sou nascido em 1984, usei muita havaiana, muito outros chinelos mais vagabundos que havaina. Lembro que quando ela estourava eu colocava um prego atravessado em baixo para segurar, pois as condições financeiras de minha familia não dava para comprar outro. E de ver que hoje em dia tem: havaianas brasileira, havaianas top, havaianas surf entre outras para você ver que a propaganda é a alma do negocio e a Burguesia fede!!!

abraço,

E o seu mego está ganhando do meu Timão!!!

Anônimo disse...

Ei, Zé Sergio, eu não sei de nada dessas camisas que o Edu vendia (no seu período de camelô na PUC), além do que ele nos contou acima, é claro. Tô fora é dessa ex-clientela dele.

Edu, Prata, Ferrari e Miguel: excelente equipe, cumpriram gloriosa missão no Maraca!

Abraços.

Anônimo disse...

SAMBA DE BREQUE DO EDU


Seu Padre Reitor

desculpe incomodar

mas tem pena do Edu

cuja sina é ralar

(é ralar e eu peço bis)

Ele mora na Zona Norte

É pobre mas é limpinho

Vive enganando a sorte

Vende camisas e shorts

tudo material bonitinho

E faz ponto no Pilotis

(E esse é o xis!)



Querem tirá-lo de lá

A pedido da burguesia

que na PUC é maioria

E persegue esse rapaz

Mas isso não se faz

Porque o sujeito é bacana

Ele anda de havaianas

E não tem sorte com mulher

(Sabe comé...)

Se hoje ele é camelô

Deve muito ao senhor

A culpa é da mensalidade

Mas ele não deixa furo

Muito embora judeu duro

Que passa necessidades



Por isso eu lhe peço

Em nome do senhor Jesus

Judeu pendurado na cruz

Tal e qual esse rapaz

Dá uma ajuda ao moço

Que precisa de um reforço

Diga no Vaticano

que só se recebe, dando

Aqui se paga, aqui se faz

Na PUC ninguém gosta dele

Tirando o Eduardo Paes



Salve o Edu, bom rapaz!

gigi disse...

Oito reais? Onde? Quero agora.

A mesma coisa acontece com o All Star... lembro de ter comprado um em Madureira, perto do mercadão... era a sobra da sobra, tinha ficado lá muitos anos... um pé estava amarelado de sol e o outro estava legal. Quando vi que o número era 37, levei na hora, com saudade da infância. Custou-se 13 reais.

Seis meses depois ou um pouquinho mais, voltaram a fabricar e ficou suuuuper hype, caríssimo... 50 paus pelo menos.

É isso. Passei correndo só pra tomar um copinho mesmo... a chapa está quente aqui no escritório... aqui na Barra da Tijuca.

bjs, Edu!