4.3.10

INEZITA BARROSO, 85 ANOS

Hoje, 04 de março de 2010, Inezita Barroso completa 85 anos de vida, mais de 75 deles a serviço do Brasil, e explico.

Inês Madalena Aranha de Lima veio ao mundo em 04 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em pleno domingo de carnaval. É - quem conhece minimamente sua carreira, sabe - uma cantora essencialmente brasileira. Viajou, ao longo da vida (e que seja longa, sua vida!), o Brasil inteiro, o Brasil mais profundo, o Brasil mais brasileiro, o Brasil caipira que não se envergonha de suas raízes.

Dia desses, na TV, a aniversariante de hoje disse algo assim, visivelmente emocionada:

- Não gosto da música que copia a música americana, não gosto do que não é autêntico.

E eis o que quero lhes dizer.

Domingo passado, por conta de um infortúnio, enquanto esperava o futebol na telinha, assisti a um trecho do programa (o que é aquilo, meu Deus?!) de Fausto Silva, na TV GLOBO. E o que fazia o ex-balofo, que me pareceu macérrimo? Apresentava, como quem apresenta uma diva, uma sumidade, uma celebridade, uma cantora chamada Maria Gadú, a tal que vem sendo elevada à categoria de diva, de sumidade, de celebridade e de cantora pela grande mídia brasileira, vendida e sem compromisso com o Brasil.

Maria Gadú, a que deixou sua "underwear à mostra em gravação" (vomitem lendo isso aqui), é - corroboro o pensamento ipsis litteris - "cult, ou seja, é daquele tipo de cantor que faz a cabeça daqueles universitários barbudos do curso de Ciências Sociais de Universidade Federal que só votam no PSTU, não perdem um Grito dos Excluídos e não suportam qualquer artista que tenha nascido acima dos limites de Roraima." (retirei isso daqui).

Da mesma linhagem de Ana Carolina (a que geme em vez de cantar, tenho sempre a impressão de que ela sofre de prisão de ventre crônica), essa Maria Gadú é um horror absoluto. Autora de besteiras olímpicas como SHIMBALAIÊ (tema, é claro, de uma novela da TV GLOBO), inscreve-se no rol das queridas dessa mídia-de-merda que não cansa de negar, com veemência homotrópica, em aguda oposição à nossa vocação, o Brasil.

Ergo, de pé diante do balcão imginário, meu copo de cachaça em louvor aos 85 anos de Inezita Barroso e lanço um vigoroso esguicho de marafo na fuça dessa escumalha que nos renega.

Até.

P.S.: acabo de vetar o comentário de mais uma pessoa que chega aqui anonimamente. Agressivo, tolo, bobo - como a "obra" de Maria Gadú -, o comentário veio assinado por uma tal de Maika, e sem qualquer possibilidade de identificação. Vou repetir mais uma vez: covardes, anônimos, esses ratos sujos que se proliferam na grande rede, não terão vez, nunca, no balcão do BUTECO.

31 comentários:

José Sergio Rocha disse...

Apoiado. Essa Gadu induz ao vômito. Viva Inezita!

Claudio Renato disse...

Inezita Barroso é da linhagem do Brasil profundo, como Jackson do Pandeiro. Puro espírito.As outras duas são espumas, conceito vazio, tão caro aos pós-modernos.

Saúde, Inezita!

Eduardo Goldenberg disse...

Salve, Zé Sergio, salve, Claudio Renato, salve a Velha Guarda do BUTECO!

Daniel A. de Andrade disse...

Boa, Edu!

Assino. Salve o Brasil que valoriza o Brasil, a cachaça e, sobretudo, a Inezita.

Blog do Pian disse...

E bota "velha" nisso!

Shimbalaiê!

R.Pian

Unknown disse...

Inezita é a personificação das obras de Mário de Andrade e Câmara Cascudo. Uma grande brasileira, sem dúvida.

Eduardo Goldenberg disse...

Respeite os cabeça-branca, Pian.

Blog do Ernestão disse...

Caro Edu !

Porra cara.... assistir Faustão antes do futebol começar... nem a pau Juvenal.... rsrs !

