7.5.08

EM REFORMA

Excesso de trabalho que gera agudíssima falta de tempo, agudíssima falta de tempo que exige que sejam priorizadas as tarefas mais urgentes e as mais imprescindíveis, imprescindibilidades que impedem, infelizmente, que esse humilde dono deste humílimo buteco - que lhes escreve hoje - continue batendo ponto diariamente, incansavelmente, como faço há anos, no balcão imaginário - ao menos por enquanto, até segunda ordem.

A audiência só faz aumentar, mês a mês (vejam aqui!!!), a cada dia novos fregueses pousam cotovelos no balcão de mármore, alguns deles viram (como de fato alguns viraram) fraternos amigos, e não é exatamente fácil, do ponto de vista afetivo mesmo!, decidir baixar as portas de ferro para uma ampla reforma no estabelecimento.

Mas é preciso.

Torço para que não parem de chegar curiosos e para que sejam curiosos os que já são leitores e que se habituaram a baixar por aqui em busca de humor, precipuamente de humor, escarafunchando, a fundo, os mais de 950 textos expostos nas paredes, nas estufas, nas geladeiras, nos painéis publicitários do buteco.

Pouca gente sabe, mas no alto, à esquerda, há uma janela, ao lado do símbolo BLOGGER, na qual se pode escrever qualquer palavra, qualquer frase, que pode ser procurada clicando em PESQUISAR BLOG. Façam isso. É um exercício, garanto, divertido.

Sempre que houver tempo - tenho certeza de que não resistirei a isso... - abrirei a portinhola no meio da porta de rolo de ferro pra dar um recado, mínimo que seja.

E, por fim, um recado e uma promessa...

O BUTECO não foi vendido para nenhuma rede de franquia de botequim! Não será descaracterizado. Não será reformado a ponto de perder suas características. Mas voltará, tenho certeza, ainda mais animado, ainda mais tumultuado, com ainda mais bate-boca, com a verdadeira cara do mais autêntico buteco brasileiro, carioca por excelência.

Até.

21 comentários:

Anônimo disse...

:~~~~~~~~~~~~o(

Até!

Anônimo disse...

Uma pena, Edu!

Era a minha alegria acordar cedo, pegar um copo de café, no copo americano mesmo, e correr para a frente do micro, para ler os seus textos.

Até breve!

Rodrigo Medina

Anônimo disse...

Pois é Edu... cabeça vazia = oficina do capeta. O negócio é trabalhar! : )

Um forte abraço!

Roberto Fraga

Eduardo Goldenberg disse...

Luana: confesso, do alto dos meus 39 anos, que estou velho e caquético o suficiente para não fazer a menor idéia do significado desse desenho (vocês, jovens e sem pelos nas orelhas, chamam isso de emoticon, certo?) formado por dois pontos seguidos por vários sinais de "til", com a letra "o" no final, antes de um parênteses. Parece-me, permita-me a confissão, um nariz escorrendo. Se for gripe, saúde!

Rodrigo: não deixe de checar a quantas anda o BUTECO, malandro. Se eu bem me conheço - e olha que eu me conheço! - não vou resistir a dar, vez por outra, quiçá diariamente (o que aumenta minha sensação galopante de que pioro a cada dia, a olhos vistos), meus pitacos por aqui. Faz-me um bem, Rodrigo, um tremendo bem - e estou a precisar disso - esse diálogo com os passantes da calçada e os que atracam no balcão. Um abraço.

Eduardo Goldenberg disse...

Roberto Fraga: acho que você não entendeu exatamente o espírito da coisa... Sinceramente. E desde quando eu fico com a cabeça vazia e sem trabalhar?! Sou, eis a confissão que faço diante do balcão, a verdadeira e íntegra personificação do profissional liberal. Trabalho sozinho, sou advogado, meu secretário, meu telefonista, meu estagiário, meu assistente, meu chefe e meu próprio empregado. Tenho, vê-se, por isso, a menor folha de pagamento da paróquia, mas se tem um troço que me falta, desde que me formei, em 1992, é tempo com a cabeça vazia. Aquele abraço.

Anônimo disse...

É uma carinha chorando, Edu. Vou sentir falta dos seus textos, também. E ok, vc tem razão, não parece o que quer dizer... Até mais!

Eduardo Goldenberg disse...

Luana: então eu acertei, pô! Eu, ao menos eu, quando choro, vejo, entre envergonhado e enojado, meu nariz escorrendo como a mais turbulenta tromba d´água rio abaixo. E vou repetir: passe sempre por aqui. Não vou resistir - e preciso não resistir! - a dizer um "a", que seja, de quando em vez.

natashaz disse...

Caro Edu,

Passe aqui ao menos para dar um OI para teus leitores fiéis que tanto acompanham as tuas histórias...

