Eis que estamos às vésperas do Carnaval e, mantendo uma tradição já de muitos anos, o malfadado festival Comida di Buteco começa a pôr as mangas e a maionese de fora. E quem me lê sabe o quanto eu, desde sempre, sentei a borduna na iniciativa: basta uma clicada aqui e o Google abrirá diversas possibilidades para que você, que nunca leu nada meu a respeito do troço, entenda o porquê de minha aguda implicância com o projeto (escrevi "projeto" e tive ânsia de vômito). Mas vamos em frente.
Antes de continuar a escrever, dêem uma olhada no slogan (nova pausa para nova ânsia) do festival em 2011:
Antes de continuar a escrever, dêem uma olhada no slogan (nova pausa para nova ânsia) do festival em 2011:
Vou escrever para que o nojo emerja (leiam em voz alta e sintam a boçalidade da idéia): "Eu boteco, tu botecas, nós comida di buteco".
Em 28 de maio de 2010 escrevi uma carta aberta dirigida aos pilotos do trator de botequins, aqui. O fiz porque - a leitura do texto deixa isso claro - uma das organizadoras do negócio, Sra. Eulália, ligou-me indignada, no dia 13 de maio de 2010, com minhas críticas (todas sempre muito bem fundamentadas, modéstia à parte), ficou de marcar uma conversa olho no olho para que ela expusesse suas razões e nada aconteceu. Ou seja, agiu como agem quase todos os que são criticados: tratam de desqualificar o crítico, as críticas. Não suportam experimentar a não-adulação.
Este ano, em 2011, vai ser mais divertido expôr para vocês o quão maléfico é o festival que se orgulha disso que segue abaixo:
"Em 2008, o concurso entrou no conceituado Guia 4 Rodas (Editora Abril) e passou a ser realizado em diversas cidades do interior de Minas Gerais e em outros estados. Neste ano também, dois novos sócios se uniram ao projeto: Ronaldo Perri e Flávia Rocha, com a missão de expandir o conceito a outras praças."
Notem bem: o Comida di Buteco é um "conceito", e isso já diz muito sobre o nascedouro da idéia e seus objetivos.
"Os números atuais do Comida di Buteco impressionam, o evento está presente em 11 cidades e, só em Belo Horizonte, o público participante é estimado em cerca de 800 mil pessoas por edição, com mais de 160 mil votos nos pratos participantes (Vox Populi / 2010)."
Os números do Big Brother Brasil, o maior lixo da recente história da TV brasileira, também impressionam.
"A festa "A Saideira" – que tradicionalmente marca o encerramento e a premiação do concurso – se tornou um dos eventos mais esperados da cidade e recebe mais de 26.500 botequeiros nos dias em que é realizado."
A festa "A Saideira", no ano passado, trouxe o Bob´s para servir os otários que conjugam o verbo proposto pelo festival em 2011.
"O Comida di Buteco se tornou também um fenômeno de comunicação. Em 2010, a mídia espontânea do projeto superou o valor de 16 milhões de reais, tendo o Comida di Buteco figurado nos principais veículos da mídia nacional e importantes publicações internacionais, como o NYTimes e La Nacion."
Basta, não?
Afinal de contas, buteco e New York Times, buteco e La Nación, têm tudo a ver...
Seria cômico se não fosse trágico.
Volto - é claro - ao tema.
Até.
Em 28 de maio de 2010 escrevi uma carta aberta dirigida aos pilotos do trator de botequins, aqui. O fiz porque - a leitura do texto deixa isso claro - uma das organizadoras do negócio, Sra. Eulália, ligou-me indignada, no dia 13 de maio de 2010, com minhas críticas (todas sempre muito bem fundamentadas, modéstia à parte), ficou de marcar uma conversa olho no olho para que ela expusesse suas razões e nada aconteceu. Ou seja, agiu como agem quase todos os que são criticados: tratam de desqualificar o crítico, as críticas. Não suportam experimentar a não-adulação.
Este ano, em 2011, vai ser mais divertido expôr para vocês o quão maléfico é o festival que se orgulha disso que segue abaixo:
"Em 2008, o concurso entrou no conceituado Guia 4 Rodas (Editora Abril) e passou a ser realizado em diversas cidades do interior de Minas Gerais e em outros estados. Neste ano também, dois novos sócios se uniram ao projeto: Ronaldo Perri e Flávia Rocha, com a missão de expandir o conceito a outras praças."
Notem bem: o Comida di Buteco é um "conceito", e isso já diz muito sobre o nascedouro da idéia e seus objetivos.
"Os números atuais do Comida di Buteco impressionam, o evento está presente em 11 cidades e, só em Belo Horizonte, o público participante é estimado em cerca de 800 mil pessoas por edição, com mais de 160 mil votos nos pratos participantes (Vox Populi / 2010)."
Os números do Big Brother Brasil, o maior lixo da recente história da TV brasileira, também impressionam.
"A festa "A Saideira" – que tradicionalmente marca o encerramento e a premiação do concurso – se tornou um dos eventos mais esperados da cidade e recebe mais de 26.500 botequeiros nos dias em que é realizado."
A festa "A Saideira", no ano passado, trouxe o Bob´s para servir os otários que conjugam o verbo proposto pelo festival em 2011.
"O Comida di Buteco se tornou também um fenômeno de comunicação. Em 2010, a mídia espontânea do projeto superou o valor de 16 milhões de reais, tendo o Comida di Buteco figurado nos principais veículos da mídia nacional e importantes publicações internacionais, como o NYTimes e La Nacion."
Basta, não?
Afinal de contas, buteco e New York Times, buteco e La Nación, têm tudo a ver...
Seria cômico se não fosse trágico.
Volto - é claro - ao tema.
Até.