"Eu sou assim, e digo mais - convivo muito bem com as minhas idéias fixas." - "De vez em quando, alguém me chama de “flor de obsessão”. Não protesto e explico: - não faço nenhum mistério dos meus defeitos. Eu os tenho e os prezo. Sou um obsessivo. E aliás, que seria de mim, que seria de nós, se não fossem três ou quatro idéias fixas? Repito: - não há santo, herói, gênio ou pulha sem idéias fixas. Só os imbecis não as têm." - Nelson Rodrigues
Gustavo: há muita gente que eu conheço, muita!, que não suporta o metrô, o mais desumano meio de transporte público oferecido aqui no Rio. Quem gosta, mesmo, de andar de metrô, não gosta de gente, não gosta do povo, não gosta da cidade, das ruas, dos bares, das construções... Veja você o que andei proseando com o Helion Póvoa num texto recente também sobre a Tijuca... Como um usuário contumaz do metrô vai saber sobre as peculiaridades da rua Caruso? Nunca! E bem lembrado... a bicicleta também é um graaaaande meio de transporte, e que o diga o Felipinho Cereal, o maior pedalador da Tijuca!
O Salete rapaz! Ah, o salete! Trabalhei alguns anos (segunda metade da década de 70) , no 678 da Mariz e Barros (aquele caixotão, onde era o SENAI - hoje acho que é FIRJAN) e tenho gratíssimas recordações dos chopes dos finais de tarde no Salete, acompanhados daquelas empadas e outros petiscos divinos, com direito à passagem das meninas, saindo do Instituto de Educação, com aquelas sainhas plissadas...ô coisa boa!!! Abraços.
Salve, Cazé com "z"!!! Eu também amo o Salete, rapaz... Os garçons e o gerente de lá, sempre que pinto na área, dizem a um ou outro:
- Desde pequenininho esse cara vem aqui...
Era meu pai, rapaz, depois dos constantes passeios à praça Afonso Pena, que dava um pulinho lá pra refrescar o bico e almoçar com mamãe e o caçula, esse que vos fala.
O Manolo morreu, morreu sua companheira, mas o glorioso Salete mantém-se altaneiro no mais alto degrau da cozinha da Tijuca e do Brasil!
É verdade Gustavo e Edu, a bicicleta é bacana mesmo. Pena que as ciclovias da cidade encontram-se somente na zona sul, e por aqui temos que nos virar entre os carros.
Esse roteiro estah perfeito. Quanta saudade... Como eh mesmo o simbolo daquele bonequinho com o nariz escorrendo que outro dia uma leitora usou aqui?...
Cereal: não reclama, malandro, que você anda de bicicleta pela Tijuca de olhos fechados dando banho em muito automóvel! E isso com um charme fora do normal, com sua bicicleta modelo... modelo... modelo? Conta aí! Abração.
ps: você viu que papai fez, lá no seu blog, promessa pública de pagar todas as mensalidades dele que estão atrasadas no América se você se candidatar a presidente e vencer?
Ô, Betinha: e a saudade que a gente sente de você, menina?! Mas segura sua onda... amanhã o meu Xerife segue a seu encontro - certo, né? - e já, já, 2009 está aí para que possamos recebê-la de volta, com direito a muuuuuitos roteiros como esse. Grande beijo.
Aqui no Lins não dá para andar pelas ruas sem ser assaltado ou pisar em bosta de cachorro, porco ou vaca.
Vamos marcar um "tour" pela Tijuca.
A última vez que estive na Tijuca para passear foi nos saudosos anos 80, quando eu freqüentava o Só Cana.Uma namorada minha era dona de um restaurante na mesma rua e outro amigo querido também morava lá.
Ô, Fraga Jr.! Mas então o Lins mudou demais, rapaz! Meus avós moraram lá, entre 1980 e 1982, mais ou menos, e eu - mesmo pirralho - lembro-me da calmaria que era aquilo, rua Conselheiro Ferraz, salvo engano da minha memória.
O Só Kana ainda existe, sim. O tradicional mantém-se firme na rua Conde de Bonfim, uma espécie de clube fechado, os mesmos freqüentadores todos os dias naquela sacra-esquina. E há um outro, modernoso (nunca pisei nele!), na avenida Maracanã, perto da Praça Varnhagen.
Fraga Jr.: a praça a que você se refere é a Xavier de Brito, delírio das minhas sobrinhas, por exemplo. Aquilo lá, de fato, aos domingos, ainda é uma grande pedida pra molecada. E sem contar que tem, no entorno, três grandes pedidas pra biritar: o Rei do Bacalhau, o buteco do seu Manel, ao lado, e ao lado do buteco, na esquina, o Bar do Pavão.
