29.7.09

A INVASÃO PALESTRINA

Atentem para o que vou lhes dizer. Em 07 de novembro de 2008, escrevi PALMEIRAS: UM FENÔMENO NO RIO, leiam aqui, texto que fez (ainda faz) gigantesco sucesso gerando, até o presente momento, 56 comentários (dez vezes mais que a média de público de qualquer debate político [eles não fazem comício] promovido pelo PSOL). Tratava do fênomeno da proliferação aguda de torcedores do Palmeiras na cidade do Rio de Janeiro. Em 12 de dezembro do mesmo ano, e sobre o mesmo tema, escrevi PROVAS CABAIS, leiam aqui. Em 21 de dezembro, escrevi PROVAS CABAIS, repetindo o nome e o mote, leiam aqui. E em 08 de maio de 2009 tornei a publicar novo texto com o mesmo nome e mesmo mote, PROVAS CABAIS, leiam aqui. Pois bem. Feito o intróito, vamos aos fatos.

É sabido e consabido que em 1976 houve, aqui no Rio, a chamada invasão corinthiana. Para a disputa da semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano milhares de torcedores do Corinthians atravessaram a Dutra em centenas de ônibus fretados e tomaram o Maracanã de assalto (o que não chega a ser uma graaaaande vantagem, já que a torcida do Fluminense está para o futebol assim como o PSOL para a política: um permanente fracasso de público). Mas houve, é fato, a invasão corinthiana.

Disse isso tudo para lhes contar o seguinte.

O BUTECO DO EDU registrou ontem, 28 de julho de 2009, um recorde.

Breve pausa.

Escrevi 28 de julho de 2009 e lembrei-me que no sábado passado, 25 de julho, comemorou-se, pela primeira vez, aqui no município do Rio de Janeiro, por obra, graça e iniciativa de um vereador do PSOL, o Dia Municipal da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha (vejam aqui). Não me consta que o autor da importantíssima lei tenha promovido qualquer festa (o PSOL adora festa) para dar algum sentido à sua iniciativa. Se alguém souber de alguma coisa, por favor, avise-me por aqui. Volto ao tema de hoje.

O blog tem suas visitas controladas por três contadores. O SITEMETER (aqui) registrou 799 visitas únicas e 1.097 page views; o EXTREME TRACKING (aqui) registrou 754 visitas únicas e 1.023 page views; e o GO STATS (aqui) registrou 728 visitas e 1.097 page views.

A que se deveu - eis o que queria lhes contar desde o início! - o fenômeno?

A torcida do Palmeiras, a massa palestrina, grande parte dela egressa da organizada ACADÊMICOS DA SAVÓIA (vejam aqui) literalmente invadiu o balcão virtual do BUTECO e cravou o recorde absoluto de visitas num só dia (os contadores têm mecanismos fabulosos de rastreamento das visitas!). Houve muitos comentários aos textos a que me referi no primeiro parágrafo do texto de hoje e eu fiquei - confesso - feliz com o troço.

Eu, que jamais escondi de vocês a simpatia que tenho pelo Palmeiras, muito por conta do homem da barba amazônica, Fernando José Szegeri, um dos maiores palestrinos do Brasil (vejam aqui que eu me fantasiei de Fernando José Szegeri no Carnaval de 2007, com a camisa do Palmeiras!, e na foto estou ao lado do palmeirense Fernando Borgonovi e do corinthiano Julio Vellozo).

A ele, Fernando José Szegeri (encho a boca para lhe dizer o nome), a Fernando Borgonovi, aos palestrinos da família Tirone, a Marcus Gramegna, ergo o copo num brinde confessando que me invade uma vontade absurda de embarcar pra São Paulo, hoje ainda, para ver Palmeiras e Fluminense ao lado deles.

E me permitam: Obina! Obina! Obina! Assim mesmo, três vezes.

Até.

27 comentários:

Unknown disse...

Boa, Eduardo.
AQUÍ É PALMEIRAS!!!!
Você será muito bem vindo ao Palestra Itália.
Abraços.

Paulão Rio Preto

Eduardo Goldenberg disse...

