6.5.10

NADANDO CONFORME A MARÉ

Já sei, já sei. Como tem me dito com alguma freqüência o Sr. Handofsky, um de meus psiquiatras de bolso, infinitamente mais sábio do que eu, eu deveria "deixar essas coisas para lá". Ocorre que se trata de temperamento. Razão pela qual volto a exibir hoje - pois acabo de ler o troço na grande rede - um troço interessante, e que no final das contas tem muito a ver com o que escrevi ontem com relação ao que o meu comportamento gera nos que me cercam e que não têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. Lá vem mais uma razão para que me carimbem na testa a pecha de "desagradável", mas é irresistível.

O sambista Moacyr Luz tem dito por aí, pra quem quiser ouvir (e quem fala o que quer pode ouvir o que não quer), que Roberta Sudbrack, dona e chefe de cozinha de um dos mais refinados restaurantes da cidade, é sua "fada" (a expressão dele, o grifo é meu). Algum problema? Nenhum. Disse, ainda, que "seu leitão é a síntese do nirvana... uma mordida que vale o infinito", por aí. Ultimamente, não sai do ASTOR BAR, luxuoso bar em Ipanema, trazido de São Paulo, com perfil muito mais voltado para restaurante do que para botequim. Algum problema? Nenhum. Mas não é possível travar o riso diante do que o compositor afirmou em recente entrevista (e ele adora uma entrevista, convenhamos), vejam abaixo.

A inacreditável afirmação está aqui.

Eu que, ao contrário do Raul Seixas, não tenho NENHUM (com a ênfase szegeriana) talento pra viver de metamorfose ambulante, eu que gosto de ter minhas velhas opiniões formadas sobre tudo, fico besta, como disse um dia desses o Gabriel da Muda na grande rede, quando "bons artistas, cantores, sambistas, mudam totalmente de caminho para tentar o sucesso.". Seguindo a citação, "o resultado é sempre deprimente".

Até.

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