Reconheço sua boa intenção, rapaz, sugerindo esse tour coletivo, mas eu estou - confesso desde já - rigorosamente fora disso. Eu, justo eu, dando uma de Vovó Stella pra marmanjo na Tijuca, nem a fórceps!!!!!
Caloi 10, ano de 1979, estado de 0km. Cuido com um carinho danado.
E sobre a presidência do América, estou começando a pensar no assunto. Te garanto que o clube melhoraria de situação, e ainda por cima teriamos de volta ilustres tijucanos como o Issac.
Ilustre Tijucano, A sua resposta das 13:11 ao Fraga, lembrou-me de um samba do Aldir e Maurício Tapajós com locação no famoso logradouro: "Valquíria, que tinha mania de ser bom cabrito/ Comprou um jerico na Xavier de Brito/ E saiu pela Muda..." etc. e tal.
Sei não, Edu. Na minha modesta opinião, acho que esta tua série de textos-exaltação à Tijuca, futuramente, poderia render uma publicação em livro, hein?!
Ô, Bezerra, olha o exagero, malandro, olha o exagero... Se você tivesse uma editora e fosse o editor-chefe, ótimo, o livro estaria garantido... Abração e obrigado, mais uma vez, pelo imerecido elogio.
Fala Edu! Definitivamente um dos lindos lugares a percorrer. Valeu pela hospitaleira proposta. E sobre o caminhar, definitivamente uma arte para aqueles que sabem passear e conhecer o mundo que lhes cerca, exatamente porque assim podem entender um pouco mais de si mesmo. quem é que mata? polui? desumaniza? carro ecológico? pois então... recomendo a visita a esse sitio aqui que é uma pérola para alternativas do transporte e relexões sobre o homem-máquina. http://apocalipsemotorizado.net/
Edu, esta série da Tijuca me deixou comovida... Acho que ela deveria virar um livro, e com urgência! Aliás, a Tijuca merece mesmo uma homenagem à altura!!! Antes que algum aventureiro lance mão! Beijos e parabéns!
21 comentários:
ah! q roteiro magnífico!
O primeiro parágrafo é demais! Achava que só eu odiava o metrô e havia abolido o carro! Isso sem falar no táxi, que além de tudo é caro pra diabo.
Ônibus e pé e - acrescento - bicicleta. Tão aí os meios de transporte dos 'sábios'.
Gustavo: há muita gente que eu conheço, muita!, que não suporta o metrô, o mais desumano meio de transporte público oferecido aqui no Rio. Quem gosta, mesmo, de andar de metrô, não gosta de gente, não gosta do povo, não gosta da cidade, das ruas, dos bares, das construções... Veja você o que andei proseando com o Helion Póvoa num texto recente também sobre a Tijuca... Como um usuário contumaz do metrô vai saber sobre as peculiaridades da rua Caruso? Nunca! E bem lembrado... a bicicleta também é um graaaaande meio de transporte, e que o diga o Felipinho Cereal, o maior pedalador da Tijuca!
O Salete rapaz! Ah, o salete!
Trabalhei alguns anos (segunda metade da década de 70) , no 678 da Mariz e Barros (aquele caixotão, onde era o SENAI - hoje acho que é FIRJAN) e tenho gratíssimas recordações dos chopes dos finais de tarde no Salete, acompanhados daquelas empadas e outros petiscos divinos, com direito à passagem das meninas, saindo do Instituto de Educação, com aquelas sainhas plissadas...ô coisa boa!!!
Abraços.
Salve, Cazé com "z"!!! Eu também amo o Salete, rapaz... Os garçons e o gerente de lá, sempre que pinto na área, dizem a um ou outro:
- Desde pequenininho esse cara vem aqui...
Era meu pai, rapaz, depois dos constantes passeios à praça Afonso Pena, que dava um pulinho lá pra refrescar o bico e almoçar com mamãe e o caçula, esse que vos fala.
O Manolo morreu, morreu sua companheira, mas o glorioso Salete mantém-se altaneiro no mais alto degrau da cozinha da Tijuca e do Brasil!
Abração.
É verdade Gustavo e Edu, a bicicleta é bacana mesmo. Pena que as ciclovias da cidade encontram-se somente na zona sul, e por aqui temos que nos virar entre os carros.
Esse roteiro estah perfeito. Quanta saudade... Como eh mesmo o simbolo daquele bonequinho com o nariz escorrendo que outro dia uma leitora usou aqui?...
Cereal: não reclama, malandro, que você anda de bicicleta pela Tijuca de olhos fechados dando banho em muito automóvel! E isso com um charme fora do normal, com sua bicicleta modelo... modelo... modelo? Conta aí! Abração.
ps: você viu que papai fez, lá no seu blog, promessa pública de pagar todas as mensalidades dele que estão atrasadas no América se você se candidatar a presidente e vencer?