Valeu, Paulo! Seja bem chegado ao BUTECO. Estive no Palestra Itália uma única vez para ver um Palmeiras e Fluminense, debaixo de um dilúvio impressionante, ao lado de Fernando José Szegeri, o homem da barba amazônica, portentoso palestrino de quem sou irmão, com tremendo orgulho. E estou com muita vontade de voltar hoje, pra ver o Obina ensacar três vezes o gol dos bambis cariocas. Abraços.

Vanessa Dantas disse...

Estarei lá, no templo sagrado! E possivelmente debaixo de um dilúvio! Que seja um bonito jogo, o que duvido um pouco se a chuva não parar! Mas definitivamente não dá para perder a estréia do Muriçoca. Beijo.

Anônimo disse...

Somos todos PARMERISTAS!

José Sergio Rocha disse...

Com todo carinho ao querido Sze, continuo achando que essa história de ter mais palmeirenses do que flamenguistas no Rio de Janeiro é uma tremenda maionese do Edu.

mcuzziol disse...

Edu, a invasão se deve também porque o seu texto de 07/11/2008 foi colocado no ontem no forum do PDT, Palmeiras Todo Dia por um forista chamado alemão.

Seja bem vindo ao Palestra.

Ao José Sergio, eu não entendi assim que tem mais palmeirenses do que flamenguistas no Rio.

Saudações a todos aí do Rio.

Eduardo Goldenberg disse...

Mcuzziol: liga não, cara. O José Sergio, que é madrinha de metade dos freqüentadores do blog, "anda variando". Abraço, seja bem chegado.

Unknown disse...

Grande Edú,
Sou paulistano, palestrino e hoje moro na Terra do Sol (Fortaleza).
Leve os bons fluídos da Cidade Maravilhosa para o nosso Caldeirão Verde.
Boa sorte à você e ao Muricy.
Abraços

alexandre disse...

Eduardo...boa tarde.

Se um dia deste vc nôs der o Prazer da sua presença no Palestra, pode ter certeza que será bem recebido, e desde já deixo registrado o convite para um bom papo regado a boa cerveja e pesticos na Losteria Palestra, um cantinho tematico em frente ao portão principal do Palestra na rua turiassu.
saldações Palestrinas.

Bonatto disse...

Eduardo! Morei no RJ dois ótimos anos de minha vida, e como bom Palestrino, exibia o manto esmeraldino com grande frequencia pelas ruas cariocas! Aproveitei para ler seus outros posts, e deixo os parabéns. Todos muito bem escritos.

Quanto a simpatia pelo Palestra, só temos a agradecer e retribuir, acolhendo bem um `meio-palestrino`.

Abraço!

José Sergio Rocha disse...

Mcuzziol, seguinte: do jeito que o Edu fala sobre a quantidade de palmeirenses no Rio, parece estar dizendo exatamente o que falei. Que tem mais periquito do que urubu aqui. Ontem me contaram que tinha um desses ensandecidos na roda de samba da Pedra do Sal, um que tem nome italiano que parece nome russo...

José Sergio Rocha disse...

Edu, madrinha é o apelido do meu segundo melhor amigo - o primeiro é o fígado, o terceiro o cérebro etc.

Marcelo Peixoto disse...

Sábado passado, 25/07, tava tendo uma festa num sindicato - não me lembro o nome do sindicato - que tinha várias pessoas com a camisa do PSOL. Na Joaquim Silva, Lapa. Acho que era uma festa promovida pelo partido. Não sei precisar se era em homenagem ao Dia Municipal da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.
Porém, tinha umas mulheres de camisa lilás, que parece ser a cor referência do movimento feminista.
Tiveram umas pessoas - acho eu que estavam na festa psolina - que foram pro bar que eu estava. Essas pessoas vestiam uma camiseta que dizia "Movimento Marina Silva Presidente". Estou supondo que alguma corrente do PSOL - eles adoram brigar entre correntes internas - esteja tentando cooptar a Marina Silva pro PSOL.

Abraços e viva o buteco!

Anônimo disse...

Edu, meu irmão, o que você fala é a pura verdade. Tão factual e palpável quanto o chope no balcão do Café Gaúcho. Tão descarado quanto à falta de público dos comícios do PSol no Lume.

Vejamos: domingo último estávamos - eu, minha amada anã (da Barão de Ubá e não Matoso) e meu cunhado - em REALENGO (com caixa alta) para almoço com minha digníssima sogra, dona Fernanda. Qual a primeira camisa de time que avistamos no ermo bairro? Respondo: da Sociedade Esportiva Palmeiras, o maior clube do mundo. E era a do Valdívia.

