13.11.09

DO DOSADOR

* faz anos hoje, 70 precisamente (e setenta anos não são setenta dias, diria minha bisavó), José Szegeri, pai de meu irmão siamês, Fernando José Szegeri, este pai de Francisco José Szegeri, neto do aniversariante (e eu escrevendo isso lembro-me das sábias palavras de Luiz Antonio Simas, "a função do filho é honrar o pai - como a função do pai é honrar o avô") - e sobre ele já escrevi aqui, em 12 de abril de 2005. A ele, com quem já falei hoje pela manhã, ergo o copo daqui, de trás do balcão virtual do BUTECO. No domingo, se assim os deuses permitirem, brindarei com o velho , pessoalmente, no terreiro de seu filho, irmão meu, em Ifé (leia aqui mais um relato do meu mano Simas);

* antes que alguém grite (vai que alguém me viu...), faço a confissão: estive ontem à noite na recém-inaugurada cervejaria DEVASSA, na Tijuca, mais precisamente na rua Mariz e Barros. Se de certa forma rompi meus preconceitos e fui a um bar-almofadinha, também reforcei minhas convicções. Saí de lá com a certeza de que, ainda que eu faça pequenas concessões à coisa, a casa não faz nem cócegas nas espeluncas que de fato me comovem. O serviço esteve péssimo (como é mais fácil levantar o dedo pro caboclo do balcão, a um palmo de distância...), o que comi estava lamentável (uma porção com quatro, miseravelmente quatro costelinhas de porco engorduradas demais e com cebolas tristemente murchas), o chope estava apenas razoável e não pude beber o chope ruivo, meu preferido da marca, em falta. Uma conta de quase cem reais... não compensa mesmo. Mas é bacana, como disse o Simas, ver a esculhambação que a Tijuca impôs à marca;

* e por em bar-almofadinha, dei de cara ontem, fazendo umas pesquisas no GOOGLE, com um texto sobre um jantar preparado pela ex-cozinheira de FHC, Roberta Sudbrack. Falando com meu fraterníssimo Luiz Carlos Fraga, que entende do riscado, fiquei sabendo que sua cozinha não é lá essas coisas (embora seja, a moça, simpaticíssima, disse-me ele). Mas quando neguinho quer puxar o saco, já viu... Que tal a frase "ainda mais depois desse movimento misericordioso: brigadeirinhos feitos na hora, deitados em delicadas colheres. Cara, pára o mundo que eu quero descer."????? Um simples brigadeiro, que qualquer um prepara, faz o bajulador (vejam aqui), que tem um blog só para expôr suas "food experiences" (está lá, vejam vocês mesmos...) descrever um jantar como quem descreve sei-lá-o-quê. Brigadeiro deitado em delicada colher, francamente, é a.. Isso deixa para lá. Daí, todo mundo embarca na marola. Fiquem com essa declaração: "Roberta Sudbrack, ontem tomei um vinho com um amigo fã seu. Ele disse que o seu leitão é a síntese do nirvana. Uma mordida que vale o infinito." (aqui). Tá bom, então;

* hoje, sexta-feira, 13, torcerei à noite pela vitória do Vasco, que com a vitória conquistará o título de campeão da série B do Campeonato Brasileiro. Meus queridíssimos (em ordem alfabética para não ferir suscetibilidades) Aldir Blanc, Arnaldo Rebelo, Fernando Goldenberg, Isaac Goldenberg, Mariana Blanc, Mauro Rebelo, Milena Blanc (uma de minhas amadas afilhadas), meu velho e saudoso avô Oizer Goldenberg, tantos outros, merecem essa alegria. E o Campeonato Brasileiro de 2010 será infinitamente mais interessante com a presença do Vasco na elite do futebol;

* no mais, é isso. Embarco para São Paulo amanhã cedo. Havendo tempo, deixo textos programados para o sábado e para o domingo. Não havendo tempo, até segunda-feira.

Até.

6 comentários:

Luiz Antonio Simas disse...

1- O chope do Devassa é apenas razoável. Concordo inteiramente - salvo a cara do ruivo, que acho ótimo.
2- Comi um sanduba correto, não mais que isso.
3- Pelo menos os caras não inventaram de chamar o troço de botequim, o que seria um descalabro.
4- A melhor cerveja, a Índia, estava em falta. Um absurdo.

Por falar nisso, fui ontem ao lançamento de um livro na Lapa. Impressionante a quantidade de bares que o tal do Antônio abriu no bairro - um troço obtuso. Um descalabro. O cabra loteou a Lapa!
Procupou-me o bom e velho Bar Brasil, com uma tv de plasma passando a novela das sete e uns copos vagabundos fornecidos por uma cervejaria para servir o chope, que continua monumental.
Beijo

Blog do Ernestão disse...

Caro Edu !

Perae !!!!!!

Se o Vasco empatar os próximos 3 jogos e o Guarani (meu amado Bugrão) vencer os próximos 3, o Campeão será o Guarani. Infelizmente terei que torcer para que isso aconteça. Acho que o Bruno também deverá torcer. Mas o que importa mesmo é o Vasco e Guarani na 1ª divisão. De onde nunca, mas nunca mesmo, com aquela devida ênfase conhecida, deveriam ter saído.
No mais, aproveite bastante sua estada em São Paulo e se pintar por estas Campinas, será um grande prazer recebê-lo pra várias geladas, afinal estamos somente a 90 km de São Paulo..

Abração
Ernesto

Eduardo Goldenberg disse...

Ernesto: vai ter de ficar pra uma próxima, rapaz... Afinal de contas, "somente a 90km de São Paulo" significa mais ou menos três horas de intenso trânsito. E o engarrafamento que me interessa em SP é outro, percebe? Aquele abraço.

Andrea disse...

Eu acho que só fui no devassa uma vez. Mariz e Barros é? Não entendi o motivo de ser nessa rua. Hoje, voltando pra casa, passei por um bar em obras (em outro bairro). Será outro devassa? Mas eu acho (mesmo) que a Tijuca está precisando de mais devassas.

Edu, eu nunca comi nada feito pela Roberta. Mas já ouvi falar que não é ruim. A diferença é o preço. Eu sou muito arroz com feijão e ovo mexido e cerveja antarctica. Como cada bagulho quando vou pra cozinha! Agora dei pra jogar fora. Nem eu estou mais aguentando.

Você é um cara que parece empolgado quando vai cozinhar. Fico lendo tuas receitas... "Compre da melhor qualidade. Acompanhe com uma brahma. Agora sinta o cheirinho.". Eu quase pulo daqui para aí pela tela do micro, igual ao filme do Jason.

Abraços.

André disse...

Edu,
Quem sou eu para te dar dicas, mas lá vai: fui para SP há 15 dias e conheci o São Cristóvão na Rua Aspicuelta (PQP!!!). O chope é bom, a comida é cara e medíocre mas vale a pena ver as recordações futebolísticas nas paredes.
Boa viagem!
PS: dizem que o Bar do Elídio, na Moóca tem um chope ótimo, mas não deu para ir.

AOS QUARENTA A MIL disse...

Bom, do Devassa só conheço o valor, quase cinco contos a caneca através de relatos da minha filha , definitivimente não é minha praia ou melhor, meu buteco.

Quanto a "mordida no leitão ser um Nirvana " é coisa bem viadinha mesmo!!!!