26.11.07

SÁBADO EM PAQUETÁ

O Rio viveu, no sábado, um dia glorioso, um dia desses que nos enche o coração de alegria, um dia desses em que sentimos uma flecha a menos no peito do padroeiro e que nos dá a certeza de que estamos salvos.

Teve samba na mais carioca das ruas, a rua do Ouvidor, em frente à livraria do meu coração, a Folha Seca, pra comemorar lançamento de livro do Pimentel e CD do Zé Luiz do Império.

E teve samba, também, em Paquetá, para o lançamento carioca do CD que registra a presença da Cristina Buarque no terreiro da rapaziada, competentíssima, do Terreiro Grande.

Minha garota queria, há anos, conhecer Paquetá. Surgiu, então, a oportunidade perfeita, capaz de me fazer, não sem dor, abrir mão de mais um sábado naquele canto da velha cidade, onde assenta-se o verdadeiro axé que mantém pulsante o coração carioca.

Não estive, portanto, no samba da Ouvidor. Mas quem lá esteve, como meu querido Luiz Antonio Simas, viveu uma grande tarde, o que pode ser atestado com a leitura de ANTOLOGIA CARIOCA, crônica escrita por um sóbrio Simas, que nada bebeu durante todo o sábado - leiam aqui. Sobre o samba de lá, também escreveu Maria Helena Ferrari, mãe do poço artesiano de ternura, aqui.

O furdunço em Paquetá começou com o embarque na Itapetininga; eu, minha Sorriso Maracanã e a Betinha juntamo-nos à multidão que partia, feliz da vida, em direção à ilha.

Teve samba no embarque, teve samba durante a agradabilíssima viagem de pouco mais de uma hora, e teve samba - e muito, e muito bom! - na esquina das ruas Doutor Lacerda e Pinheiro Freire, em frente a um bar que, verdade seja dita, manteve a cerveja, do primeiro ao último minuto, gelada, geladíssima, com capa nevada de gelo - o que é, convenhamos, raríssimo.

roda de samba em Paquetá, 24 de novembro de 2007
roda de samba em Paquetá, 24 de novembro de 2007
roda de samba em Paquetá, 24 de novembro de 2007

Assim que desembarcamos em Paquetá fomos dar uma volta pela ilha. Amanhã, sem falta, conto a vocês sobre o passeio que me lançou ao passado com uma força e uma intensidade difíceis de segurar.

vista da barca, saindo de Paquetá, 24 de novembro de 2007

Até.

5 comentários:

Unknown disse...

Edu, querido! Eu quase fui! Eu quase fui! Sou amigo do Roberto Didio (o cara vestido de preto e branco segurando o agogô, na primeira foto) e ele havia me convidado! Não pude, por razões várias, me deslocar até o Rio. Que bom que você esteve na roda da rapaziada! PS - Aliás, ouvidos atentos para a composição dos dois malandros da primeira foto: o já citado Didio e Renatinho "Pé-sujo" Martins - que aparece ao lado, tocando surdo. O nível dos sambas dessa dupla é acima da média. Eles me comovem às lágrimas!

Anônimo disse...

Edu Paquetá é show! É uma sensação de se andar cinquenta anos prá trás. Minha filha foi passar uns dias na casa da avó de uma amiga dela que mora lá, e eu aproveitei a carona levando ela até lá. Quase que eu não volto, cumpadi! Show!
Abraço.
Caíque

Anônimo disse...

Estava louca pra ir, mas tive que receber os convidados do meu bebê que fez dois aninhos para um almoço no domingo (da sua receita) que teria que ser adiantado no sábado, mas haverão de ter outras oportunidades.

Abração!

Eduardo Goldenberg disse...

É, Monica... no dia 06 de setembro de 2008 houve esse mesmo encontro em Paquetá... Mas ESSE sábado ao qual me refiro neste texto, é outro... Um abraço.

Anônimo disse...

Eu sei Edu, dei uma passadinha lá nos bastidores da Matoso antes, porém é que não cabia o comentário sobre Paquetá, coisa de gente doida mesmo , se liga não!!! Faltou a observação de qual data se tratava, abraços.