Qual foi a segunda camisa de clube vista? A minha, igualmente verde.

Mas não paro por aí. Após a saraivada do Obina (Oh, Obina é melhor que o Gordô!), volto para a Tijuca. Bêbado, vou dormindo no ônibus, mas meu atento cunhado me acorda para a boa nova: a terceira camisa esmeraldina do domingo.

E por acaso acabou? Não. A torrente verde prossegue na Tijuca, à porta de um botequim, próximo ao Mundial da Matoso. A quarta indefectível camisa alviverde do domingo era alusiva à Libertadores de 99.

Um abraço.

P.S.: Zé Sérgio, fui eu - confesso -, com a camisa do Verdão na Pedra do Sal.

Borgonovi

Anônimo disse...

"já que a torcida do Fluminense está para o futebol assim como o PSOL para a política: um permanente fracasso de público). "

Leviano pacas, hein, meu amigo!

Até parece um tal estagiário de direito que acha que samba é cafona!

Te indico ler algumas crônicas do Nelson Rodrigues sobre a massa pó-de-arroz! Ou então, assistir alguns vídeos da torcida do flu na libertadores do ano passado.

Mas se você prefere puxar saco de torcida de paulista, que torce tão mal quanto faz samba, o problema é seu.

Forte abraço,

Marcos Castro

Eduardo Goldenberg disse...

Marcos Castro: publico seu comentário anônimo (sem login) por educação. Vamos por partes.

01) não fui leviano e não sou seu amigo, pelo que me consta;

02) ninguém leu (ou lê) mais o Nelson que eu;

03) da Libertadores do ano passado lembro-me apenas da LDU;

04) não puxo o saco de ninguém;

05) o Palmeiras tem uma grande torcida, em tudo superior à do Fluminense;

06) há grandes sambas em SP, grandes sambas.

Era isso.

Um abraço.

fraga disse...

o que seria a dita "massa pó-de-arroz" [cáspite!] a que se refere o anônimo acima?

curiosa essa historinha que insistem em pregar por aí, de que a torcida tricolor deu espetáculo na final da libertadores - aquela patética chuva de pó-de-arroz e foguetinhos coloridos [bem à feição bambi] só impressiona os pedros bials e outros de ocasião, que vão ao maraca duas vezes na vida e só em final de campeonato.

devem temer ver a maior do mundo sob pena de virar a casaca ...

saravá!

p.s. "massa pó-de-arroz", putaquepariu ...

Anônimo disse...

Edu,sobre a Libertadores do ano passado, você já se esqueceu do Cabanas?

Abraços,

Marcos Castro

Rodrigo Pian disse...

Reli aqui e esse lance de mais palmeirenses do que tricolores veio da minha cabeça mesmo.

Agora, mantenho que a torcida do Flu(ela como o seu clube, ainda em dívida com a segundona - quem sabe esse ano?) deu show na Libertadores.

Eduardo Goldenberg disse...

Marcos Castro (ainda anônimo): quem é ou o que é Cabanas?

Rodrigo Pian: não respeito a opinião ou a impressão de quem se intitula "cupincha do Eduardo Paes".

Abraço aos dois.

fraga disse...

show na libertadores? torcida do flu? tsc, tsc, tsc ... [ah, sim, me esqueci dos 18 da kombi, que se impressionam à toa ...]

quem é cabanas? quem é lênin?

saravá!

Rodrigo Pian disse...

Goldenberg,

Sou cupincha do Paes com muito orgulho. Na política, assim como na vida, ninguém nasce de chocadeira.

Foi no grupo de trabalho do atual prefeito que encontrei espaço para trabalhar com o que sempre quis pra mim: a área pública.

Mas você tem todo o direito de dar seu julgamento apressado (preconceituoso e charmosamente rabugento) acerca das minhas opiniões e impressões. Ainda mais no seu próprio balcão!

Um abraço de quem agora vai beber quieto em algum cantinho deste buteco.

Daniel A. de Andrade disse...