Maria Gadú, é aquela que deu piti no aeroporto???? Esse Faustão deve ter cheirado meia.

Inezita Barroso sim, é a DIVA das histórias deste Brasil, que a maioria dos brasileiros, principalmente os jovens, desconhecem. É a DIVA da verdadeira música caipira.

Se me permitir, me junto à este brinde.

Ernesto

Eduardo Goldenberg disse...

Brindemos, pois, à Inezita, Ernesto!

José Sergio Rocha disse...

Pian, não te conheço, a não ser de um rápido e forçado (pelo Edu) cumprimentozinho hipócrita um dia desses na Tijuca. Não lhe dou ousadia para se meter comigo. Já vi que você adora tirar onda, acha divertido, etc., mas isso é problema seu, não sou da sua tchurma, não lhe dei ousadia. O Edu pode me chamar do que quiser, inclusive de velha guarda, mas você e outros não. Não gosto de você, não gosto de sua turma, esse papo de lei seca, de pega-mijão, essas cretinices de administradores marqueteiros, essa falsidade do politicamente correto, nada disso me comove. Me esquece, por favor. Estava quieto no meu canto.

José Sergio Rocha disse...

E você, Edu, é um bom filho da puta!

Eduardo Goldenberg disse...

, querido: vindo de você - quem te conhece, sabe - só tenho a agradecer o elogio. Beijo!

implacavel disse...

Goldenberg,

no exato momento em que leio esse post a respeito de Inezita Barroso, o Pontapé Inicial (ESPN BR) o melhor programa sobre esportes da TV Brasileira acaba de fazer uma justa e linda homenagem a essa cantora Brasileira....

Viva Inezita!!!!!

Blog do Pian disse...

Ah, Zé Sérgio.

Nem desrepeitoso eu fui. Dei só uma provocadinha em vocês, gozando de uma juventude que a cada dia só faz se esvair pelos meus poros.

Eu, ao contrário de ti, gosto de você. Gosto do teu blog, sempre me divirto com teus comentários desbocados e mal humorados e, além, de tudo, és Fogão!

Sei que é normal a "tchurma de outrora", apressadamente, me colocar no balaio dos politicamente corretos, dos administradores marqueteiros, dos mauricinhos, dos manja-rola, dos corta-barato, dos playboys da zona sul, dos neocaretas, dos cupinchas que querem se promover, dos vaselinas puxa-sacos e de tudo mais.

Mas eu sou debochado (o que sempre me causa problemas), politicamente incorreto até o último fio de cabelo (muitos deles brancos, acredite), preconceituoso...resumindo: sou escrotíssimo.

Devo desculpas a você ao C.Renato, isso sim, por uma ousadia forçada.

Mas pelo pouco que te conheço (e te conheço muito mais pelo que escreves do que por aquele cumprimento forçado na tijuca - e ficou nítido que você, apressadamente, não me suporta) você não está nem aí pra ser chamado de velho.

(Só não quer ser chamado de velho por um babaquinha que nem eu, isso eu entendo e peço, publicamente e novamente, desculpas).

Mas relaxa, bicho.

Tem malandro matando outro por conta de janela aberta no ônibus, não vai ser por conta de discussões na internet que vamos mostrar ao mundo tanta raiva.

Ainda mais nesse balcão de gente tão esclarecida.

Um abraço alvinegro,

R.Pian

Felipe Quintans disse...

O programa que ela apresenta na Cultura (Viola, minha viola) é muito bom de assistir. Ali temos o verdadeiro folclore brasileiro sendo mostrado na tv. Um dos poucos programas que levam algo de bom para o povo mostrando violeiros de verdade e festas típicas do nosso Brasil. Viva Inezita mesmo!

José Sergio Rocha disse...

Já vi que tu é realmente um fiho da puta escroto. Sendo assim, vamos tomar uma cerveja em breve. Saudações alvinegras

José Sergio Rocha disse...

Edu, o Pian é menos babaca do que eu pensava, mas vc continua sendo um bom filho da puta - num sentido, obviamente, que nada tem a ver com Mariazinha, mulher de Isaac.

José Sergio Rocha disse...

