22.9.08

RIO-BRASÍLIA FECHADO

São 13h02min.

Em condições normais de temperatura e pressão, o RIO-BRASÍLIA estaria lotado a essa hora, mesas e calçada cheias de gente em busca da comida caseira que faz (ou fazia...) a festa dos trabalhadores da região no horário do almoço.

Meu querido sogro, Wlader Dutra Miranda, que está passando uma temporada na Tijuca, lá em casa, acaba de me bater o celular:

- Edu? O RIO-BRASÍLIA fechou! Passei por lá agora e tem um cartaz na porta escrito que eles estão funcionando na loja ao lado... Triste, né?

Tristíssimo.

Até.

32 comentários:

Arthur Tirone disse...

Acabou...

Eduardo Goldenberg disse...

Parece que sim, Favela, parece que sim...

Felipe Quintans disse...

Acabou também meu dia de trabalho por hoje, estou indo pra casa, não consigo pensar em nada, a não ser nos belos momentos vividos ali. Estão esculhambando comigo, e com uma porrada de fregueses muito antigos. Que tenham sucesso no lugar novo, mas sem minha presença.

Eduardo Goldenberg disse...

É inacreditável. Quero crer que seja, como imagino numa última tentativa de reverter o quadro ao menos dentro de mim, falta de pessoal para tocar as duas casas - pelo menos por enquanto.

Eles não poderiam fechar o RIO-BRASÍLIA sem um comunicado ao pessoal de todos os dias, né?

E por que mentiram tanto? Por que disseram que jamais fechariam o nosso RB? E o seu Cláudio? E o André? E a gente, pô?

Que tristeza...

Gabriel da Muda disse...

Merda...

Anônimo disse...

Eu bem que disse ....e foi mais rápido do que imaginava ........voces não acreditaram........... Joaquim e Therezinha não estão nem aí para os frequentadores........só pensam na grana !! eu só quero saber se eles vão aguentar se voces frequentadores assíduos deixarem de ir ao " novo RB " !!!

Eduardo Goldenberg disse...

É, Gabriel, que merda... Abraço.

Meu pai: é verdade, você acertou na mosca.

E não cometa outra vez essa heresia: aquilo lá não é o "novo RB" de jeito NENHUM!

Do RIO-BRASÍLIA, o bistrô só tem os donos.

Beijo.

Jose disse...

Nunca cheguei a frequentar o RB e estou triste em saber que fechou. Adorava as historias por voces vividas.

BISTRÔ ate o nome e caro.

Eduardo Goldenberg disse...

José: o nome do bistrô aberto pelos donos do RB é JOAQUIM E TEREZINHA. A gente chama de bistrô porque aquilo ali é qualquer coisa, menos buteco. Um abraço.

Anônimo disse...

"RB Frankestein", Seu Isaac...
Mais ou menos um zumbi que volta da tumba, torto e putrefato, só querendo saber de miolos (grana)...

Eduardo Goldenberg disse...

É, isso, Lúcio, outro acerto seu! "RB FRANKSTEIN" diz tudo.

Como pode, né, malandro?

O cara querer jogar em duas frentes, ótimo.

Mas fechar o RB, como pode?!

Forte abraço.

Anônimo disse...

BISTRÔ é o nome do lugar ??? mas Bistrô não é coisa de viadinho francês ??? Como um boteco pode virar Bistrô ???? Aqui no meu trabalho o "Bistrô" é zuado direto porque vende almondega com macarrão com o nome " não sei o que a boulette" por R$18,00 contos e também picadinho de carne de segunda, com arroz e farofa de banana pelo mesmo preço, com um nome que nem lembro...fatia milimétrica de "bolo de rolo" que é um rocambole afrescurado a R$3,50
Ninguém fica aqui pra comer.

Luiz Antonio Simas disse...

Vou agora ao Bode Cheiroso beber o defunto. Putz...

Craudio disse...

Fala Edu! Há tempos não falava no Buteco, mas agora é hora de me manifestar. Porque, mais do que a minha própria tristeza, imagino o tamanho daquela que abate todos vocês, freqüentadores assíduos do lugar.

