18.10.09

HÁ DOIS ANOS, NO BUTECO...

Eu já havia escrito, em 25 de maio de 2007 - leiam aqui - um texto chamado A CANALHA: MODUS OPERANDI. Volto, hoje, em razão dos últimos acontecimentos, que desenredarei ao longo deste texto, ao mesmo tema: o modo de agir da canalha.

Esse que vocês vêem na foto abaixo é meu irmão Luiz Antonio Simas. E isso que vocês vêem meu irmão bebendo é cerveja (duas, eis que ele é, como eu, um exagerado). Luiz Antonio Simas estava, é importante dizer, nesse dia, no Maracanã.

Luiz Antonio Simas, Maracanã, 29 de setembro de 2007

E ontem, quando jogaram Brasil e Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no Maracanã, lá estava Luiz Antonio Simas, com quem falei há pouquíssimo. Disse-me o sábio:

- Edu... o pior programa do mundo, para quem gosta de futebol, é assistir, in loco, a uma partida da seleção brasileira...

E na mesma linha do que lhes contei ontem, leiam aqui, saiu descendo a borduna nas babaquices que a canalha aprontou para o (pausa para o vômito) "jogo da família", como anunciou, incansavelmente, durante a semana, o pentelho do Galvão Bueno (sem o negrito, evidentemente).

Disse-me o Simas que entrou cedo na expectativa de beber umas geladas antes do jogo. Por ordens da FIFA, que como a CBF é um nicho de ladroagem aguda, a venda de bebidas alcóolicas estava proibida. Meu filho, o Prata, que foi com a mãe ao jogo, já havia me ligado, às nove em ponto, já de dentro do estádio, vociferando ao telefone:

- Não tem cerveja! Não tem cerveja! E agora?

Disse-me o Simas, assombrado, que o sistema de som do Maracanã tocou a valsa DANÚBIO AZUL (!!!!!), com incentivos para que a torcida fizesse coreografia. Uma parte - os babacas, evidentemente - atendeu ao patético apelo. Mas a grande maioria alternava cânticos carinhosos em direção ao Galvão Bueno - vejam aqui, imperdível! - com o grito de "CERVEJA! CERVEJA! CERVEJA!". Quer dizer... o tiro saiu pela culatra, já que esse papo de jogo sem palavrão, com toda a licença, é de uma escrotidão sem tamanho.

Dito isso, vamos em frente.

Quero, agora, lançar luzes sobre os comentários deixados aqui, no texto UM SÁBADO MAIS-QUE-CARIOCA, pelo Gabriel Cavalcante e pelo Rodrigo Ferrari, meu querido Folha Seca. Vamos a eles, nos trechos que me interessam. Disse o Gabriel:

"Realmente o dia foi maravilhoso, só teve um contra: ao chegar no Capela ao lado do Rodrigo Folha Seca, fomos informados pelo Cícero que não poderíamos sentar na mesa escolhida pois estava reservada para um grupo de Ipanema que por sua vez só ia pro Capela se fosse atendido pelo Cícero.

Aí já é demais.

Mas não teve problema, fomos atendidos pelo Miro, (...)."


E emendou o Folha Seca:

"Caraca, Gabriel!

(...)

Acho que sublimei esses momentos por conta da decepção ocorrida no Capela. O Cícero era nosso baluarte! Trocados por um grupo (que podia vir de qualquer lugar, mas que sintomaticamente vinha de Ipanema) que talvez nunca tenha ido lá e provavelmente jamais voltará (notei quando entraram que nenhum deles conhecia o Cícero).

Fiquemos então, por algum tempo, com o Miro, também grande figura, até o dia em que o Cícero se redimir com a gente.

Reserva no Capela, nem o Marecha eu tinha visto conseguir...

Mas se a gente viesse de Ipanema..."


Disse bem o poço artesiano de doçura e de ternura... Sintomaticamente o grupelho vinha de Ipanema.