..."juventude que a cada dia só faz se esvair pelos meus poros". Tu é muito canalha, Pian. Se não quiser beber comigo, vai tnoku!

Blog do Ernestão disse...

Só rindo mesmo ......

Blog do Pian disse...

Zé Sérgio,

Eu sabia que, uma hora ou outra, as nossas canalhices encontrariam composição.

Lógico que aceito o convite para uma cervejinha. Ainda mais vindo de um alvinegro tão escroto quanto eu.

Vamos marcar sim!! O quanto antes.

Abraços,

R.Pian

Unknown disse...

Du , UIRAPURU cantado pela INEZITA é de arrepiar e inegualável..... tenho certeza de que , hoje, Xavantinho e Pena Branca estão comemorando o aniversário da INEZITA no 2º andar da vida !!!

Blog do Ernestão disse...

Sr. Issac, Uirapurú é linda demais, mas prefiro Lampião de Gás, acho que é o carro chefe.

Abraço

Ernesto.

Sugestão: www.inezitabarroso.com.br, é muito legal.

Marcelo Moutinho disse...

Acho a tal Gadu chata. Chatinha mesmo. Mas triste mesmo é assistir ao súbito espetáculo - midiático, sem dúvida - que a eleva, do nada, ao estrelato. Uma falsa unanimidade, que começa com "jornalistas antenados" dando dicas aos colegas ao pé do ouvido (aquela coisa de "eu descobri o novo talento", "sou ligado nas novidades" e termina na trilha-sonora da novela.

FELIPE DRUMOND disse...

Edu,
Com todo o respeito, exagerou na crítica. O fato de admirar típicos cantores da música brasileira nata, de raiz, não exclui a possibilidade de novos talentos serem admirados.
Pode ser que o timbre, o estilo e etc da Gadu não te agrade. Mas não se pode negar que algum talento como cantora ela tem. Basta ouvi-la cantando "ne me quite pas" e se perceberá que tem técnica vocal.
Veja que faço esse comentário sem ser, nem de longe, fã da cantora. Apenas reconheço seu talento.
De igual maneira, acho difícil negar que haja talento e técnica na Ana Carolina, a quem João Bosco, seu amigo e excelente músico, já fez públicos e marcantes elogios, especialmente ao seu estilo próprio de mão direita no violão.
Eu, como um estudante de música por hobby (já que a profissão se restringe à área jurídica) sinceramente acho um pouco exagerado nos fecharmos a certos estilos ou gêneros musicais.
Se bem feitos, ainda que sejam de influência externa ou o que for, qual o problema?
Sou apaixonado pela música brasileira. No entanto, não vejo porque torcermos o nariz para qualquer música, estilo ou gênero estrangeiro ou com influência externa.
É só um ponto de vista. Respeito o seu.
Um abraço saudoso,
Felipe.

Eduardo Goldenberg disse...

Meu caro Drumond, por partes:

01) desconheço o que seja música brasileira "de raiz". Quem tem raiz é planta;

02) o "timbre, o estilo e etc da Gadú" não me agradam;

03) quando penso em NE ME QUITTE PAS penso em Edith Piaf, penso em Maysa;

04) técnica vocal qualquer um que estude, tem;

05) não suporto a Ana Carolina e pouco me interessa o que pensa o João Bosco sobre seu "violão". Quando ouço a dita cuja só penso em prisão de ventre;

Um abraço.

A verdade adormecida disse...

Caro Eduardo, nosso belo patrimônio musical está a beira do caos, se é que ainda não caiu. Lembro de minha infância que foi marcada e desviada por músicas que hoje, os jovens renegam ou nem sabe o que é. A turma musical de meu pai marcou época, Glício(meu Pai) na acordeon, Pedro carlos no violão, Lima com seu 7 cordas, Sílvio também no violão, Deco mariano no cavaquinho. A especialidade deles era o chorinho, não gostavam de sertanejo, mas o único sertanejo que tocavam era de Inezita. lembro de meu pai falar "a música dessa mulher é muito original".
Tenho muita sorte pois assim como meu avô(foi maestro e clarinetista), pai(acordionista e saxofonista) e filhos (violonistas) gostam da boa música. Esses fresnos, gandu`s, e outras porcarias não estão no nosso cardápio.