FRAmengos, queridos,

Cabanas, saravas e lênis à parte, cumpre registrar a grande notícia vinda da "Comunidade Gávea": o maior (o autêntico!) mengão de todos - aquele mesmo, que veste a camisa para se agasalhar com Madames Satãs modernas -, acabou de fazer uma lipo. Parece que deseja, enfim, cumprir a promessa descumprida e unir-se aos seus.

Saravex!

Daniel A.

fraga disse...

Por partes:

Ninguém, ninguém [com a ênfase szegeriana, sem "apud"], pode ser cupincha do duda paes com orgulho.

Aliás, orgulho por conta de "grupo de trabalho" político? no Rio? A ver: com o turismo em baixa, eleger Jandira secretária? ... Nem Cesar Maia faria tanto por nosso Município; haja trabalho [político, decerto ...].

Saravá!

p.s. ao que se sabe, que vista a camisa do clube, a maior de todas as bibas é, CLARO, tricolor, o bom fred, que teve um destroncamento de mamilos e não jogará muitas outras partidas doravante - ao que consta, naquele amontoado outros seguir-lhe-ão os passos.

p.s.1 e cantinho, por cantinho, sem cotovelo no balcão, por favor.

Rodrigo Pian disse...

Fraga,

A Jandira é Secretária de Cultura, e não de Turismo.

Sua nomeação (talvez improvável em um primeiro momento) é reflexo da composição feita no segundo turno. Qualquer um sabe disso. Política é assim. E, que eu saiba, não há nada de errado em composição.

E ela (a Jandira), até agora, não tem feito um trabalho ruim. Lógico que pode melhorar. Não só ela como todos nós.

Sei que para os mais velhos como você e o Goldenberg a imagem do atual prefeito não é tão diferente do cão chupando manga.

Mas eu tenho orgulho sim de ser cupincha do Paes.

Sou (ainda) desprovido dos ranços políticos da geração de vocês.

Tenham-me na conta do ingênuo, tenham-me na conta do elitista babaquinha, tenham-me na conta do oportunista político. Realmente não me importa.

Vocês, infelizmente, são tão intolerantes e apressados como os jovens do Buraco do Lume que tanto criticam.

Contudo, são inteligentes, charmosamente rabugentos e, apesar da intolerância, são bons interlocutores.

(...)

E prometo, depois dessa, abaixar meus cotovelos do balcão.

Um abraço sempre alvinegro,

Pian

fraga disse...

Caro Pian,

Em sendo você amigo do Andreazza, não poderia esperar resposta menos elegante, sabedor de que tudo não passa de mera provocação.

Quanto à Jandira, independentemente da pasta [da cultura, no caso], após o que o nosso bom almofadinha falou a respeito da dita-cuja na campanha, digo, com a ênfase szegeriana, que ela jamais poderia ter sido convidada para o que quer que fosse, e essa conversa de reflexo de composição é papo para a manada ir dormir - sim, o trabalho dela é medíocre, não há rigorosamente nada de relevante sendo feito no âmbito municipal, e eu seria capaz de apontar pelo menos 10 nomes melhores que o dela.

Não tenho você na conta de elitista babaquinha, ao contrário; qualquer hora dessas esbarramos por aí, cotovelo no balcão.

Saudações rubro-negras,
Fraga

Rodrigo Pian disse...

Fraga,

Eu sempre soube que você é um coroa sangue bom!

(Note que nem tão cedo as provocações - sejam elas políticas, futebolísticas ou etárias - cessarão)!

Sua opinião sobre a Jandira é válida, e eu também consigo pensar em vários nomes interessantes para a pasta sem ser o dela.

Mas mantenho o que te disse: à ocasião, seu apoio era importante, inclusive porque contava com parte significativa do movimento estudantil.

Quanto ao seu trabalho, ainda acho cedo para julgarmos. Acho que o subsecretário da Jandira, o Sr. Mario Del Rey, é um sujeito que corre atrás para que a pasta seja movimentada.

Isso sem contar o apoio do Carlos Lessa, que apesar de ser meio xiita, tem boas posições sobre a cultura fluminense. (Além de ser um bom mecenas também).

Acho que é isso. Pelo menos por enquanto.

Com certeza, e digo com a felicidade de quem está com excelentes interlocutores, nos esbarramos neste balcão!

Um abraço (sempre, sempre) alvinegro a você e ao Goldenberg,

Rodrigo Pian