4.10.09

ELES ODEIAM O BRASIL

Muita gente tem me perguntado por e-mail - e eu confesso que não entendo o por quê - sobre a razão que me move a "bater tanto" (a expressão não é minha) no PSOL. Vários equívocos levam a isso, a essa pergunta, que nada mais é do que outro equívoco: eu não bato em ninguém, portanto não bato no PSOL. Apenas me divirto (e me irrito) com o PSOL. O partido da solidariedade, do socialismo e da liberdade (que pra eles é boa apenas em mão única), é patético. Não tem NENHUM (com a ênfase szegeriana) projeto para o Brasil. Eu disse - e repito - nenhum.

Vejam o caso do vereador Eliomar Coelho (é vereador do Rio, me é mais fácil falar dele).

Duas de suas impactantes e recentes propostas de lei eu mostrei aqui e aqui. No mais, e eu procuro acompanhar seu trabalho na Câmara Municipal para dar cores de coerência ao que penso, o trabalho do PSOL, no Rio, é patético (o de Chico Alencar, em Brasília, também).

O Rio, cheio de problemas - e vivendo um momento de justificada euforia por conta da escolha da cidade como sede das Olimpíadas em 2016 -, recebe o quê do leporídeo legislador municipal? Um manifesto de solidariedade ao povo cubano (vejam aqui), como se já não bastasse a preocupação leporídea com as mulheres negras, latino-americanas e caribenhas (as brasileiras, o Brasil, não importam a ele).

Além disso, vivem, os membros do PSOL, preocupados em manifestar solidariedade ao povo hondurenho, em combater a presença de forças militares norte-americanas na Colômbia, em apoiar a luta do povo indígena contra as oligarquias na Bolívia, contra a presença das forças militares na Colômbia, em protestar contra a diminuição do grupo de oposição do congresso peruano (vejam aqui).

Na sexta-feira mesmo, dia do anúncio da cidade como sede dos jogos olímpicos de 2016, foi Luiz Antonio Simas quem me alertou: através do TWITTER, correligionários solidários, socialistas e libertários bradavam contra a escolha e ameaçavam - fora de hora - os administradores da cidade com promessas de vigilância absoluta sobre a condução das obras visando melhorias por conta dos jogos (como se a bandalha com o dinheiro público não fosse universal, endêmica e constante, com ou sem jogos olímpicos). No Buraco do Lume, já na sexta-feira, gritavam, como histéricos, contra a coisa toda (é só o que sabem fazer) - dia desses, o que me arremessou ao passado, ouvi Renato Cinco bradando contra o FMI.

Comemorar, ficar feliz, brindar ao Brasil, ao Rio de Janeiro e à conquista, nada disso faz parte do vocabulário dessa gente.

Eles também, a seu modo, odeiam o Brasil.

Até.

6 comentários:

Claudio Renato disse...

Infantismo esquerdalóide!

Louvemos o que bem merece, como a Mercedes Sosa, o Lula e o Rio de Janeiro, por exemplo!

Dumont disse...

É Edu. Eu amo o Brasil. Gosto mesmo do nosso pais. Lembro na última copa, que eu fiquei toda enroladinha na cama e chorei. Chorei muito e fui pra rua, chorar mais e beber mais uma e chorar mais ainda.. Meu filho perguntou, mas porque choras? Tá passando mal? Ai, como explicar. Tô chorando porque o Brasil perdeu. É dificil entender essas coisas e estou aqui te falando só com o coração (de psol não entendo nada de nada). Mas lei precisamos e de projetos que não apreciem tanto a mulher de lá mas a de cá mesmo. Sabe aquilo que falam "a grama do vizinho é sempre mais verde". Chega. Vamos olhar para o nosso umbigo, nossos problemas e fazer por onde. Fora psol. Falei nada. Por isso seu irmão nunca me deu bola rs. Abraços.

Reynaldo Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ulysses Dutra disse...

"Eles também, a seu modo, odeiam o Brasil."

Falou e disse.

abs

Renato Cinco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Antonio Bastos disse...

Quem se lembra (ou sentiu na pele) do que aconteceu na época do PAN não tem muitos motivos para "festejar" as Olimpiadas... Despejos, Remoções de comunidades, Mega-operações policiais que mais pareciam chacinas (vide caso do alemão) e por ai vai.