29.10.09

SALVE A PRAÇA XAVIER DE BRITO!

Os mesmos fascistas que organizaram uma grita contra o projeto da Secretaria Municipal de Habitação de transferir centenas de famílias que vivem nas favelas da região para um terreno abandonado na rua Conde de Bonfim, na minha Tijuca, (relembrem o imbróglio lendo isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui, isso aqui e isso aqui), os mesmos que mantêm um lamentável blog intitulado CITY TOUR DA DESORDEM URBANA (com escassa visitação), comemoram mais uma notinha por eles plantada no igualmente lamentável jornal GLOBO TIJUCA, encartado no também lamentável jornal O GLOBO às quintas-feiras (entendam o modus operandi desse jornaleco, aqui). Digo lamentável jornaleco pois o tal encarte em vez de exaltar o que há de bom no bairro (e isso não caberia em todas as suas edições) pisoteia a Tijuca, semana após semana, e de forma implacável (para delírio dos membros do grupelho intitulado GRUPO GRANDE TIJUCA, que faz reuniões, que traça planos, que fixa metas, bem à moda de outros tantos de triste passado).

Pois hoje, vejam vocês o que foi publicado (e republicado no tal blog a que me referi):

fotografia retirada do blog CITY TOUR DA DESORDEM URBANA

O que é que tanto incomoda aos fascistas?

Se vocês não percebem, eu digo: os pobres, meus poucos mas fiéis leitores.

Reclamar da falta de policiamento, é disfarce.

Reclamar do cheiro dos cavalos (a praça é mais conhecida como "praça dos cavalinhos", pô!), é disfarce.

Mas eles não conseguem esconder a verdadeira intenção: a frase "as crianças tomaram banho e enchiam a boca de água suja" e a fotografia publicada falam sozinhas e arrancam a máscara dessa gente que não suporta o povo e sua gente mais simples (queriam o quê, uma praça só para seus filhos?, ora, ora, vão viver nos playgrounds detestáveis da Barra da Tijuca!).

Eu, que há anos frequento a Xavier de Brito, que ali bebo meu chope na companhia gloriosa do Pavão e da Dona Jô, para onde levo sobrinhos, sobrinhas, afilhados e afilhadas, onde vou visitar a legendária Dona Olívia e o seu Antônio em seu casarão na Doutor Otávio Kelly (leiam aqui e aqui) sei que a piada de quinta categoria imprimida pelo grupelho (que pouco fez da manifestação do subprefeito da Tijuca, Gustavo Trotta) não faz o MENOR (com a ênfase szegeriana) sentido.

A Tijuca é muito maior do que os que pretendem vê-la por baixo.

Até.

6 comentários:

Diego Moreira disse...

Pretendo que meus filhos passem os primeiros anos de suas infâncias aqui na Tijuca, bem pertinho da praça dos cavalinhos. E é lá que eu pretendo que ele se divirta aos domingos, andando em charrete, montando em Ponney e tomando banho no chafariz nas tardes mais quentes. Aprendendo um pouco sobre respeito aos semelhantes e aos animais, sobre convivência, sobre dividir o espaço público com os demais e essas coisas que fazem de nós cidadãos um pouco melhores.

Beatriz Fontes disse...

Eu amo a Xavier de Brito. Aquele recanto faz parte de mim, assim como a Tijuca inteira. Em torno daquele chafariz, andei muito de velocípede e, depois, de bicicleta com rodinha. E veja que fui criança de brincar na rua, de todos piques e jogos de bola possíveis, pé no chão... Mas ir à pracinha com meus pais nos fins de semana fazia toda a diferença. Era sempre uma oportunidade de se sentir um pouco na roça, em meio a bodes, cavalos e charretes.

Fico feliz que aquilo ali continue a existir, com seu parquinho democrático. Claro que eu ficaria mais tranquila e feliz se a água do chafariz estivesse sempre limpa, não só para evitar os possíveis mosquitos, mas também para que crianças sem piscina no jardim (ou no play, já que jardins são cada vez mais raros de se ter) possam tomar banho sem riscos de doenças, em paz.

Anônimo disse...

Parabéns Eduardo,


Sensacional como sempre, temos que dar mais valor a tradição tijucana.

Ricardo
Portal Tijuca-RJ

Andrea disse...

Edu, não entendi o seu post. Li e reli 2 vezes. Eu não entendi. Ampliei a foto para ver se tinha algo, se tinha algum mendigo derrubado tentando andar de cavalo, mas eu não vi. Onde estão os pobres?


Diego, andar de cavalo ponei é o máximo. Mas aqui na Tjuca não tem muitas diversões pra criança. Cadê os teatros? E o circo? E uma praça com brinquedos? E andar de bicicleta?

abs

Diego Moreira disse...

Dedéia, com a exceção do teatro (temos o Ziembinzky) e o circo (vira e mexe tem um na praça onze) a Xavier de Brito nos bastará aqui do lado de casa.

Beijo.

Andrea disse...

Diego, hoje passei de novo, pelo segundo sábado seguido, na praça afonso pena. Eu gostei. Dá de 10 na praça saens pena. Tava cheio de crianças.

Você escreveu sobre 2 coisas que não conheço. Pensou que fosse o circo né? Nunca fui no Ziembinzky e na Xavier de Brito. Calma aí que sei onde são. E agora está declarado e prometido, "amanhã vou lá".

Mês passado fui no circo em vila isabel. Gostei muito e isso é verdade.

Mas ai perto de tu tem uma ladeira super gostosa. Rua sem saida com uns bichinhos (falavam) feitos pelo morador. Eu ficava horas olhando o maior e o finalzinho de agua que acabava ali. Ainda tem?

Abcs