3.11.09

CADA UM TEM O DOMINGO QUE MERECE

Cada um tem mesmo o domingo que merece. Enquanto os fascistas daquele blog cujo nome não pronuncio - os tais que se dizem membros do GRUPO GRANDE TIJUCA, e atentem para o nome que remete ao que há de pior em matéria de... isso deixa para lá! -, depois de atentarem contra os bares e botequins da Tijuca, depois de atentarem contra as mais salutares iniciativas da Prefeitura em prol dos menos favorecidos, agora fazem o quê?! Atentam contra o futebol. Prestem atenção a trechos do último texto lá publicado (e como escrevem mal!!!!!):

"Como o Rio pretende realizar uma COPA DO MUNDO, se não consegue colocar um mínimo de ordem em simples jogos do Campeonato Brasileiro? (...) Quem mora, passa ou anda por estas regiões sofre com o "assédio" dos flanelinhas bandidos, com a falta de calçada e com a bagunça em frente às suas residências, (...). (...). Não quero morar numa cidade sem lei. Não quero ser obrigado e sair do meu prédio e ficar desviando de carros. Quero poder ter o direito de sair com meu filho no carrinho e andar livremente pelas calçadas da região onde moro e pago muito por isso. (...). Está cada vez pior morar nesta cidade. Tudo de ruim que uma cidade pode ter, o Rio tem e quando as autoridades precisam se mostrar presentes, somem!"

É ou não é um nojo?

Enquanto isso, enquanto os fascistas faziam sua ronda para coletar material a fim de denunciar, denunciar, denunciar, denunciar..., juntamo-nos - não no domingo, como de praxe, mas ontem, segunda-feira, feriado, dia do aniversário desse brasileiro e tijucano máximo, Luiz Antonio Simas - para beber, jogar conversa fora, discutir futebol, política, para brindar à graça da vida e para erguer o copo em homenagem ao aniversariante.

Encontrei-me com meu velho e amado pai pouco antes das onze horas no BAR DO CHICO. De bicicleta, egresso de Ipanema, chegou logo em seguida essa grande figura que é Luiz Carlos Fraga. Em seguida, Marcelo Moutinho e sua Flavinha, ele que, gentilíssimo, levou de presente uma camisa do Império Serrano pro meu velho. Em seguida, os aguardadíssimos Simas e Candinha.

Luiz Carlos Fraga e Isaac Goldenberg, BAR DO CHICO, 02 de novembro de 2009
Flavinha, Marcelo Moutinho e Candinha, BAR DO CHICO, 02 de novembro de 2009
Luiz Antonio Simas, BAR DO CHICO, 02 de novembro de 2009

Ali começamos a tarde, e o dia terminou mesmo na nossa Tijuca, no GALETO COLUMBIA, infinitamente maior e melhor do que a Tijuca que pintam os fascistas e que deles prescinde.

É como eu disse: cada um tem o domingo que merece.

Até.

10 comentários:

Unknown disse...

Edu, não resisti a esmiuçar, por partes, o comentário em destaque da "contribuinte indignada" da "Grande Tijuca". Todos os clichês da classe média que se acha privilegiada estão ali. Esta mesma gente, que reclama da "falta de calçadas", é a mesma que desperdiça água lavando-as insistentemente, mesmo nos dias de chuva. É a mesma gente que acha um absurdo que os bares do bairro coloquem suas mesas na calçada mas, ao invés de frequentá-los, prefere pagar estacionamento em shopping center para almoçar em "ambientes civilizados", longe dos "pobres", dos "flanelinhas bandidos" e dos "bebuns que fazem uma prévia antes de ir para o Maracanã". Essa gente, que não se mistura e não vive o que a Tijuca pode oferecer de melhor - sua gente - é a mesma que se ressente por não ter conseguido, ainda, financiar um apertadinho no Leblon. A preocupação e o zelo que tentam demonstrar pela Tijuca são facilmente desmascarados. O final do comentário reserva o pior. Ao dizer que "tudo de ruim que uma cidade pode ter, o Rio tem", esta senhora comete uma das maiores injustiças que tive a oportunidade de observar nos últimos anos. Nós - e o seu texto deixa isso muito claro - poderíamos também dizer o contrário: "Tudo de bom que uma cidade pode ter, o Rio tem". E a Tijuca é uma prova disso. Além do mais, muitos dos defeitos que o grupo da "Grande Tijuca" apontam - aposto e ganho - são justamente aqueles de que a gente mais gosta: o clima de informalidade que ainda dá o tom na maioria dos estabelecimentos comerciais do bairro; o humor carioca em estado bruto; o brizolismo; a convivência democrática entre todo o tipo de gente; a presença do maior estádio de futebol do mundo e toda a alegria que isto acarreta etc. Mas o pior mesmo ela deixou para o arremate. Diante da brutalidade com que as autoridades municipais estão agindo para fazer valor o "choque de ordem", a moradora ainda cobra que as autoridades se façam ainda mais presentes. Morro de medo só de pensar nas ações policiais que ela gostaria que fossem tomadas.

