18.5.10

O NOJO QUE É O GLOBO

O jornal O GLOBO se mantém nas sendas da farsa, da falta de vergonha na cara, do mais absoluto anti-jornalismo, seguindo uma postura que, franca e sinceramente, até mesmo o mais distraído dos leitores percebe (caso não perceba, eis-me aqui, obsessivo, apontando o indicador da mão direita no focinho de seus editores e chamando a atenção de quem me lê).

Em 14 de abril de 2010, há pouco mais de um mês, portanto, publiquei aqui o texto ESCÂNDALO NO TJRJ É OMITIDO PELO O GLOBO. No mesmo dia 14 de abril, disponibilizei aqui a leitura, na íntegra, da decisão do CNJ que anulou o concurso promovido pelo TJRJ por conta das mais-que-evidentes fraudes que favoreceram duas candidatas que mantinham (ou que mantém, pouco importa) íntimas relações com o então Corregedor Geral do TJRJ e hoje Presidente do Tribunal, o desembargador Luiz Zveiter que, por sua vez, mantinha (ou mantém, pouco importa) relações íntimas com o império da família Marinho. No dia 06 de maio de 2010, expus o discurso da corajosa deputada estadual Cidinha Campos na tribuna da ALERJ, aqui, denunciando as arbitrariedades de Luiz Zveiter e cobrando do império da GLOBO uma satisfação por conta do vergonhoso silêncio sobre o assunto, gravíssimo.

Não é novidade para ninguém a histórica conivência do império da família Marinho com os poderosos, com os que sempre tripudiam em cima do povo, com as mais sujas manipulações envolvendo fatos e notícias - e meu eterno e saudoso governador, Leonel de Moura Brizola, morreu denunciando isso. Pois vamos à nojeira estampada hoje nas páginas do jornalão carioca.

Na capa do jornal, no alto à esquerda, lê-se: MAGISTRADO É ACUSADO DE CRIMES NA INTERNET, com chamada para a íntegra da matéria na página 3. A matéria, vejam a imagem abaixo, não está assinada.

matéria publicada no jornal O GLOBO de 18 de maio de 2010

Por que? Quais os interesses escusos por trás da publicação de uma denúncia infinitamente menos bombástica do que a que aponta para o envolvimento de Luiz Zveiter no concurso anulado pelo CNJ? Até as paredes dos corredores do Fórum Central do Rio de Janeiro sabem que o desembargador Roberto Wider - alvo da matéria publicada hoje - é ferrenho opositor de Luiz Zveiter. Age, O GLOBO, a mando de quem? São muitas as perguntas que não querem calar diante de mais uma demonstração de subserviência do jornal carioca.

E antes que meus detratores (que são muitos, mas que são pífios em seus argumentos capazes de sustentar suas posturas) me acusem de leviandade, eis aí imagem de outra matéria publicada no jornal de hoje.

matéria publicada no jornal O GLOBO de 18 de maio de 2010

Como todas - eu disse TODAS (com a ênfase szegeriana) -, está devidamente assinada.

O diretor de redação e editor responsável, Rodolfo Fernandes (tio de Cora Rónai) e a editora do caderno PAÍS, Silvia Fonseca, será que têm alguma explicação para dar?

É um nojo, um nojo, um nojo.

Até.

4 comentários:

Unknown disse...

Mano: quando uma matéria não traz assinatura é porque o repórter se recusou a endossar o seu conteúdo. É um direito que lhe cabe. E a razão pela qual não quis assinar o texto é óbvia: trata-se de uma matéria encomendada, ditada de cima para baixo, visando atingir objetivos escusos. Cabe aos diretores do jornal explicar quais são estes objetivos. Mas aí é pedir demais, não acha?

Outra coisa: ontem (ou anteontem), o Jornal Nacional noticiou o caso. Na hora lembrei-me de tua denúncia.

Sigamos vigilantes que vem chumbo grosso pela frente!

Paulo-Roberto Andel disse...

Mais triste ainda é saber que Rodolfo Fernandes é filho de Heio Fernandes. E sobrinho do Millôr.

Um abraço.

Eduardo Carvalho disse...

Edu,
e o que dizer o "time" de "formadores de opinião"? Merval, Miriam Leitão, Noblat, Cora Rónai, Alexandre Garcia etc. etc.

Triste classe mérdia carioca e brasileira, que se "informa" quase que apenas com essa gente...

Lixo!

Abs.

Eduardo Goldenberg disse...

Valeu, Bruno, pela informação.

Paulo Roberto: isso deve explicar muita coisa sobre o status que goza a sobrinha querida, não?!

Edu: faço aqui o reforço... o compositor Moacyr Luz considera a lamentável Cora Rónai sua "porta-voz".

Abraço a todos.