Sonhei, na noite passada, que um grupo odiento de pessoas rigorosamente desconhecidas me cercava e me convencia (tentava me convencer, em nome da precisão que me acompanha), a todo o custo, a deixar a Tijuca para ir morar em Laranjeiras, Flamengo, Botafogo, Copacabana, Leme, Leblon, Lagoa, num desses bairros.
Acordei, transpirando e assustadíssimo, e fiquei feliz quando verifiquei, como uma besta, que tratava-se de pesadelo, apenas.
Olhei pro céu da Tijuca, belíssimo, e cantei pra dentro, a poucos metros do Estácio, o samba de Noel Rosa desenhado no firmamento.
Acordei, transpirando e assustadíssimo, e fiquei feliz quando verifiquei, como uma besta, que tratava-se de pesadelo, apenas.
Olhei pro céu da Tijuca, belíssimo, e cantei pra dentro, a poucos metros do Estácio, o samba de Noel Rosa desenhado no firmamento.
2 comentários:
Prezado Edu,
A secretária aqui de casa vive citando trechos da Bíblia, tentando - em vão - salvar a minha já perdida alma.
Um deles eu já decorei.
"Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus, porque com eles os gentios se atemorizam"
Um forte abraço!
Em 2002, presenciei algo semelhante. Creio-me ateu, mas sou shakespeareano (Hamlet, ato I, cena V – “Há mais mistérios...” etc. e tal). Cito aqui os nomes dos circunstantes, pra que não profanem esta epifania (!?!) sob o escárnio da suspeita. Fui enterrar meu amigo Edvar Alves de Figueiredo no Cemitério da Saudade, aqui em Taboão da Serra/SP. Na saída, captei o olhar verde esfuziante da Marcele (sobrinha do amigo) pregado no céu. Ela baixou rapidamente os olhos, e então eu ví: as nuvens pintaram uma cruz no azul infinito, exatamente sobre o portal do cemitério. Disse a ela que pena eu não estar com minha câmera. Ela devolveu: “Isto não é pra fotografar. É pra ficar impresso na nossa alma”.
Postar um comentário