26.10.07

UM FIM DE TARDE, UMA NOITE, UM PRESENTE

Quem acompanha minhas confissões feitas quase que diariamente, aqui, no balcão de mármore do BUTECO, sabe que dentre as lições que recebi, e ainda recebo de meus pais, está a de ser grato, permanentemente grato, e a de cultivar a gratidão por todos aqueles que, por qualquer razão, merecem esta deferência, este carinho, este reconhecimento.

Não por outra razão escrevi, em junho de 2006, DE VOLTA!!!!! (leiam aqui), homenageando Próspero, Cidália, Crespita, Eurico e Inês. Não por outra razão escrevi, em setembro de 2006, OS PRESENTES IRRETRIBUÍVEIS (leiam aqui), homenageando uma pá de gente querida e especialmente o Simas. Não por outra razão escrevi, em janeiro de 2007, MAIS UM PRESENTE IRRETRIBUÍVEL, homenageando os queridíssimos amigos da Folha Seca (leiam aqui). Não por outra razão escrevi, em fevereiro de 2007, UM IRRETRIBUÍVEL, DE NOVO (leiam aqui), em homenagem à Sônia. E, por fim, não por outra razão escrevi, em maio de 2007, OUTRO PRESENTE IRRETRIBUÍVEL (leiam aqui), agradecendo à Sonia e Benjamim.

Ontem, no final da tarde, tive uma reunião, profissional, evidentemente, com o Fraga. Fui, a bem da verdade, apresentá-lo a um amigo de infância, o Serginho (dia desses conto a vocês sobre as aventuras do cara). Terminada a reunião, disse-me o Fraga visivelmente mal intencionado:

- Folha Seca?

Parti pra lá e, em coisa de vinte minutos, chegava o malandro trazendo nas mãos, orgulhosíssimo, uma sacola da Lidador, de onde sacou uma garrafa de Grant´s 12 anos. Ficamos ali, eu, Fraga e Rodrigo Folha Seca, até que chegou o Bemoreira, quando passamos a ser, então, quatro homens em estado de graça diante da graça do encontro.

E eis o que eu queria lhes contar.

O Bemoreira, num gesto que me comoveu de forma aguda, cochichou alguma coisa no ouvido do Folha Seca e em minutos estendeu-me um livro.

dedicatória de Leo Boechat, o Bemoreira, no livro Leão-de-chácara, de João Antônio

Dali em diante, após receber o ABRAÇO EDU dado pelo Bemoreira, dois ou três telefonemas depois, estava costurada a noite.

Partimos, eu e Bemoreira, para o Bar Brasil, onde encontramos o Vidal e o Dalton, a quem não via, ó, há tempos. Bebemos uma quantidade monumental de chope e comemos fartamente. Horas depois, o Bemoreira, que tinha uma festa, partiu. Dalton, que também tinha um compromisso, partiu.

E eu parti com o Vidal para a Toca da Lapa, uma espelunca na Mem de Sá, onde bebemos confissões inconfessáveis. Como eu havia estado ali com o Mitke há coisa de umas semanas, na companhia, também, do Daniel A., bati o telefone pro malandro apenas pra dizer da lembrança e da saudade.

Isso porque aprendi com meus pais, também, a não deixar pra depois qualquer lembrança, qualquer carinho, qualquer gesto de amor. Arrepender-se, depois, do não-fazer, dói pra burro.

Até.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Arthur me confidenciou: "Quase fui às lágrimas com a ligação"

Comovente...

Amanhã estaremos lá.

Saudações!

Daniel A.