Tristeza minha por lembrar do par de horas que passei na calçada da Almirante Gavião - e tinha até o mano Favela, o que fez da coisa ainda mais caseira para mim.

Tristeza para todos vocês, que devem se sentir como alguém que perdeu um pedaço da própria casa - digo isso porque também já passei por situação semelhante aqui na garoa.

De minha parte, fica um aperto no peito ao saber que o RB está fechado, mas também ficam as ótimas lembranças daquela noite em que foram celebradas e colocadas em prática as coisas simples e essenciais da vida - todas elas repetidas aqui diariamente.

Abraços!

Eduardo Goldenberg disse...

Não, Monica, o nome do troço não é esse... Já expliquei ao José sobre isso... Aquele abraço!

Vá, Simão, vá, sim. Mas que cois, né, meu velho?!

Claudio: seja bem chegado de volta, rapaz. De fato, estamos todos tristes, muito tristes. E em busca de um novo porto seguro nas bandas de cá. Um forte abraço.

Olga disse...

Que coisa mais triste e lamentável! Como pode o Joaquim agir com tamanha desconsideração com fregueses tão antigos e especiais. O cara ser casca grossa é uma coisa, mas, desculpa, isso é quase mau-caratismo.

Eduardo Goldenberg disse...

Concordo, Olga.

Ele é (ou era) o dono.

Ele queria (há tempos, imagino) fechar o portentoso RB? Que fechasse.

Mas que fechasse dignamente.

Que fizesse um bota-fora, uma despedida, uma porranca pra entrar pra história da Almirante Gavião e da própria Tijuca. Que tivesse a dignidade de avisar aos freqüentadores de todos os dias, sua malévola intenção.

A história do bairro não merecia esse coice fabuloso dado pelo Joaquim.

Um beijo.

Anônimo disse...

Bom menos mal,rsrsrs

Buvette R&B serve Boudin ????

Eduardo Goldenberg disse...

Monica: aquele abraço, Monica. Não falo essa língua, não sei o que significa isso e autorizei a publicação desse comentário em respeito a você, tão assídua no pedaço.

Como diriam... piada numa hora dessas?

Anônimo disse...

Prezado Xará: não tenho a pretensão de imaginar a dor que estão sentindo você e seus
amigos freqüentadores do Rio-Brasília.

Eu, que me tornei leitor assíduo do BUTECO DO EDU, motivado pelas
histórias por vocês contadas sobre as delícias do local (não me refiro
somente às geladas), chamei uma amiga de fé e, bem cedo para um domingo meu, me dirigi ontem ao seu tradicional bairro para uma cervejinha dominical.

Sem dúvida, uma pontinha de incentivo para a empreitada foi a observação que seu querido pai fez a você dizendo que o local iria fechar (por esses dias), em
decorrência da inauguração do "bistrô".

Bem, como sou carioca de coração (eu ERA paulistano)e não conheço bem o bairro, me supreendi pela facilidade com que encontrei a Almirante Gavião e, mais ainda, com uma vaga para meu carro quase em frente ao local.

Como a rua é pequena achei que não seria difícil encontrar o estabelecimento, porém, por somente avistar um bar/lanchonete na rua, tive que perguntar ao porteiro de um prédio ao lado, onde seria o local que eu procurava.

Meu estômago gelou quando ele apontou para um cantinho da
rua onde portas de ferro cerravam vosso templo.

Imediatamente lembrei das palavras de seu querido pai! Depois de tentar digerir a situação,
inconformado, pegamos o caminho de volta, mas não sem antes pararmos no primeiro butequim para uma gelada em homenagem àquilo que deva ter sido o lar-doce-lar de pessoas bacanas como as que o freqüentaram e que, assim como
eu, mui humildemente, mal comparando, ficaram orfãs.

Um abraço,

Eduardo Sato

Eduardo Goldenberg disse...