Ô, Betinha: e a saudade que a gente sente de você, menina?! Mas segura sua onda... amanhã o meu Xerife segue a seu encontro - certo, né? - e já, já, 2009 está aí para que possamos recebê-la de volta, com direito a muuuuuitos roteiros como esse. Grande beijo.
Edu,
Que inveja.
Aqui no Lins não dá para andar pelas ruas sem ser assaltado ou pisar em bosta de cachorro, porco ou vaca.
Vamos marcar um "tour" pela Tijuca.
A última vez que estive na Tijuca para passear foi nos saudosos anos 80, quando eu freqüentava o Só Cana.Uma namorada minha era dona de um restaurante na mesma rua e outro amigo querido também morava lá.
Bons tempos!!!
O Só Cana ainda existe?
Ô, Fraga Jr.! Mas então o Lins mudou demais, rapaz! Meus avós moraram lá, entre 1980 e 1982, mais ou menos, e eu - mesmo pirralho - lembro-me da calmaria que era aquilo, rua Conselheiro Ferraz, salvo engano da minha memória.
O Só Kana ainda existe, sim. O tradicional mantém-se firme na rua Conde de Bonfim, uma espécie de clube fechado, os mesmos freqüentadores todos os dias naquela sacra-esquina. E há um outro, modernoso (nunca pisei nele!), na avenida Maracanã, perto da Praça Varnhagen.
Abraço do tamanho da Tijuca!
Edu,
E aquela praça com os cavalos, bodes e outros semoventes??? Ainda dá para montar em alguma coisa???
Eu vivia por lá todos os domingos entre 1974/76.
Pense na idéia de um "tour" coletivo.
Creio que os seus "fiéis leitores" iriam comparecer em peso.
Um forte abraço!
Fraga Jr.: a praça a que você se refere é a Xavier de Brito, delírio das minhas sobrinhas, por exemplo. Aquilo lá, de fato, aos domingos, ainda é uma grande pedida pra molecada. E sem contar que tem, no entorno, três grandes pedidas pra biritar: o Rei do Bacalhau, o buteco do seu Manel, ao lado, e ao lado do buteco, na esquina, o Bar do Pavão.
Reconheço sua boa intenção, rapaz, sugerindo esse tour coletivo, mas eu estou - confesso desde já - rigorosamente fora disso. Eu, justo eu, dando uma de Vovó Stella pra marmanjo na Tijuca, nem a fórceps!!!!!
Abraço forte.
Caloi 10, ano de 1979, estado de 0km. Cuido com um carinho danado.
E sobre a presidência do América, estou começando a pensar no assunto. Te garanto que o clube melhoraria de situação, e ainda por cima teriamos de volta ilustres tijucanos como o Issac.
Vamos ver.
bj.
Ilustre Tijucano,
A sua resposta das 13:11 ao Fraga, lembrou-me de um samba do Aldir e Maurício Tapajós com locação no famoso logradouro: "Valquíria, que tinha mania de ser bom cabrito/ Comprou um jerico na Xavier de Brito/ E saiu pela Muda..." etc. e tal.
Sei não, Edu. Na minha modesta opinião, acho que esta tua série de textos-exaltação à Tijuca, futuramente, poderia render uma publicação em livro, hein?!
Ô, Bezerra, olha o exagero, malandro, olha o exagero... Se você tivesse uma editora e fosse o editor-chefe, ótimo, o livro estaria garantido... Abração e obrigado, mais uma vez, pelo imerecido elogio.
Fala Edu! Definitivamente um dos lindos lugares a percorrer. Valeu pela hospitaleira proposta.
E sobre o caminhar, definitivamente uma arte para aqueles que sabem passear e conhecer o mundo que lhes cerca, exatamente porque assim podem entender um pouco mais de si mesmo. quem é que mata? polui? desumaniza? carro ecológico? pois então...
recomendo a visita a esse sitio aqui que é uma pérola para alternativas do transporte e relexões sobre o homem-máquina. http://apocalipsemotorizado.net/
é isso aí! boa sorte e abraços.
Edu, esta série da Tijuca me deixou comovida... Acho que ela deveria virar um livro, e com urgência!
Aliás, a Tijuca merece mesmo uma homenagem à altura!!! Antes que algum aventureiro lance mão!
Beijos e parabéns!
Salve, Ione! Seja bem chegada de volta!! Obrigado pelos elogios - imerecidos - e pela torcida pelo livro. Quem sabe, hein?! Um beijo.
Oi. É a primeira vez que entro no seu blog. Gostei muito do que li. Este roteiro a pé eu conheço muito bem e tá aprovadíssimo.
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