19.7.10

COMIDA DI BUTECO - A FESTA SAIDEIRA

Terminou ontem, com a entrega dos prêmios, o festival da maionese Hellmann´s, o COMIDA DI BUTECO. Não fui e não gostei. Mas gostaria - ou eu não teria recebido de um de meus ídolos o epíteto de polemista - de dar meus pitacos.

Ontem mesmo, trocando mensagens com quem esteve na festa, tive a certeza de que o troço foi mesmo um horror, que acabou por coroar com tintas fortes de coerência o equívoco que é (foi) um festival nos moldes propostos pelos organizadores.

Quem foi o apresentador da festa? Eri Johnson, e não me parece necessário prosseguir quanto a isso.

Havia - tirem as crianças da sala! - uma loja do BOB´S (vocês não leram errado!) no espaço que pretendia elevar o nome do botequim.

Ainda há pouco, lendo o blog do Juarez Becoza, deparei-me com três comentários:

"Nome: Raphael Vidal - 18/7/2010 - 20:31
Juarez, apesar da bela festa, absurdo foi a organização da festa não cumprir com a promoção dos 4 chops por R$ 16,00 como dito no site. Alegaram que a promoção só valia para as edições nos outros Estados. No entanto, esta promoção estava divulgada especificamente para o evento de ontem, no Rio de Janeiro. Eu e mais dois amigos tivemos um desfalque de R$ 40 por conta disso. Falta de respeito com o público logo num evento que deveria prezar pela simpatia, cordialidade e honestidade, tanto proclamadas pelos botequins cariocas. Fica a dúvida se vale ir ao PROCON, afinal, também não deram nota fiscal para ingresso e para todo o consumo do evento."


Acho que vale, Raphael Vidal. Não sei se exatamente no PROCON, mas vale interpelar a empresa. O nome disso é propaganda enganosa. Das mais feias.

"Nome: João Claudio M. Tavares - 18/7/2010 - 23:11
Sei não, hein, Juarez. Primeiro lugar pra um petisco com requeijão e maionese? Num evento que o principal patrocinador é a Hellmann´s isso fica bem esquisito. Tinham pelo menos 5 melhores."


Também acho, João Claudio. Também acho.

"Nome: José Raimundo Padilha - 19/7/2010 - 10:45
Juarez, queria deixar registrado meu protesto pelo preço de R$ 50,00 por cada ingresso. Eu, e muita gente que conheço, deixamos de ir por este motivo. Minha mulher e eu pagaríamos R$ 100,00 apenas para poder entrar. Não acho isso vantajoso para os bares que querem divulgar seus petiscos para o grande público."


O preço - convenhamos - é acintoso. Mas é o que menos chama a atenção.

Um festival que incentiva o uso de um salgadinho indutrializado nas receitas para criar um prêmio paralelo, que incentiva o uso de maionese nas receitas que disputam os prêmios, que permite uma lanchonete na festa que encerra a coisa toda, que chama o arroz-de-festa Eri Johnson para ser o apresentador, franca e sinceramente... como bem disse um amigo com quem dividi mesa ontem no fabuloso RIO-BRASÍLIA, o festival já virou piada e não merece ser levado a sério.

Encerro por hoje deixando com vocês a conta do RIO-BRASÍLIA de ontem à tarde. Éramos cinco à mesa.

conta das despesas no RIO-BRASÍLIA em 18 de julho de 2010

E há quem tenha pagado, feliz, R$ 50,00 só pra escorregar na maionese.

Até.

10 comentários:

Bigode disse...

A Petisqueira Martinho Petisquim, feita com maionese e requeijão (isso mesmo, juntos) tá mais com cara de comida feita pelo Paulo de Oliveira no Larica Total.

ipaco disse...

Profundamente lamentável.

Tande Biar disse...

Edu, é nosso dever valorizar um boteco como o Rio-Brasília. Sempre! Fui lá na sexta-feira com a patroa. Saudei o Jorge por sua iniciativa. E o bolinho de aipim com carne-seca? Fenomenal!

Unknown disse...

Edu, o festival é de comida.
De buteco, não.
E maionese quem fazia era a minha avó, com azeite extra virgem português. Essa de vidrinho eu não gosto.
Quanto ao Bob's, meu deus....
abração de Niquíti.

Claudio Renato disse...

Quero aproveitar para denunciar o Petisco da Vila pelo estelionato, assalto mesmo...Quem é da Vila não vai mais ao petisco. E por quê? Sexta, um amigo que não via a muito tempo me telefonou para a gente se encontrar lá no bairro. Insistiu que queria ir no Petisco, porque tinha carregado o cartão vale-refeição e pagaria a conta com gosto. Insisti, insisti, mas o amigo bateu o pé. Foram seis chopes, dois copinhos de feijão, uma porção (ruim) de carne seca, três cubas livres. Preço: 186 reais...No dia seguinte, fui ao Capelinha e pedi para me fazerem um cálculo daquela conta, com os dez por cento. No Capelinha, a gente pagaria R$ 75. Menos da metade! O Petisco, que abrigou malandros históricos como o Perna, virou cemitério de otário...Parei com eles!

Eduardo Goldenberg disse...

Claudio: é assombroso seu relato. Mas tem anos que eu não vou lá, salvo num dos ensaios da escola, no começo do ano, quando encontrei-me justo contigo. Há muito que belmontizou. Não tem cheiro de buteco mais. Um forte abraço.

Rodrigo Braga disse...

Triste mesmo! Aproveitamos em quanto é tempo! Qualquer dia buteco mesmo só na página 27 de algum livro da Saraiva.

Bruno disse...

Ontem fui no Gato de Botas na Torres Homem em Vila Isabel com meu pai. Comemos a verdadeira comida de buteco... 1/2 porção de moela ao molho, 1/2 porção de pernil fatiado, 1 porção de aipim frito, acompanhadas de 6 geladíssima Black Princess.

Total da conta: R$ 42,00

Na semana anterior meu velho foi com um amigo ao Peti$co da Vila, comeu uma lula e beberam 3 chopps cada um... conta: R$ 150,00

Eduardo Goldenberg disse...

Ô, bcmfreitas: qual seu nome? Como devo chamá-lo? É isso mesmo, né? O Claudio Renato já havia feito o alerta. E esse buteco é demais. Salve, o seu Agostinho, que de otário não tem nada! Abração.

AOS QUARENTA A MIL disse...

Eduardo, não entendi bem o retorno do Rio Brasilia. Alguém comprou o buteco e reabriu ?? Lembro bem da tristeza na época em que fechou o bar.