Um abraço

Marcelo Moutinho disse...

Depois de Piaf e de Maysa, ficou difícil gravar "Ne me quite pas" mesmo. Quando lembro dessas duas gravações, os elogios exagerados ao registro da Maria Gadu - não me refiro ao Felipe, mas a vários colegas - passam a me parecer brincadeira.

Alfredo disse...

Gadú de c.. é rola.

FELIPE DRUMOND disse...

Eu peço desculpa se as palavras a seguir não fizeram total e irrestrito sentido. A concentracão etílica no sangue talvez traga alguma ausência de nexo.
Mas não poderia deixar de comentar.
Como eu mesmo disse, o estilo, timbre e etc da Gadu são questão de questão. E gosto é como c..., cada um tem o seu.
Eu já havia mencionado que, nem de longe, sou fã da Gadu, mas técnica e conhecimento vocal e de música ela tem. Isso é inegável.
Edu, qualquer um que estude música não. Eu conheço gente que estuda violão e guitarra, meus instrumentos de concentração, passam anos e simplesmente não conseguem tocar razoavelmente.
A Gadu não é nenhuma diva, isso é óbvio. Mas tem algum valor, tem algo de bom, tem algum conhecimento musical valorável.
Com relação às gravações de Piaf por Maysa e Piaf, se assim pensarmos, não podemos mais admitir nenhuma cantora de MPB depois da Elis, assim como não poderia haver guitarristas de blues depois de Jimmy Hendrix, Buddy Guy, BB King, Eric Clapton, Robert Johnson e etc.
A verdade é que na música, na minha humilde opinião, sempre temos expoentes inigualáveis, mas isso não impede que outros talentos, de boa ou excelente qualidade musical, sejam reconhecidos.
Se assim for, depois de Badon Powell e Rafael Rabelo só podemos reconhecer violonistas que toquem seus estilos se forem iguais ou superiores a esses gênios das cordas?
Acho que não pode ser assim tão radical.
Mas, como disse, é apenas uma opinião sobre reconhecimento musical.
De novo, nao sou fã da Gadu, mas não a jogo no lixo pela qualidade técnica que apresenta.
Agora, volto a curtir o dueto de João Nogueira e Emilio Santiago cantando "Amigo é pra essas coisas".
Edu, a conversa continua com um chope no café do gaúcho?
Abs

Mônica Moreira disse...

Meu Caro Eduardo,
Volta e meia venho ao seu blog para tentar ler alguma notícia relevante sobre assuntos que não sejam para alimentar seu próprio ego ou para falar mal de alguém...é triste como vc gasta seu tempo girando em volta de si e REALMENTE não consegue ver nada mais além disso. Tem muitas coisas bacanas acontecendo e vc poderia SER MENOS ÁCIDO de vez em quando.

E olha, se tiver coragem...PUBLICA, tá? e coloca minha assinatura no rodapé, não esquece.

As vezes eu fico pensando...será que vc já nasceu chato assim?

Mônica

Eduardo Goldenberg disse...

Ora, ora, Monica Moreira, vamos por partes, à moda do esquartejador:

01) não sou "caro" a você, procure ser mais autêntica da próxima vez;

02) ao voltar aqui para tentar ler algo mais relevante - depois de incontáveis provas de que isso aqui é apenas uma prateleira para exibição de mim mesmo - você prova o quanto é burra, me perdoe. Fique na cozinha fazendo seus doces, não perca tempo voltando ao BUTECO;

03) vá dar conselho a quem lhe procura com essa intenção. Minha acidez está em mim desde que nasci, chato, como você crê. O que você chama de chatice eu chamo de coerência;

04) vá desafiar alguém mais covarde, alguém que recue diante de uma ameaça tola como essa sua. Por que eu não publicaria esse seu comentário? Está assinado e, publicando essa merda (como acabei de fazer), disponível para que quem me lê saiba de seu rancor.

Uma dúvida: incomodou a você o quê? A crítica à Maria Gadú? À Ana Carolina? Acho as duas um lixo e direi isso aqui quantas vezes eu achar necessário.