Eduardo: graças a esse seu comovente comentário, acabo de saber, então, que o RIO-BRASÍLIA nem abriu no domingo... Uma pena.

Lamento por você, francamente...

Sugiro, entretanto, que fuçando o BUTECO, você siga um dos roteiros que bolei para passeios pelo bairro. A Tijuca é grande, xará, muito maior do que imaginam.

Razão pela qual ela não merecia esse golpe sujo e sórdido desferido pelo Joaquim.

Um forte abraço e seja bem chegado ao balcão!

Anônimo disse...

Fala Eduardo! Como é que o proprietário não avisa a clientela assídua? Fui no Cervantes uma semana antes de fecharem para reformas e o Pedro me avisou. Aliás, estou entrando em crise de abstinência de sanduíche do Cervantes. Sinto por você e todos os moradores das redondezas. Abraços!

Anônimo disse...

O pior, de tudo isso, é o Joaquim ter sido incapaz de VER aquilo que tinha em mãos. Familias inteiras, pinguços da melhor qualidade, amigos e casais.

Foi incapaz de OUVIR a voz dos que gargalhavam do "àmilanesa" ou saboreavam o angu. Que fofocavam sobre a gostosa que aparecia a rua. Que declaravam amor pelo lugar.

Sem ver ou ouvir, acabou sendo incapaz de SENTIR que, naquele canto, algo de diferente acontecia.

E como acontece com quem não vê, ouve ou sente, trocou o diferente e especial pelo mundano e plastificado.

Diego Moreira disse...

Acendo quatro velas no altar da pátria encomendando a alma desse buteco que foi o lar, o hospital, a farmácia, o divâ e o palco dos heróis de todo dia.

E lamentando pelas coradas e pelo maracujá... Ah, o maracujá... Quanto custará no Bistrô? 8 pratas? Haverá o maracujá?..

Que porrada...

Eduardo Goldenberg disse...

Anônimo: é isso aí... Antes o Joaquim tivesse 1% da consideração que tem o Pedro por seus clientes. Abraço.

Lúcio: como a rua é pública, e é nossa, que tal fazermos um churrasco com cerveja, gelando desde cedo em isopores monstruosos, no sábado, ou no domingo, na calçada em frente ao RB? Vamos? Forte abraço, cara.

Diego: não sei responder sobre o maracujá, malandro. Não sei. E, confesso a você, nem vou passar lá pra me certificar, sabe? Continuo torcendo por um mal-entendido. Forte abraço.

Anônimo disse...

Desculpa Edu, também não falo nada disso , foi só uma brincadeirinha para amenizar a tristeza de vocês. Foi mal. Desculpa aí.

Anônimo disse...

Edu,

É muito cedo para qualquer conclusão, mas eu acredito que houve um mal-entendido, possivelmente gerado pela ausência de pessoal para dar conta dos dois lugares. Nesse caso, ele resolveu prestigiar o novo, pois sabe que o velho já tem uma freguesia forte e fiel. E, acredite, se de fato foi isso, o sujeito não é tão xucro assim, pois logo que "reabrir" o RB, a coisa vai ferver ainda mais, com gente chorando e etc. Será que o Joaquim, do alto de sua ignorância, teve essa sacada?

Uma coisa nisso tudo, entretanto, é certa: fechar sem uma mínima satisfação seria, de fato, algo sórdido e covarde, para dizer o mínimo.

Abraço,

Daniel A.

Eduardo Goldenberg disse...

Já, já, Daniel A., mais notícias. Aguarde.

Szegeri disse...

Os bares morrem numa quarta-feira.

Luiz Antonio Simas disse...

O Paulo Mendes Campos era Botafogo. E os bares...

Eduardo Goldenberg disse...

Pois é, queridíssimos Szegeri e Simas: ao que tudo indica, o RB fechou, de vez, foi num domingo mesmo. Antes fosse quarta-feira, depois de amanhã. Teríamos tempo de organizar nosso bota-fora.

Beijo em vocês.

Arthur Tirone disse...

Uma quarta-feira travestida de domingo...