13.11.08

QUITANDA ABRONHENSE, HOJE

Como eu já havia lhes contado aqui, atendendo ao gentil pedido do seu José, enterramos a pretensão de fazermos, hoje, um histórico furdunço na rua do Matoso 178, na QUITANDA ABRONHENSE. Seus argumentos foram irrefutáveis: a quitanda é uma quitanda, não é um buteco, e por isso não tem estrutura para o que pretendíamos, muita gente reunida deixa atônito o dono do glorioso estabelecimento, e - convenhamos - faríamos, mesmo, ali, uma noite daquelas, e o seu José possivelmente jamais voltaria a me atender (sei do que somos, reunidos, capazes). Afinal, nossa programação incluía a exibição de Felipinho Cereal com sua vitrola e seus long-plays, Luiz Antonio Simas cantando sambas-enredo acompanhado de seu próprio cavaco, e o eventual auxílio luxuoso de Tiago Prata (Trinta Pratas, para os íntimos). Não iria prestar.

QUITANDA ABRONHENSE, rua do Matoso, Tijuca, foto de Felipe Quintans

Ocorre que quando a tarde começa a cair eu perco o sossego e sinto correr no meu sangue de negro o chamado do samba e do botequim, apud Aldir Blanc.

Razão pela qual vou à QUITANDA ABRONHENSE hoje, no comecinho da noite, para entregar ao seu José e ao Charles, meus livros que eles me pediram autografados. Felipinho Cereal e Luiz Antonio Simas, parceiros de todas-as-horas, dividirão umas garrafas de Brahma comigo. Sem alarde. Sem tumulto. E apenas até às oito da noite, quando seu José parte, com a dona Conceição, em busca do merecido descanso de todos os dias.

Quem quiser dar o ar da graça, que o faça dentro desse espírito.

E depois, quando as portas de ferro da quitanda descerem ao chão, seja o que a Tijuca quiser.

Até.

2 comentários:

. disse...

Desde que você fez uma crônica sobre a quitanda Abronhese, tenho feito de tudo para tentar conhecer, mais infelizmente ela fecha cedo. Poremmmm hoje eu é que vou fechar o expediente mais cedo... passar no Mundial e matar essa cede que já me aflige desde cedo !!!!

Ô Sorteeeeee ....

Abção ....

Eduardo Goldenberg disse...

Kadu: até mais tarde, então. E pianinho, malandro... que o seu José não quer tumulto. Abraço.