31.7.09

DO DOSADOR

* estive ontem ao lado de mais de 30.000 pessoas, no Maracanã, para ver a vitória de virada do Flamengo sobre o Atlético Mineiro por 3 a 1. O jogo foi, em tudo, perfeito, e desde muito antes de entrarmos no estádio - que jogo de futebol, meu poucos mas fiéis leitores, pra torcedor que se preze, começa muito antes do apito inicial. Às sete e meia da noite já bebíamos na concentração no BODE CHEIROSO, na General Canabarro, comandado pela fabulosa Martha (ou seria Marta?). Eu, Bemoreira, Henrique, Tiago Prata, garrafas de Antarctica derrubadas (Leo Bemoreira Boechat chegou e primeiro e decidiu o rótulo), uma generosa porção de salaminho fatiado pelo Bigode e tomamos a direção do maior do mundo (será sempre, e para sempre, o maior do mundo). A idéia era garantir o tanque cheio durante os 90 minutos a seco, que ninguém pode ver futebol no estádio bebendo Itaipiva sem álcool. Qual o quê?! Encontramo-nos, nas arquibancadas, com Felipinho Cereal, que fora assistir a derrota de seu América para o Artsul por 2 a 1. Qual um cão perdigueiro, perserverante, ágil, atento e um grande farejador, Felipinho Cereal apareceu, nos primeiros minutos do primeiro tempo, com latas de Antarctica, geladíssimas, obtidas após uma fabulosa perseguição atrás de um vendedor portando uma suspeitíssima bolsa de plástico branco de onde pingava a água do gelo! Aliás, preciso lhes contar isso. Havia uma esquema incrível no estádio. Os vendedores de cerveja, todos, tinham rádios. Comunicando-se com eles, umas espécies de maitres espalhados estrategicamente a cada dois setores das arquibancadas indicando a posição da freguesia sedenta. O que nos garantiu, até o apito final, cerveja estupidamente gelada pelo mesmo preço da sem álcool. Decidimos, eu e Bemoreira, que levaremos o Felipinho a todos os jogos, pagando seu ingresso e os 10% do consumo;

* final do jogo e tomamos o rumo do ACONCHEGO CARIOCA e depois do PETIT PAULETE, na Praça da Bandeira, onde comemoramos a vitória até pouco depois de uma da manhã. Praça da Bandeira, quero repetir. A praça não dá bandeira, como sugeriu Luciana Fróes, em lamentável e deselegante reportagem n´O GLOBO (onde mais?);

* eu gostaria de lançar, aqui, uma campanha cívica, uma cruzada nacional. Peço a todos vocês, meus poucos mas fiéis leitores, que procurem nas redondezas (mercados, supermercados, quitandas, delicatessens, o diabo!) por garrafas de Macieira, o Macieira Cinco Estrelas. Peço, mais, que perguntem pelo preço da unidade e pela quantidade disponível. Há um amigo meu, um queridíssimo amigo meu que me pede sigilo de sua identidade, precisando (o verbo foi usado por ele) estocar Macieira em casa. Rumores dão conta do fechamento da fábrica, pelo que urge atender ao necessitado. E-mails, por favor, por aqui;

* domingo, quero repetir, vai tremer a esquina da Pardal Mallet com Afonso Pena. Com Luiz Antonio Simas de volta (ele está pra chegar, leiam aqui) e com jogo do Flamengo no Maracanã às 16h, o dia promete;

* sugiro a vocês, por fim, que comprem a edição de amanhã do JORNAL DO BRASIL. Este que vos escreve estará lá, no CADERNO IDÉIAS, com texto ilustrado pelo Stocker, criador do genial Tulípio (vejam aqui).

Até.

4 comentários:

leo boechat disse...

Como um cão perdigueiro, nosso maître particular se integrou ao esquema dos traficantes de Antarctica. No final, já tava até pedindo pro Júnior e seu amigo de camisa polo azul um Nextel daqueles. O Bode Cheiroso, antes do jogo, estava perfeito. Degustei também um farto sanduíche de provolone. E o Henrique que NUNCA vê o Flamengo perder?

fraga disse...

Desde já me solidarizo com Pipo: maître é o cacete! Vá ter falta de respeito assim lá no circuito da Fórmula 1, emcimadomurista.

p.s. Pipo: cão perdigueiro?

Felipe Quintans disse...

O Henrique é gente finíssima, moleque muito bacana mesmo.

Não exagere Leo, não exagere. Comprei como todos que ali estavam.

Unknown disse...

Querido, você esqueceu de comentar a cena, lindíssima, da torcida do Mengo gritando o nome do Andrade no fim do jogo!