1.12.09

DO DOSADOR

* Meu irmão Luiz Antonio Simas, em seu indispensável HISTÓRIAS BRASILEIRAS, nos dá hoje mais uma grande lição. Brasileiro máximo que ele é e instigado por um de seus leitores, Simas fala, para meu profundo orgulho, sobre a crise de Honduras, a que verdadeiramente interessa. Leiam aqui;

* na semana passada, depois de uma meia-dúzia de e-mails trocados, bati um papo rápido - mas significativo - com o subprefeito da Tijuca, Luiz Gustavo Martins Trotta. É que me preocupava (e me preocupa, ainda), sobremaneira, a possível (pouco provável, porém) influência exercida sobre os homens públicos por parte de gente que, sob o manto da cadadania, denuncia, denuncia, denuncia e denuncia tudo a torto e a direito, como o grupelho a que tantas vezes me referi aqui no BUTECO. A síntese de nossa conversa está aqui, no PORTAL TIJUCA, no segundo texto que publico por lá;

* faço, sem sequer espectro de vergonha, um apelo público (que soará, eu sei, patético, eis que o apelo é o mesmo de uma multidão de sem-ingresso): será que alguém me consegue dois ingressos para o jogo de domingo no Maracanã?! Quero ir levando o Henrique, meu afilhado, que mora em Volta Redonda e que completa 17 anos no final de dezembro. Será, como se vê, em caso de vitória do Flamengo, o primeiro título de sua vida. Aceito ingresso para qualquer lugar do estádio, ainda que pagando o ágio dos cambistas, desde que não a valores extorsivos;

* o ator Robin Williams foi infeliz com sua declaração de que o Brasil levou a melhor na escolha como sede das Olimpíadas em 2016 durante entrevista para a TV americana, no programa de David Letterman, nesta segunda-feira, 30 de novembro - vejam aqui. Ao dizer que o Brasil levou, para a escolha, "50 strippers e meio quilo de pó", igualou-se a Caetano Veloso, insuperável na quantidade de merda que fala por minuto;

* na revista RIO SHOW da última sexta-feira o jornalista Juarez Becoza escreveu para a coluna PÉ-SUJO recomendando o LORD BAR, espelunca encravada na rua da Quitanda, no Centro do Rio. Provando que (01) nunca pisou no LORD BAR, (02) tem gosto duvidoso ou (03) está de sacanagem com a cara do leitor, disse o seguinte sobre o buteco: "No excelente Lord Bar, (...), foi assim. (...). (...) consegue manter a qualidade do chope e dos petiscos de balcão - ali servidos com um refinamento quase incompatível com a simplicidade do lugar. (...) Para comer, o pernil tenro, beneficiado por um banho de cebola na chapa, é espetáculo. E as linguiças, sempre oferecidas ao primeiro chope, não devem ser recusadas.". Digo eu, daqui do balcão... Vou, com freqüência bissexta, ao LORD BAR, quase sempre na companhia de Marcus Handofsky, Leo Boechat e Luiz Carlos Fraga. Vamos muito mais por um misto de masoquismo e amor aos botequins mais vagabundos. E afirmo, com todas as letras e com a precisão que é minha companheira fideidigna, que NADA (com ênfase szegeriana) pode ou deve ser comido naquela espelunca. O chope é pífio (muito raramente está aceitável), o pernil é podre, os salgados são esverdeados e com musgo, a lingüiça é um lixo proibitivo (preta, enrugada, engordurada e fétida) e eu quero lançar daqui o desafio: pago toda a despesa de Becoza se ele me der a honra de aceitar meu convite para um encostar de umbigos naquele balcão mais assemelhado a um forno crematório. Ele terá de comer de tudo o que anuncia, a mais desavergonhada propaganda enganosa que jamais vi em matéria de botequim.

Até.

2 comentários:

Hans disse...

O chopp do Lord é uma iguaria rara. O sabor de sabão de fundo, o ranço da choppeira maltratada aliado ao musgo da caldereta malhada que fica ali nadando na agua(?) gelada. Vou lá pelo menos uma vez por mês, para cada vez menos chopps.

Acho que já arrisquei ali uma coxinha ou bolinho de bacalhau nos anos 90. Mas realmente a vitrine do Lord é um museu.

Quando o Lord se tranformar em lanchonete todos iremos chorar de saudades, mas só uma vez por mês.

Eduardo Goldenberg disse...

Pois é, Handofsky, e esse cidadão, Paulo Juarez Mussoi Becoza, tratado como sumidade pelos jornais, vendendo gato por lebre. Lastimável. Um abraço.