Abraços,
Natasha Zadorosny

Anônimo disse...

Que pena... Eu passo aqui TODOS (com ênfase Szegeriana – apud Goldenberg) os dias e ficarei muito triste de não ver textos novos... Mas, como leitora fiel que sou, continuarei vindo sempre e aproveitarei para continuar lendo os textos antigos.
Abraço,
Perla Lima
(Pará)

Anônimo disse...

Nossa, isso aqui ta parecendo a despedida do Joel Santana

Eduardo Goldenberg disse...

Oi, Natasha Zadorosny: veja que sou, antes de tudo, um gentil com meus leitores fiéis que tanto acompanham as minhas histórias...

Prata: discordo, moleque, discordo e radicalmente. Em primeiro lugar porque isso aqui não encerra uma despedida, mas um até breve, se os deuses assim o permitirem. E em segundo lugar, porque a "despedida do Joel Santana" foi um dos maiores vexames já registrados no Maracanã e justo pelo meu, pelo nosso Flamengo. Bola fora, menino, muito fora. Beijo.

PS: traga presentes de Cuba para quem se arvora em ser seu pai.

Anônimo disse...

Edu,
Apesar de publicar poucos comentários (se não me engano foram três), sou frequentador assíduo desse buteco e assim continuarei. Espero sempre poder tomar uma gelada nesse balcão.
Mas que vai fazer uma falta danada de dar uma passada neste buteco e vê-lo fechado, com certeza, vai dar.
Abraços
Daniel Liberto

4rthur disse...

Será mesmo, Edu? Será que a rede Bel(monte) de merda não ofereceu ao dono deste Buteco, pela cessão do espaço, uma elevada quantia, quiçá mais alta que a recebida pelo(a) travesti André(a) para calar a boca no caso Ronaldinho? Será que amanhã ou depois não entraremos aqui e veremos, ao invés da estátua de Noel Rosa, Edu abraçado a celebridades, cantrizes e promoters trajando abadás e parangolés? Será que o Buteco virtual ganhará ares de "virtual clean bar" e terá seu preto básico substituído por cores da moda?

Só o tempo dirá...


ps - palhaçadas à parte, te conheço o bastante para saber que a vontade de voltar a escrever aqui será, em pouco tempo, maior do que a necessidade de se afastar para cuidar de outros assuntos, por mais urgentes que estes sejam... ou não é verdade que você já retornou a esta parte dos conentários para escrever pelo menos quatro vezes?

De qualquer forma, deixo um grande abraço e afirmo que sou insistente e continuarei a frequentar o Buteco até ver novas palavras postas à mesa.

Eduardo Goldenberg disse...

Daniel Liberto: como se vê - se estou respondendo, estou vivo - não vai ficar fechado, fechado, fechado, se é que você me entende. Mas é que soma-se à falta de tempo, ao excesso de trabalho, à necessidade de repensar a forma de servir o de comer e o de beber, uma vontade agudíssima de não dizer uma porção de coisas. Fique esperto, entretanto. Já, já, se tudo der certo, levanto a porta de ferro e chamo o povo pra mais um brinde. Abração.

Arthur, meu caro: é verdade que tenho voltado sempre aos comentários - como agora, uma vez mais - mas em atenção a vocês, meus poucos mas fiéis leitores, que minha falta de tempo (blá, blá, blá, blá, blá) está, de fato, muito braba. A vontade de escrever não cresce, malandro, eis que já é imensa e intensa, pois são elas, as palavras, as maiores porta-vozes do que guardo em mim. Mas é preciso o afastamento. Por tudo o que já disse. E continue insistente... Em breve, se tudo correr como pretendo, de volta. Abração.

Rodrigo disse...

Irá voltar meu caro, fé nos deuses. O silêncio de quando em vez é necessário, voltará com mais força, desde de já torço pela a sua volta.

Como dizia o poeta:

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando

Eduardo Goldenberg disse...

Valeu, Rodrigo!

Anônimo disse...

Vai trabalhar, vagabundo/ Vai trabalhar, criatura...

Eugenia disse...

aaaaaaaaahhh!!!!!!!!!!!!! :(

Eduardo Goldenberg disse...

Zé Sergio: cante isso diante do espelho, minha madrinha. Serve pra você, não pra mim.

Eugênia: "b".

Luiz Antonio Simas disse...

EDU, não fode. Esses comentários sobre a falta que você vai fazer estão chatíssimos. Volta a escrever logo a porra do buteco pra evitar essa lenga-lenga mais previsível que o futebol burocrático do Lucio Viadinho Flávio.
Beijo.

Szegeri disse...

SIMÃO, ê ô, SIMÃO, ê ô... Sem orquestração do Galvão.