É EVIDENTE que os imbecis não conheciam o Cícero. É EVIDENTE que consultaram um vade-mécum de otário, como bem diz meu mano Szegeri, acharam bonitinho um jantar na Lapa, leram que o Cícero é um craque (e é, como também é vítima dessa história, já que seguramente o dono o obrigou a manter a reserva em detrimento de clientes fiéis, como o Gabriel e o Rodrigo) e bateram o pé com a exigência nojenta.

É assim, a canalha.

Pensa que pode comprar tudo e todos. Pensa que pode tornar tudo asséptico demais, descolado demais, tudo à sua moda.

Mas há de chegar o dia dela.

Não passarão!

Antes de terminar, uma pergunta pública pro Szegeri:

Querido... o que esse seu irmãozinho aqui faria se lá estivesse, hein?!

Até!

3 comentários:

Andrea disse...

oi Edu. Ganhei uma cantada do hoje. Calma ai, deixa eu explicar. Fui prosa prosa, como fazia antes, beber no bar da esquina. Tinha meu vizinho bebabo, que já estou acostumada, mas que hoje me surpreendeu. "Daniel tá fofinha né?". "Daniel, você quer ir lá em casa comer bife a milanesa". E eu ali, vendo essa coisa sem acreditar. Só pensando: "é pedofilo.". Guentei isso, Edu. Pensando. Não quero ser mal educada, mas tá foda! Desculpe, mas eu falo palavrão. Dai, ele foi embora. E dai que sentou outro. Esse agora bigodudo. Eu não ligo pra idade e barriga e adoro quando me acham bonita e etc e tal. Mas caralhos, dá pra me deixar em paz quando bebo? Eu quero frequentar todos os bares e botecos (sei lá como tu gosta que escreva.. butequim buteco bar da esquina... tô meio puta agora pra pensar nisso, ok?) que tu falas e me enche de lembranças que não tenho (meu pai não bebia e minha mãe com 1 latinha de itaipa já ronca e quase baba) enfim. Me perdi, Onde eu estava? Daí, que veio uma conversa muiiiiito doida e me chamou para um samba em larajeiras e observou que ele come demais e o acompanhante dele, que parece um bandido mesmo, falou " tu não mora ali?". E dai quando olhei pra frente, tinha outro coroa (ai,.. tô ficando velha né) me acenando ... assim... "não não não".

Morri de medo. Pedi a conta e agora tô morrendo de fome. Vou fazer alguma coisa aqui pra comer. Beijos Edu.

Andrea disse...

Edu, as vezes eu esqueço de trocar o login. Eu e a Luiza Dumont somos a mesma pessoa. Não faço isso para passar por anonima ou para fazer mais de um comentário. É esquecimento mesmo. Depois te conto, outro dia, o motivo da Luiza, meu alter-ego. Até o proximo fds. Abs. Ah, guentai. Agora lembrei porque vim aqui hoje. Para falar do Maracanã. A última vez que fui lá me perdi. Fui com um namoradinho e toda prosa porque homem quando chama a gente para ir ver jogo com os amigos é porque está apaixonado. Então fui né? E ficamos bebendo do lado de fora (ainda podia beber ali na frente) e dai no intervalo fui no banheiro. Cerveja, jogo, essas coisas... "Volto já amor.". Eu me perdi no Maracanã. Fui perguntando de um em um, subindo cada escadinha daquelas. Tremia de medo e raiva. Ai que raiva que me deu. Ele me achou, igual criança perdida na praia. Eu dei tanto esporro nele, tava nervosa. Tadinho, fez tudo pra me agradar e eu me perdi no Maracanã. Não deu certo enfim esse namoro. Claro que não por falta de cerveja. Por causa dela, é obvio. Mas jogo sem cerveja não dá. Eu criei meu filho vendo jogo aos domingos. Domingo é dia de futebol. E cerveja. Até ele sabe disso.

Volto no próximo final de semana. Se estiver te incomodando me avisa que passo a só ler. abcs.

B. disse...

O que vc faria, se lá estivesse, eu não sei. Mas sei que eu daria praticamentequalquercoisa pra assistir!
=]

Saudadocê.

PS: Deve ser a coletiva mais longa da história. Tô esperando há 15 dias!