Blog do Pian disse...

Goldenberg,

Este teu balcão fomenta e divulga o que há de melhor no povo carioca.

Eu tenho muito orgulho de ler o que é escrito aqui. Tanto nos posts quanto nos comentários.

Um brinde!

R.Pian

Eduardo Goldenberg disse...

Bruno, querido: e como escrevem mal, os fascistas, menos ainda eles conseguem esconder o nojo que têm do povo, da rua, da cidade. Você disse TUDO, e eu nem tenho mais o quê acrescentar. Beijo.

Pian: é isso, meu caro. A gente faz a nossa luta, silenciosa, vigorosa, com disposição de manter viva a chama da paixão que nos une à terra em que vivemos. Um fraterno abraço.

Marcelo Moutinho disse...

Grande tarde, Edu!

Karina Lopes disse...

Então você diz que sentar em um buteco com seus amigos resolverá os problemas do Rio mais do que as denuncias que fazemos?
É por causa de pessoas como você, preguiçosas, que o Rio está como está. Se você não faz nada para ajudar, não tente prejudicar.

Até.

Eduardo Goldenberg disse...

Sra. Karina Lopes: é triste perceber que o que disse a Bia Fontes, em um texto acima, recentemente publicado por mim, é a mais pura verdade... As pessoas, e a sra. pelo visto está entre elas, não sabem ler.

Eu disse que me sento num buteco para resolver problemas?! Disse?! Eu faço isso, sra., para aproveitar minha vida, para aproveitar o convívio salutar com meus amigos e com os amigos que faço ao redor de uma mesa, onde a cidade, que o srs. membros desse grupelho querem ver destruída, vive e pulsa.

A sra. pense antes de me chamar de preguiçoso, que é apenas uma forma de exibir, de forma olímpica, sua pobreza no que diz respeito à expressão de seus sentimentos. Posso apostar, sem saber o que a sra. faz (além das denúncias), que eu trabalho infinitamente mais que a sra..

Vá lá. Continue fazendo suas denúncias. Pela popularidade que o blog do grupelho tem deve surtir muito efeito.

Passe bem.

E aquele abraço.

Unknown disse...

Dona Karina Lopes deve sentir uma inveja maracanesca de gente como nós, que sabemos viver a vida com simplicidade, entre amigos queridos. Ela, provavelmente, teria medo de se sentar num botequim tijucano.

Os problemas do Rio, que ela e o grupelho que integra dizem combater, são - em sua grande maioria - justamente o que consideramos ser as virtudes da cidade. Querem, como você bem disse no texto, acabar com as tradições mais caras ao povo carioca. São, em resumo, a imagem caricata do anti-Rio de Janeiro.

Em tempo: totalmente equivocada essa associação entre preguiça e vagabundagem.

Unknown disse...

Oi Eduardo,
acompanho o seu blog porque considero seus textos ótimos, me baseio muito em sua escrita, e aprecio os seus programas simples porém valiosos e agradáveis. Sem mais elogios, te admiro como admiro a mim mesma no quesito da paixão pelo bairro da Tijuca. Muito bom ler seus argumentos perfeitos e bem estruturados para convencer qualquer leitor de que a Tijuca será sempre um bairro diferenciado, com uma "personalidade" distinta de qualquer outro. Acredito que apos ler este post, meu amor pela tijuca cresceu, e surpreendentemente, me deparei com uma figura ótima, a foto do Simas, meu professor de historia. Ótima descoberta, não?! :)
Tudo de bom! Nathalie

Karina Lopes disse...

Virtudes da cidade seriam sinais desligados, buracos perigosos nas ruas, dentre outros problemas? Realmente, não sei pq ainda perco meu tempo vindo neste buteco para discutir com pessoas chatas e escutar esse discurso pronto (e bem insuportável). Vamos seguir a ordem, ignorar.

Eduardo Goldenberg disse...

Sra. Karina Lopes: um prazer recebê-la mais uma vez aqui no BUTECO. Saiba que ser chamado de chato por gente que se comporta como a senhora é, franca e sinceramente, um grande elogio. Aquele abraço.